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Campo rupestre no Brasil apresenta alta diversidade de espcies de plantas

20/06/2018 ( Caderno: Meio Ambiente )


Edio especial de revista cientfica rene o conhecimento atual
sobre a vida vegetal nesse ecossistema, localizado na
Serra do Espinhao, ainda pouco estudado e ameaado

Na Serra do Espinhao uma cadeia montanhosa que se estende pelos estados de Minas Gerais e Bahia possvel observar um tipo de vegetao antiga, chamada campo rupestre, que apresenta alta diversidade de espcies de plantas, a maior parte delas endmica (que ocorre exclusivamente naquela regio).


Uma das hipteses para explicar a diversidade e o endemismo
de espcies do campo rupestre da Serra do Espinhao
considera as condies da vegetao.

A ecologia desse tipo de vegetao, que est ameaada e chamou a ateno de exploradores e naturalistas que passaram pelo Brasil, como o botnico dinamarqus Eugen Warming (1841-1924), ainda pouco estudada, apontam pesquisadores da rea.

A fim de reunir o conhecimento atual sobre a vida vegetal em campo rupestre, a pesquisadora Patrcia Morellato, professora do Instituto de Biocincias da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Rio Claro, em parceria com Fernando Augusto de Oliveira e Silveira, professor do Instituto de Cincias Biolgicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), organizaram uma edio especial da revistaFlorasobre o tema.

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Parte dos resultados dos estudos publicados na edio especial consequncia de umprojetorealizado por Morellato, no mbito de um acordo da FAPESP com a Vale e as fundaes de amparo pesquisa dos estados de Minas Gerais (Fapemig) e do Par (Fapespa), e de uma pesquisa que est sendo realizada pela pesquisadora, tambm comapoioda FAPESP em convnio com a Microsoft. Os dois projetos so realizados na Serra do Cip uma formao geolgica situada em Minas Gerais, localizada ao sul da provncia geolgica da Serra do Espinhao.

A Serra do Espinhao, especialmente a Serra do Cip, apresenta a maior diversidade de espcies de plantas endmicas da flora brasileira, disse Morellato, Agncia FAPESP.

Uma das hipteses para explicar a diversidade e o endemismo de espcies do campo rupestre da Serra do Espinhao considera as condies da vegetao, assentada sobre uma cadeia de montanhas longa e estreita, entrecortada por picos e vales e com cerca de 1.000 quilmetros de extenso, formada h mais de 1 bilho de anos.

A cadeia montanhosa evoluiu geologicamente e se diversificou em diversas pequenas paisagens que compem um mosaico formado por afloramentos rochosos, campos midos, arenosos e pedregosos, alm de ilhas de floresta. Essa diversidade de paisagem cercada por trs grandes biomas: o do Cerrado, o da Mata Atlntica e o da Caatinga.

Esse conjunto de caractersticas, alm das condies climticas, caracterizadas por uma estao fria e seca, alternada com outra estao quente e bastante mida, permitiu a evoluo dessa flora muito rica na Serra do Espinhao, explicou Morellato.

Os pesquisadores reforam uma proposta, apresentada em umartigopublicado em 2016 na revistaPlant and Soil, de incluir o campo rupestre na classificao de OCBIL sigla de Old Climatically-Buffered, Infertile Landscapes , que designa uma vegetao antiga, climaticamente tamponada e sobre uma paisagem infrtil, em termos de solo.

Essa classificao do campo rupestre possibilitaria testar hipteses tericas sobre a evoluo desse tipo de vegetao e o reconhecimento da comunidade cientfica de que ela similar ao Fynbos nome genrico dado vegetao da ponta do sul da frica e regio florstica do sudoeste da Austrlia.

S h algumas regies na Terra que tm essas caractersticas de zonas climticas antigas sobre solos infrteis e que apresentam alta diversidade de espcies, disse Morellato.

Cmeras e drones

A classificao do campo rupestre como um OCBIL tambm possibilitaria promover a colaborao cientfica entre os continentes que possuem esse tipo de vegetao e apoiar a conservao e o uso sustentvel de campos rupestres e outras paisagens antigas, avaliam os pesquisadores.

As espcies endmicas de campo rupestre, como a sempre-viva (Helichrysum arenarium) e a canela-de-ema-gigante (Vellozia gigantea), esto ameaadas por incndios no controlados e a explorao excessiva. Alm disso, uma rea expressiva dessa paisagem no Brasil tem sido destruda pela minerao, antes de ter sido estudada.

Como o campo rupestre est sobre afloramento de rochas muitas vezes compostas de ferro e outros minerais, uma boa parte dessa paisagem tem sido destruda pela minerao. Essa atividade econmica representa hoje a maior ameaa diversidade desse ecossistema que mal conhecemos, disse Morellato.

Por meio do projeto realizado no mbito de um acordo da FAPESP com a Vale e a Fapemig, a pesquisadora estudou as relaes de diversas espcies de plantas da Serra do Cip com o ambiente (fenologia), alm da polinizao delas, a fim de desenvolver aes de restaurao.

Os resultados dos estudos foram publicados em um captulo do livroEcology and Conservation of Mountaintop grasslands in Brazile nas revistasEcologyePLOS ONE.

J por meio do projeto apoiado pela FAPESP no mbito de um acordo com a Microsoft, os pesquisadores tm usado diversas tecnologias, como cmeras e drones, para monitorar a vegetao tambm na Serra do Cip e, dessa forma, estudar sua mudana sazonal em diferentes escalas de altitude.

A ideia compreender melhor quando a estao de crescimento da vegetao na Serra do Cip e o que determina o comeo e o fim dessa estao para identificar quais so os gatilhos que direcionam as mudanas de paisagem, explicou Morellato.

O nmero especial da revistaFlora, intituladoPlant life on campo rupestre, a megadiverse Neotropical old-growth grassland, pode ser lido emwww.sciencedirect.com/journal/flora/vol/238/suppl/C.


Fonte: Agncia Fapesp/ Fotos Divulgao Thiago Sanna Freire Silva, Maria Gabriela de Camargo e Patrcia Morellato / Vdeo Divulgao


  + Meio Ambiente



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