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So Jos dos Campos recebe Jornada Espacial

02/12/2016 ( Caderno: Educação )

Descobrindo novos mundos

Jornada Espacial chega sua 14 edio aproximando jovens e professores da tecnologia aeroespacial

De 4 a 10 de dezembro, 74 alunos e 48 professores oriundos de 21 estados brasileiros e do Distrito Federal faro em uma fascinante viagem pelo mundo espacial. Ainda que no deixem a Terra, eles tomaro conhecimento das inmeras possibilidades trazidas pela Era Espacial, nascida em 1957 com o lanamento do primeiro satlite artificial, o Sputnik. A XIV Jornada Espacial reunir na capital espacial brasileira, So Jos dos Campos (SP), os 74 jovens que obtiveram o melhor desempenho entre os 744.137 estudantes que, em 13 de maio de 2016, participaram da XIX Olimpada Brasileira de Astronomia e Astronutica (OBA).

A OBA uma realizao conjunta da Sociedade Astronmica Brasileira (SAB) e da Agncia Espacial Brasileira (AEB), contando ainda com o apoio de diversas instituies pblicas e privadas, incluindo o Departamento de Cincia e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a Fundao Astronauta Marcos Pontes, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o Museu de Astronomia e Cincias Afins e o Observatrio Nacional. A maior parte dos recursos para realizao da OBA proveniente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq). Em que pese o apoio dessas importantes organizaes nacionais, a XIX OBA contou com o apoio voluntrio de 63.057 professores, que assumiram a responsabilidade de coordenarem as atividades da olimpada em 7.895 escolas. Sem esses professores, a OBA e a Jornada Espacial no existiriam. Por isso, 48 professores tambm participam da XIV Jornada Espacial, acompanhando os seus alunos.

Programao

A decolagem dessa viagem espacial ter incio s 16h30 de domingo no Auditrio B do prdio da Computao do Instituto Tecnolgico de Aeronutica (ITA), onde ocorrer a abertura do evento, que contar com a participao da Agncia Espacial Brasileira (AEB) abordando o Programa Espacial Brasileiro.

Na segunda-feira, 5 de dezembro, ocorrer a primeira escala. No Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), alunos e professores visitaro Laboratrio de Integrao e Testes (LIT) e o Programa de Estudos e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (EMBRACE). Tambm no INPE sabero das razes histricas que levaram ao nascimento da Era Espacial e de como funcionam os quase 1.500 satlites que hoje operam ao redor da Terra.

Na tera-feira os participantes da XIV Jornada Espacial ouviro sobre as leis e tratados que regem as atividades espaciais no mundo. Trata-se de um ramo do direito conhecido como Direito Espacial. Na palestra Shannon x Newton os alunos aprendero como a tecnologia digital desenvolvida para viagens interplanetrias est presente nas comunicaes que realizamos aqui mesmo na Terra. Enquanto isso, 48 professores participaro de uma oficina que lhes ensinar como construir plataformas de lanamento de foguetes. Aps o almoo do dia 06, os alunos iro conhecer a aplicao dos satlites nas comunicaes. E que lugar melhor para faz-la se no em uma das maiores emissoras de TV do Brasil? No caso, a TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo. Do mesmo modo, os professores visitaro o Instituto de Aeronutica e Espao (IAE), onde conhecero um dos maiores tneis de vento da Amrica Latina. Tambm no IAE eles sero apresentados ao avio sem piloto, conhecido pela sigla VANT (Veculo Areo No Tripulado). Na noite desse dia os viajantes espaciais sonharo com as estrelas e os planetas, vistos por meio de fotografias e telescpios.

Na manh do dia 7, alguns sonhos da noite anterior se tornaro realidade. Professores e alunos construiro o Sistema Solar em escala e ficaro impressionados com o tamanho da estrela que rege a vida em nosso minsculo planeta. Ainda sob o calor dessa descoberta, nossos viajantes aprendero sobre a forma que nossa civilizao desenvolveu para chegar ao espao: os foguetes. A conexo Terra-Espao ser realizada por meio da palestra sobre os sistemas de posicionamento global, conhecidos pela sigla GPS. Apesar de utilizados na Terra, os receptores GPS comunicam-se com constelaes de satlites distantes 22.000 km da superfcie terrestre. No incrvel? Apesar de toda tecnologia desenvolvida pela nossa civilizao, que nos permitiu lanar cerca de 7.000 satlites e enviar mais de 200 espaonaves para explorar o Sistema Solar, somente um deles abriga vida. Mas estaria a vida na Terra ameaada pelo Aquecimento Global? Parte da resposta a esta estonteante pergunta ser oferecida por meio da palestra de um dos maiores estudiosos brasileiros nesse tema, Dr. Gilvan Sampaio (CPTEC/INPE).

Aps uma noite de reflexo sobre a questo do Aquecimento Global, nossos viajantes aprendero sobre como fazer uso de imagens de satlites para estimar o desmatamento da Floresta Amaznica, cuja rea desmatada supera a taxa de um campo de futebol por minuto. Enquanto alguns derrubam rvores, outros colhem os frutos de sementes plantadas h mais de seis dcadas. o caso de dezenas de civis do Departamento de Cincia e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e de militares da Fora Area Brasileira (FAB) e da Marinha do Brasil (MB), que trabalham na Operao Rio Verde. O objetivo desses brasileiros lanar o foguete VSB-30, desenvolvido pelo Instituto de Aeronutica e Espao (IAE). O VSB-30 levar ao espao 8 experimentos cientficos e tecnolgicos desenvolvidos pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Instituto de Aeronutica e Espao (IAE). A Operao Rio Verde ocorre no Centro de Lanamento de Alcntara (CLA), localizado no Estado do Maranho. Distantes 2.500 km do CLA, alunos e professores tambm lanaro os seus foguetes. Enquanto os foguetes desenvolvidos por alunos e professores so confeccionados em garrafa PET, pesam poucas gramas e so impulsionados por gua e ar comprimido, o VSB-30 pesa 2.500 kg, mede 13 m e impulsionado por uma 1.500 kg de uma mistura combustvel-oxidante, conhecida como propelente.

O lanamento de foguetes requer uma infraestrutura especial, conforme ser explicado pelo Cap. lio Csar Fonseca, especialista do Centro de Lanamento da Barreira do Inferno (CLBI), onde, alis, j ocorreram a X e XI Jornada Espacial, nos anos de 2013 e 2014, respectivamente. Como os dois centros de lanamento de foguetes brasileiros ficam distantes de So Jos dos Campos, os foguetes construdos por alunos e professores sero lanados a partir do Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB). No CLA, o sucesso do lanamento ser celebrado efusivamente, haja vista que ali esto anos de trabalho de dezenas de profissionais. No MAB, o sucesso de cada lanamento celebrado com a clebre frase: UAU! Esse foi na Lua! Alto toda vida!, indicando que o foguete alcanou elevada altura. Essa frase teve origem na Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), mais um evento nacional resultante da OBA e que, anualmente, rene mais de 500 professores e alunos na cidade de Barra do Pira (RJ). A noite que antecede o encerramento da XIV Jornada Espacial marcada por uma confraternizao.

Sexta-feira, 9 de dezembro, o ltimo dia de atividades da Jornada Espacial. E que melhor lugar para encerrar a XIV Jornada Espacial, se no no local onde foram plantadas as primeiras sementes do Programa Espacial Brasileiro? Foi a criao do Instituto Tecnolgico de Aeronutica (ITA), em 1950, que permitiu ao Brasil ingressar na Era Espacial no ano de 1961. No incio, parecia uma fico. Um pas que importava bicicletas pretendia estabelecer uma indstria aeronutica. No toa, o Mal. do Ar Casemiro Montenegro Filho, criador do ITA, foi comparado a Jlio Verne, o Pai da Fico Cientfica. Conhecer um dos resultados do sonho de um dos maiores brasileiros de todos os tempos uma excelente maneira de iniciar o ltimo dia da XIV Jornada Espacial. Finda a palestra sobre o Instituto Tecnolgico de Aeronutica, os professores conhecero, no prprio ITA, novas tecnologias aplicadas ao ensino da Fsica. Enquanto isso, os alunos ouviro de algum que transformou seu sonho em realidade.

Em 2005, um ento adolescente que participava da I Jornada Espacial deslumbrou-se com o que nela vivenciou. O deslumbre transformou-se num sonho de quem sabe, em um futuro prximo, ingressar no ITA, formar-se engenheiro e trabalhar na rea espacial. Nessa poca o ITA ainda no oferecia o Curso de Engenharia Aeroespacial. O final dessa histria ser contado na manh de sexta-feira pelo engenheiro aeroespacial Danilo Miranda, formado no ITA e hoje trabalhando na empresa Visiona, responsvel pelo desenvolvimento do Satlite Geoestacionrio de Defesa e Comunicaes Estratgicas (SGDC), que ir ao espao no primeiro trimestre de 2017. Mas a sexta-feira ainda reserva a presena de outro brasileiro que ousou transformar sonho em realidade. Apesar de vir de uma famlia humilde, quando jovem esse brasileiro sonhou ser piloto de avio. Impossvel! Diziam-lhe poca. Pois bem, Marcos Pontes ingressou na Academia da Fora Area (AFA), formou-se engenheiro no ITA e, anos depois, tornou-se o primeiro e nico brasileiro at aqui a orbitar a Terra.

Depois de uma semana repleta de atividades e emoes, os participantes da XIV Jornada Espacial regressam s suas casas. Levam consigo um Certificado que registra a participao deles no evento, mas, mais do que isso, levaro consigo a imagem de um Brasil que no conheciam. Um Brasil que d certo. Um pas em que muitos dedicam toda a sua vida profissional em prol do desenvolvimento da cincia e tecnologia nacionais, sem esquecer, no caminho, da necessidade de incentivar as novas geraes. Alm de trabalho e dedicao, esses brasileiros sonham, mas sabem que, para realizar grandes feitos, preciso ousar.

Os participantes da XIV Jornada Espacial levaro consigo as histrias de Casemiro Montenegro Filho, Marcos Pontes e Danilo Miranda, que, cada qual ao seu modo, seguiram frase proferida por Ricardo Oliveira da Silva, participante da VII Jornada Espacial em 2011. Natural de Vrzea Alegre, Cear, filho de humildes agricultores, Ricardo portador de amiotrofia espinhal. A doena limitou os seus movimentos, mas no os seus sonhos. Alfabetizado em casa pela me, com a ajuda dos livros trazidos da escola pelo seu irmo, somente aos 17 anos Ricardo ingressou na 5a srie do Ensino Fundamental. No tardou para o garoto revelar sua genialidade, arrebatando uma medalha de ouro na Olimpada Brasileira de Matemtica das Escolas Pblicas (OBMEP) de 2006, disputada por quase vinte milhes de jovens. No satisfeito, repetiu a faanha nos anos de 2007, 2008 e 2009. Foi a partir da Olimpada Brasileira de Astronomia e Astronutica (OBA), na qual acumulou 5 medalhas de ouro e uma de prata, que Ricardo conquistou o direito de participar da VII Jornada Espacial. Atualmente, Ricardo cursa Mecatrnica Industrial no Instituto Federal de Educao Cincia e Tecnologia do Cear (IFCE), campus de Cedro. Segundo Ricardo, a palavra impossvel s existe para a gente desmoraliz-la. Que assim seja!


Fonte: Mercado da Comunicao


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