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Universidades criam sistemas que utilizam imagens para identificar e classificar madeiras

10/08/2017 ( Caderno: Matérias )


Dois sistemas de viso artificial, que usam imagens para identificar e classificar madeiras, foram desenvolvidos recentemente em So Paulo. Um deles, chamado NeuroWood, contou com pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp),campus de Itapeva, e do Instituto de Cincias Matemticas e de Computao (ICMC) da Universidade de So Paulo (USP) em So Carlos. Ele composto por um conjunto de cmeras (webcams), um computador e um programa que diferencia a madeira em trs categorias: A (excelente), B (boa) e C (rejeitada).

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O outro, criado no Instituto de Fsica da USP em So Carlos (IFSC-USP), um mtodo matemtico que deu origem a um software capaz de determinar a espcie de rvore da qual determinada tbua provm. As duas tecnologias se destinam principalmente aos setores madeireiro e moveleiro.

Normalmente a indstria de madeira usa especialistas que classificam a qualidade das peas por meio de inspeo visual. O processo subjetivo e depende da qualidade do treinamento, o que torna o ndice de acerto no muito alto. Estudos mostram que o nvel de acurcia desse mtodo gira em torno de 65%.

Diante desse quadro, o engenheiro mecnico Carlos de Oliveira Affonso, professor do curso de engenharia industrial madeireira da Unesp de Itapeva, o cientista da computao Andr Lus Debiaso Rossi, professor do curso de engenharia de produo da Unesp de Itapeva, e o engenheiro civil Fbio Henrique Antunes Vieira, professor da Faculdade de Tecnologia de Capo Bonito (SP), projetaram um equipamento para realizar a classificao de madeira de forma automtica.

O projeto NeuroWood teve o apoio do Centro de Cincias Matemticas Aplicadas Indstria (CeMEAI), um dos Centros de Pesquisa, Inovao e Difuso (CEPIDs) financiados pela FAPESP, com sede no ICMC.

O sistema tem webcam, monitor e um controlador lgico programvel (CPL), que um microprocessador responsvel pela interface entre o computador e os atuadores (motores eltricos ou esteiras transportadoras).

O programa de computador desenvolvido usa tcnicas de aprendizagem de mquina. So semelhantes s utilizadas pelos sistemas de reconhecimento facial, s que mais simples, conta Affonso. Foram usadas as chamadas redes neurais artificiais, tcnicas computacionais que mimetizam o funcionamento do crebro humano, aprendendo com a experincia. Para isso, apresentado ao computador um padro numrico correspondente a determinada classe de objetos, explica. Aps certo nmero de repeties, esses softwares conseguem identificar qual classe o objeto pertence, mesmo que no tenha sido apresentado como exemplo.

No caso do NeuroWood, o sistema foi ensinado a classificar as peas de madeira conforme sua qualidade (A, B ou C). O software foi abastecido com informaes sobre os nveis de qualidade e os defeitos das tbuas, como ns e rachaduras. Em seguida, criou-se um banco com mais de 600 fotos de amostras das trs qualidades. Elas foram processadas para melhorar o contraste e o brilho e ressaltar detalhes, levando em conta caractersticas, como textura e colorao.

O sistema foi testado em condies reais de produo na Sguario Indstria de Madeira, uma empresa de Itapeva parceira do projeto. L, foi submetido aos mesmos nveis de disperso de poluentes, vibrao e variao de luminosidade que um ambiente normal de um fabricante de mveis ou madeireira. As cmeras foram instaladas ao longo e acima da esteira de classificao da serraria. As imagens captadas so enviadas para o computador para serem processadas e comparadas com as que esto no banco de dados. Assim, o programa determina a que categoria de qualidades elas pertencem, A, B ou C, explica Affonso.

De acordo com o pesquisador, os resultados foram satisfatrios. O sistema classificou a madeira com desempenho semelhante ao observado em laboratrio, afirmou. Atualmente, ele analisa 45 tbuas por minuto, trabalho para o qual seriam necessrios seis trabalhadores. O ndice de acerto tambm foi superior ao dos tcnicos especializados: 85%. O projeto teveapoio da FAPESP.

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Identificao por espcie

O software desenvolvido comapoio da FAPESP no Instituto de Fsica de So Carlos tambm conseguiu bons resultados, mas nesse caso na identificao de espcies de rvores por meio de sua madeira. Foram analisadas peas do Museu Real da frica Central, em Tervuren, na Blgica, com 77 espcies diferentes de rvores madeireiras, normalmente comercializadas em pases africanos. O trabalho foi feito em parceria com a Universidade de Gent, na Blgica. O ndice de acerto foi de 88% em nvel de espcie botnica, 89% de gnero e 90% de famlia, conta o cientista da computao Odemir Martinez Bruno, professor do IFSC-USP em So Carlos, coordenador do projeto.

Para fazer a identificao, o programa alimentado com imagens microscpicas das peas de madeira. Cada espcie tem uma forma distinta de compor suas estruturas celulares, que a diferencia das outras, diz Bruno. O software analisa os padres microscpicos formados pelos arranjos celulares das madeiras.

Bruno explica que esse projeto uma ramificao de outro da sua equipe, de longo prazo, para o estudo da biodiversidade e identificao de plantas e da fisiologia vegetal usando computao, ainda em andamento. No caso do software que identifica as imagens microscpicas, o pesquisador diz que se trata, por enquanto, de trabalho puramente acadmico. O artigo foi publicado em uma revista cientfica da rea e pode chamar a ateno de empresas que se interessem em convert-lo em produto, presume.

Segundo o pesquisador, no h at agora um sistema de controle de qualidade ou de fiscalizao para verificar as espcies de madeira comercializadas. Nosso software pode servir para controle de qualidade, certificao do produto e fiscalizao. Ele poderia ser empregado por fiscais para garantir que determinado carregamento de madeira no oriundo de uma reserva florestal ou de uma espcie sob proteo de lei por ser nativa ou estar em perigo de extino.

Uso industrial

O Neurowood, criado por Affonso, da Unesp, com apoio da FAPESP, foi objeto de depsito de patente no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e j est pronto para uso. A empresa, que cedeu sua linha de produo para o sistema ser testado, poder ser uma das primeiras a adot-lo. Hoje, a Sguario produz de 15 mil a 20 mil tbuas por dia e no realiza como rotina a classificao das tbuas por qualidade. As peas so avaliadas apenas por seu tamanho. Seria praticamente impossvel inspecionar visualmente tbua por tbua, diz um dos scios da serraria, Luiz Jos Sguario Neto. Com o sistema da Unesp possvel separar as tbuas por qualidade e obter preos diferenciados de venda.


Fonte: Agncia Fapesp / Fotos Reproduo


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