30/01/2009 ( Caderno:
Poesia da Arte )
O pincel, que um dia se ocupou da tinta, revestirá sempre a sua essência, como convite à capacidade de criar o que a beleza sugerir para a composição dos seus sonhos.
O pincel, que um dia obedeceu a arte, vestirá a tela com os traços de suas técnicas, escolhendo suas diretrizes como estilo.
A tinta, que um dia se ocupou do suporte, lembrará da sua marca principal, como uma adesão permanente, da sua opção de desenhar o começo da idéia, o trajeto do seu movimento e a conclusão do tema que impulsionou.
A tinta, que se propôs ser arte, conduzirá o olhar que observa, à plenitude invisível da sua extensão, como argumento que o tempo recorrerá a outras interpretações, para ajuntar-se ao seu espaço infinito.
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