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A nova face de Luzia e do povo de Lagoa Santa

09/11/2018 ( Caderno: Tecnologia )

A histria do povoamento das Amricas acaba de ganhar uma nova interpretao. O maior e mais abrangente estudo j feito a partir de DNA fssil, extrado dos mais antigos restos humanos achados no continente, confirmou a existncia de um nico contingente populacional ancestral de todas as etnias amerndias, passadas e presentes.

H mais de 17 mil anos, os membros daquele contingente original cruzaram o estreito de Bering, da Sibria para o Alasca, para ento povoar o Novo Mundo. O DNA fssil indica que os integrantes daquela corrente migratria tinham afinidade com os povos da Sibria e do norte da China, ou seja, no possuam DNA africano ou da Australsia, como indicava a teoria tradicional.

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Uma vez na Amrica do Norte, o que revela o novo estudo, os descendentes daquela corrente migratria ancestral se diversificaram em duas linhagens h cerca de 16 mil anos. Os membros de uma das linhagens cruzaram o istmo do Panam e povoaram a Amrica do Sul em trs levas consecutivas e distintas.

A primeira dessas levas ocorreu entre 15 mil e 11 mil anos atrs e a segunda se deu h no mximo 9 mil anos. H registros do DNA fssil de ambas as migraes em todo o continente sul-americano. Uma terceira leva bem mais recente e de influncia restrita, pois se deu h 4,2 mil anos, e seus membros se fixaram nos Andes centrais.

O estudo foi publicado na revista Cell por um grupo de 72 pesquisadores de oito pases, pertencentes a instituies como a Universidade de So Paulo (USP), a Harvard University, nos Estados Unidos, e o Instituto Max Planck, na Alemanha.

Os resultados da pesquisa sugerem que, na linhagem de humanos a executar o trajeto norte-sul entre 16 mil e 15 mil anos atrs, seus membros pertenciam chamada cultura Clvis, o nome dado a um conjunto de stios arqueolgicos que tm entre 13,5 mil e 11 mil anos, todos situados no oeste dos Estados Unidos.

Clvis o nome da pequena cidade no Novo Mxico onde foram descobertas, nos anos 1930, as primeiras pontas de flecha de pedra lascada cujo formato se tornou um identificador da cultura homnima. Na Amrica do Norte, a cultura Clvis est associada caa da megafauna pleistocnica, como preguias gigantes e mamutes.

Com o declnio e a extino da megafauna, h 11 mil anos, aquela cultura eventualmente desapareceu. Muito antes disso, entretanto, bandos de caadores-coletores, ao explorar novas reas de caa cada vez mais ao sul, eventualmente acabaram por ocupar a Amrica Central, como comprova o DNA fssil de 9,4 mil anos de um humano de Belize analisado no novo estudo.

Posteriormente, talvez em perseguio a manadas de mastodontes, bandos de caadores-coletores Clvis cruzaram o istmo do Panam para invadir e se espalhar pela Amrica do Sul, como evidenciam os registros genticos de enterramentos humanos no Brasil e no Chile agora revelados. Tal evidncia gentica vem corroborar evidncias arqueolgicas conhecidas, como o stio Monte Verde, no sul do Chile, onde humanos esquartejavam mastodontes h 14,8 mil anos.

Entre os diversos stios Clvis conhecidos, o nico enterramento humano associado s ferramentas da cultura fica no estado de Montana. L foram achados os restos de um menino apelidado de Anzick-1 com cerca de 12,6 mil anos. O DNA extrado de seus ossos est relacionado ao DNA dos esqueletos do povo de Lagoa Santa, um grupo de humanos antigos que habitou o Brasil central mais especificamente as grutas no entorno de Lagoa Santa (MG) entre 10 mil e 9 mil anos atrs. Em outras palavras, o povo de Lagoa Santa descende em parte dos migrantes da cultura Clvis da Amrica do Norte.

"Do ponto de vista gentico, o povo de Lagoa Santa descende dos primeiros amerndios, disse o arquelogo Andr Menezes Strauss, do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP, que coordenou a parte brasileira do trabalho.

"Surpreendentemente, os membros daquela primeira linhagem de sul-americanos no deixaram descendncia identificvel entre os povos amerndios atuais. Em torno de 9 mil anos atrs, seu DNA desapareceu completamente das amostras fsseis. Foi substitudo pelo DNA da primeira leva migratria, anterior cultura Clvis, da qual descendem todos os amerndios vivos. Ainda no sabemos os motivos que levaram ao desaparecimento do estoque gentico do povo de Lagoa Santa", disse.

Uma possibilidade para o sumio do DNA da segunda migrao, encontrado no DNA do povo de Lagoa Santa, que tenha se diludo em meio ao DNA dos amerndios descendentes dos integrantes da primeira leva populacional, tornando-se no identificvel pelos mtodos atuais da pesquisa gentica.

De acordo com a geneticista Tbita Hnemeier, do Instituto de Biocincias (IB) da USP, que participou da pesquisa, "um dos principais resultados do trabalho foi a identificao do povo de Luzia como sendo uma populao geneticamente relacionada cultura Clvis, o que desfaz a ideia dos dois componentes biolgicos, da possibilidade de ter havido duas migraes para as Amricas, uma com traos mais africanos e a outra com traos mais asiticos.

"O povo de Luzia seria resultado de uma leva populacional originria da Berngia", disse, referindo-se ponte de terra hoje submersa que, durante a era do gelo, quando o nvel dos mares era muito mais baixo, ligava a Sibria ao Alasca.

"De 9 mil anos para c, os dados moleculares sugerem que houve uma substituio populacional na Amrica do Sul. Os membros do povo de Luzia desapareceram, sendo substitudos pelos amerndios atuais, muito embora ambos tenham tido uma origem comum, na Berngia", disse Hnemeier.

Contribuio brasileira

O trabalho dos pesquisadores brasileiros contribuiu de forma fundamental para o estudo. Entre 49 indivduos dos quais se extraiu DNA fssil, sete esqueletos com idades entre 10,1 mil e 9,1 mil anos so provenientes da Lapa do Santo, um abrigo rochoso em Lagoa Santa.

Aqueles sete esqueletos, ao lado de dezenas de outros, foram achados e desenterrados em campanhas arqueolgicas sucessivas no local, lideradas primeiramente pelo antroplogo fsico Walter Alves Neves, do IB-USP, e desde 2011 por Strauss. As campanhas arqueolgicas movidas por Neves entre 2002 e 2008 foram financiadas pela FAPESP.

Ao todo, o novo estudo investigou o DNA fssil de 49 indivduos, provenientes de 15 stios arqueolgicos situados na Argentina (2 stios, 11 indivduos com idades entre 8,9 mil e 6,6 mil anos), Belize (1 stio, 3 indivduos, idades entre 9,4 mil e 7,3 mil anos), Brasil (4 stios, 15 indivduos, idades entre 10,1 mil e 1 mil anos), Chile (3 stios, 5 indivduos, idades entre 11,1 mil e 540 anos) e Peru (7 stios, 15 indivduos, idades entre 10,1 mil e 730 anos).

Os esqueletos brasileiros so provenientes dos stios arqueolgicos Lapa do Santo (7 indivduos com cerca de 9,6 mil anos), do sambaqui Jabuticabeira 2 (5 indivduos com cerca de 2 mil anos), que fica em Santa Catarina, e de dois sambaquis fluviais do Vale do Ribeira, no estado de So Paulo: Laranjal (2 indivduos com cerca de 6,7 mil anos) e Moraes (1 indivduo com cerca de 5,8 mil anos).


O trabalho dos pesquisadores brasileiros contribuiu de forma
fundamental para o estudo.
Entre 49 indivduos dos quais se extraiu DNA fssil,
sete esqueletos com idades entre 10,1 mil e
9,1 mil anos so provenientes da Lapa do Santo,
um abrigo rochoso em Lagoa Santa (foto: Andr Strauss)

O arquelogo Paulo Antnio Dantas de Blasis, do MAE-USP, foi o responsvel pelo trabalho arqueolgico no sambaqui Jabuticabeira 2, que tambm teve apoio da FAPESP por meio de um Projeto Temtico.

As pesquisas nos sambaquis fluviais paulistas ficaram sob a responsabilidade do arquelogo Levy Figuti, do MAE-USP, tambm com apoio da FAPESP.

O esqueleto de Moraes (5,8 mil anos) e o de Laranjal (6,7 mil anos) esto entre os mais antigos do Sul-Sudeste brasileiros. Eles apresentam uma situao estrategicamente singular ao estar entre o planalto e a costa, contribuindo significativamente para a compreenso do processo de povoamento da regio Sudeste do Brasil, disse Figuti.

Esses esqueletos foram encontrados entre 2000 e 2005. Desde o incio, representavam uma questo complexa, com mistura de caractersticas culturais interioranas e costeiras, e com anlises sobre os esqueletos geralmente com resultados variados, exceto em um esqueleto, que foi diagnosticado como paleondio (ele ainda no teve sua anlise de DNA completada).

O estudo agora publicado representa um grande avano na pesquisa arqueolgica, aumentando exponencialmente o que sabamos h poucos anos sobre a arqueogentica do povoamento da Amrica, disse Figuti. Mais recentemente, destaca-se a contribuio para a reconstruo da histria humana na Amrica do Sul por meio da paleogenmica, realizada por Hnemeier.

Gentica amerndia

Nem todos os restos humanos fsseis achados em alguns dos mais antigos stios arqueolgicos das Amricas Central e do Sul pertencem a indivduos geneticamente descendentes da cultura Clvis. H diversos stios cujos habitantes no tinham o DNA associado Clvis.

"Isso mostra que, alm da contribuio gentica, a segunda leva migratria para a Amrica do Sul, e que era relacionada Clvis, possivelmente tambm trouxe consigo princpios tecnolgicos que seriam expressos nas famosas pontas rabo de peixe que so encontradas em grande parte da Amrica do Sul", disse Strauss.

At agora no se sabia quantas correntes migratrias humanas originrias da sia teriam adentrado as Amricas no final da era do gelo, h mais de 16 mil anos. A teoria tradicional, formulada nos anos 1980 por Walter Neves e outros pesquisadores, dava conta de que teria havido uma primeira leva de humanos, cujos membros possuam caractersticas africanas ou semelhantes aos aborgenes da Austrlia.

Foi de acordo com essa hiptese que se modelou a famosa reconstruo facial de Luzia, nome dado ao crnio de uma mulher que viveu em Lagoa Santa h 12.500 anos e, por isso, carinhosamente chamada de a primeira brasileira.

O busto de Luzia com feies africanas foi composto a partir da morfologia de seu crnio, em trabalho realizado pelo especialista britnico Richard Neave, na dcada de 1990.

"Entretanto, a forma do crnio no um marcador confivel de ancestralidade ou de origem geogrfica. A gentica, por outro lado, a tcnica que se presta por excelncia a esse tipo de inferncia", disse Strauss.

"Os resultados genticos do novo estudo mostram de forma categrica que no existiu nenhuma conexo significativa entre as populaes de Lagoa Santa e grupos da frica ou da Austrlia. Portanto, a hiptese de que o povo de Luzia representaria uma leva migratria anterior aos ancestrais dos indgenas atuais no se confirma. Pelo contrrio, o DNA mostra que o povo de Luzia tem gentica totalmente amerndia, disse.

Um novo busto substitui o de Luzia no panteo cientfico brasileiro. Caroline Wilkinson, da Liverpool John Moores University, na Inglaterra, especialista em reconstruo forense e discpula de Richard Neave, realizou a reconstruo facial de um dos indivduos desenterrados na Lapa do Santo. O trabalho foi feito a partir do modelo digital retrodeformado do crnio.

"Por mais acostumados que estejamos com a tradicional reconstruo facial de Luzia, com traos fortemente africanos, essa nova reconstruo facial reflete de forma muito mais precisa a fisionomia dos primeiros habitantes do Brasil, apresentando traos generalizados e indistintos a partir dos quais, ao longo dos milhares de anos, a grande diversidade amerndia se estabeleceu, disse Strauss.

O arquelogo explica que o estudo publicado na Cell tambm apresenta os primeiros dados genticos para os sambaquis da costa brasileira.

"Esses monumentais montes de conchas foram construdos h cerca de 2 mil anos por sociedades populosas que ocupavam a faixa costeira do Brasil. O estudo do DNA fssil de esqueletos enterrados nos sambaquis de Santa Catarina e de So Paulo mostra que esses grupos tm uma relao de proximidade gentica com os indgenas atuais do Sul do Brasil, especialmente os grupos Kaingang, disse.

Segundo Strauss, a extrao do DNA fssil encontra muitos desafios tcnicos, especialmente para material encontrado em clima tropical. A fragmentao extrema e a alta incidncia de contaminao fizeram com que durante quase duas dcadas diferentes grupos de pesquisas tentassem sem sucesso extrair o material gentico dos ossos de Lagoa Santa.

Foi graas a avanos metodolgicos desenvolvidos pelo Instituto Max Planck que agora foi possvel realizar a extrao de DNA do povo de Lagoa Santa. E a depender do entusiasmo com que Strauss fala de sua pesquisa, ainda h muito por descobrir.

"A partir de 2019, ter incio a construo do primeiro laboratrio de Arqueogentica do Brasil, uma parceria na USP entre MAE e IB, com financiamento da FAPESP. Quando estiver pronto, dar novo impulso s pesquisas sobre o povoamento da Amrica do Sul e do Brasil", disse Strauss.

"De certo modo, este trabalho muda no somente o que sabamos sobre o povoamento, mas tambm muda consideravelmente o modo como estudar os restos esqueletais humanos, disse Figuti.

Os primeiros restos humanos de Lagoa Santa, cerca de 30 esqueletos, foram encontrados em 1844, no fundo de uma gruta inundada, pelo naturalista dinamarqus Peter Wilhelm Lund (1801-1880). Quase todos esses fsseis se encontram hoje no Museu de Histria Natural de Copenhagen, na Dinamarca. Um nico crnio ficou no Brasil, doado por Lund ao Instituto Histrico e Geogrfico Brasileiro, no Rio de Janeiro.

Povoamento aos saltos

No mesmo dia em que foi publicado o artigo na Cell (08/11), outro trabalho foi divulgado na revista Science, igualmente versando sobre DNA fssil e as primeiras migraes humanas pelo continente americano. Andr Strauss um dos autores.

Entre os 15 esqueletos antigos dos quais foi coletado material gentico, cinco pertencem Coleo Lund, de Copenhagen. Suas idades situam-se entre 10,4 mil e 9,8 mil anos. So os mais antigos da amostra, ao lado de um indivduo de Nevada, com 10,7 mil anos.

A amostra rene material fssil de restos humanos antigos achados no Alasca, Canad, Brasil, Chile e Argentina. O resultado da investigao molecular sugere que o povoamento das Amricas pelos primeiros grupos humanos vindos do Alasca no foi simplesmente um movimento de ocupao gradual do territrio simultneo expanso populacional.

Segundo os pesquisadores responsveis pelo estudo, os dados moleculares sugerem que os primeiros humanos a invadir o Alasca, ou ento o vizinho Yukon, dividiram-se em dois grupos. Isso ocorreu entre 17,5 mil e 14,6 mil anos atrs. Um grupo colonizaria a Amrica do Norte e a Amrica Central. O outro dominaria a Amrica do Sul.

A seguir, a ocupao das Amricas teria ocorrido de forma rpida e aos saltos, com pequenos bandos de caadores-coletores percorrendo grandes distncias para se fixarem em novos ambientes at atingirem a Terra do Fogo. Todo esse movimento durou um ou no mximo dois milnios.

Entre os 15 indivduos que tiveram seu DNA analisado, trs dos cinco de Lagoa Santa guardam em seu material gentico traos de DNA da Australsia como sugere a teoria da ocupao da Amrica do Sul defendida por Walter Neves. Os pesquisadores no sabem explicar a origem daquele DNA australsio e como ele foi parar apenas e to somente em alguns indivduos de Lagoa Santa.

"O fato de a assinatura genmica da Australsia estar presente h 10,4 mil anos no Brasil, mas ausente em todos os genomas testados at hoje, to antigos ou mais antigos, e achados mais ao norte, apresenta um desafio ao considerar sua presena em Lagoa Santa, disseram.

Para Strauss, a existncia desse trao de DNA australsio difcil de explicar. "O componente australsio nos trs indivduos de Lagoa Santa quase negligencivel. menos de 2% do DNA amostrado. No momento, muito difcil dizer qual a sua origem, disse.

Ao longo do sculo 20, outros fsseis foram coletados, entre eles o crnio de Luzia, nos anos 1970. Quase uma centena de crnios escavados por Neves e Strauss nos ltimos 15 anos se encontram atualmente na USP. Outros tantos fsseis esto guardados na Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais.

Mas a grande maioria dessas preciosidades osteolgicas e arqueolgicas, talvez mais de 100 indivduos, estava depositada no Museu Nacional, e foi presumivelmente consumida no incndio que devastou aquela instituio em 2 de setembro.

O crnio de Luzia estava exposto no Museu Nacional ao lado do busto com suas feies feito por Neave. Temia-se que o crnio tivesse sido destrudo no incndio, mas felizmente foi uma das primeiras peas do museu recuperadas dos escombros. Mesmo que fragmentado, o crnio de Luzia sobreviveu. J o busto original (do qual h vrias cpias), esse se perdeu no fogo.

O artigo Reconstructing the Deep Population History of Central and South America, de Cosimo Posth, Andr Strauss e outros, pode ser lido em: www.cell.com/cell/fulltext/S0092-8674(18)31380-1.


Fonte: Agncia Fapesp / Fotos Divulgao


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