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Pesquisa revela que 31% dos negócios de impacto social são geridos por mulheres

04/03/2016 ( Caderno: Empresarial )

Coordenada pela ARTEMISIA e conduzida pela empresa Din4mo, a pesquisa quantitativa “Empreendedores de Impacto” mostra que os negócios de impacto social são majoritariamente geridos por homens (69%), embora as mulheres tenham avançado neste terreno. Pioneira no Brasil na disseminação e no fomento de negócios de impacto social, a organização reuniu um time empreendedoras de startups para debater quais são os desafios e dicas para as mulheres que desejam investir em negócios de impacto social.

Mulheres possuem uma excelente visão de longo prazo, têm capacidade de resolução de conflitos, talento para comandar equipes multiprofissionais e empatia com problemas e desafios alheios. Estas características são extremamente relevantes para empreendedoras que investem em negócios de impacto social – empresas que oferecem, de forma intencional, soluções escaláveis para problemas sociais da população de baixa renda. Embora o Brasil viva um momento de expansão desses empreendimentos, que constituem uma forte tendência contemporânea, as mulheres respondem por apenas 31% dos negócios de impacto social, de acordo com a pesquisa “Empreendedores de Impacto”, coordenada pela ARTEMISIA e conduzida pela Din4mo.

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Maure Pessanha, diretora-executiva da Artemisia

Entre as dicas destacadas pela executiva, destacam-se: “siga a intuição, não tenha medo de pensar grande; a sensibilidade e a empatia são fundamentais para ter um olhar mais profundo sobre impacto social e refletir se o negócio realmente supre uma demanda de quem mais precisa”, finaliza.

A equipe da ARTEMISIA perguntou a sete empreendedoras de negócios de impacto social – startups aceleradas pela organização – quais são os desafios e as dicas valiosas para as mulheres que desejam empreender.

Danielle Brants, empreendedora da Guten

Danielle Brants, empreendedora da Guten.

Danielle Brants, empreendedora da Guten.

Startup criada em 2014 por Danielle Brants, a Guten é uma empresa de educação focada em desenvolver a competência da leitura por meio de aplicações mobile; a proposta é criar engajamento com a leitura por meio de conteúdo curado e com base nas competências do século XXI; tornar a leitura divertida e interativa, utilizando tecnologia e jogos; e oferecer textos com níveis de complexidade adequados para cada leitor, apresentando o desafio adequado para cada criança.

“Não vejo obstáculos profissionais específicos relacionados ao gênero, ou prefiro não dar atenção demasiada a eles. Mesmo antes de empreender, quando trabalhei por quase 10 anos no mundo corporativo e financeiro, não sentia desafios que fossem especificamente relacionados ao fato de ser mulher. Os desafios que enfrentei eram similares para homens e mulheres. Entretanto, por muitas vezes percebi que a forma como homem e mulher respondem a estes desafios difere bastante: por vezes, tive que trabalhar inseguranças internas que me colocavam em uma posição inferior aos outros. Depois de algum tempo, aprendi que temos que jogar a favor das nossas forças. Muitas vezes nos colocamos para baixo por conta de alguma fraqueza que temos. Mal percebemos que todos possuem fraquezas, isso é natural. Temos que trabalhá-las e saná-las, porém nós precisamos aprender a valorizar nossos pontos fortes e mostrá-los mais. Há inúmeras fontes de criticismo e pessimismo no mundo, mas a mais tóxica somos nós mesmos. Blinde-se com uma atitude positiva (mas realista, sempre!).”

Dicas da empreendedora

-       Faça escolhas e, talvez, adie ou deixe de lado alguns sonhos. Coloque-se em um momento de autorreflexão e pense muito, seja realista com os prós e contras, analise a sua real disposição para fazer concessões de vida e tome sua decisão. Depois que decidir, você tem que cruzar a ponte e focar no seu objetivo. Não seja aquela pessoa em eterna dúvida, vá lá e faça.

-       Crie redes de suporte, não só de mentoria. Apesar de termos características bastante sociáveis e gregárias, mulheres tendem a desenvolver bem menos redes de suporte (sponsors) ao longo da sua carreira. É comum termos vários mentores, mas poucos sponsors. Este foi um fato que descobri quando trabalhei em uma multinacional americana e participei de um grupo de mulheres líderes lá. Mulheres têm que sair da sua zona de conforto e buscar redes de apoiadores, pessoas que não só darão conselhos ou mentoria, mas que também estarão dispostas a ajudar com ações efetivas e outras conexões importantes em seu trabalho. Networking não é ir em um evento ou coquetel e trocar cartões com outras pessoas, é ter uma rede de reais apoiadores a quem você possa recorrer caso precise de conexões, recursos, etc. Isso requer investimento de tempo e também um pouco de “cara de pau” da nossa parte. Às vezes uma solução está na nossa frente, basta pedir apoio à pessoa certa.

Thais Albernaz Guimarães, empreendedora da Casa Cuca

A startup atua no desenvolvimento de metodologias e ferramentas de ensino – físicas e digitais – que ativam as habilidades cognitivas do aprendizado de crianças, jovens e adultos. As soluções beneficiam especialmente crianças com dificuldade de aprendizagem e as que querem melhorar a pronúncia e leitura em inglês. A aplicação pode ser feita por profissionais de educação e saúde, que serão capacitados pela Casa Cuca. Criada em 2011 por Thais Albernaz Guimarães, a empresa conta com ferramentas lúdicas ou digitais, que auxiliam os professores a lidar com a questão de forma descontraída e eficaz no que se refere à melhora do desempenho do aluno. As ferramentas também auxiliam fonoaudiólogos e psicólogos a aumentar a eficiência em tratamentos com estímulos cognitivos; trabalho que contribui para a melhora na qualidade de vida social e familiar dos pacientes.

“Acho que o início do trabalho empreendedor demanda muitos sacrifícios em especial financeiros. Deixar a estabilidade (ao menos aparente) de um trabalho CLT para empreender pode ser bem difícil, imagino que principalmente para as mulheres que desejam ter filhos. A não estabilidade pode deixar muitas mães em maus lençóis e, pensando na empresa, acredito que são poucos os novos empreendimentos que podem tolerar a ausência do empreendedor.”

Dicas da empreendedora

-       Forme uma equipe com cuidado e carinho. É importante que entendam responsabilidade e que possam trabalhar de maneira independente.

-       Compartilhe as expectativas do empreendimento em casa; no fim das contas, o  parceiro também está empreendendo com você!

Iara Cezário, empreendedora da 3iD Fisioterapia

Negócio de impacto social criado pelos empreendedores Alisson Jardim Pereira, Fabiane Castro Vaz, Iara de Sousa Cesário e Talita Braga de Matos – profissionais com ampla experiência em fisioterapia. Fundada em 2009 em Brasília, a 3ID Fisioterapia atuava, até então, com a alta renda. Motivados a atender a um público que deseja um tratamento de alta qualidade, mas não tem condições de pagar as mensalidades, os empreendedores resolveram revisitar o seu modelo de negócio para ter impacto social e aproveitar uma oportunidade de mercado.

“O maior desafio, com certeza, é conseguir conciliar todos os afazeres que a mulher já tem com o grande desafio de criar e gerenciar um negócio. Sabemos que é imprescindível dedicar grande parte do tempo diário para que o empreendimento dê certo e temos que lembrar que a mulher empreendedora, além de precisar ser boa gestora, tem que ser boa dona de casa, excelente esposa e uma mãe dedicada. Como mulher, sinto que a cobrança sobre nós é um pouco maior, pois nenhuma outra área da vida pessoal pode ser prejudicada quando somos donas de empresa. Diferente do homem empreendedor que recebe toda compreensão da sociedade quando inevitavelmente “falha” em determinadas situações do dia a dia.”

Dicas da empreendedora

-       Empreenda somente no que realmente acredita. Pode não ter totalmente o domínio técnico que algumas áreas/setores exigem, porém, o negócio como um todo precisa fazer muito sentido já que será necessário abdicar de muita coisa pessoal, principalmente no início.

-       Dedique-se intensamente ao projeto. A mulher possui como característica nata o perfeccionismo e dedicação. Isso precisa ser usado em prol de um crescimento empresarial consolidado e eficiente.

Nuricel Villalonga, empreendedora da Alpha Lumen

A Alpha Lumen é uma escola de ensino médio e Fundamental II, especializada em estudantes com altas habilidades. A empresa identifica, seleciona e estimula esses estudantes, preparando-os para as melhores universidades do Brasil e do mundo por meio de três principais pilares: definição de metas de aprendizado individualizadas; estrutura pedagógica motivadora, respeitando as singularidades de cada aluno; e ambiente de aprendizado colaborativo com estudantes participando ativamente de decisões. O Instituto Alpha Lumen foi criado em 2007 por Nuricel Villalong Aguilera.

“Certamente o maior desafio é articular o tempo dispensado à família e ao empreendimento. Empreender demanda uma dedicação que facilmente rouba tempo dedicado aos filhos, marido e amigos. Estabelecer limites ou otimizar o tempo disponível para as atividades pessoais e familiares é o grande desafio!”

Dicas da empreendedora

-       É importante motivar a família a compartilhar o mesmo ideal. Fica mais fácil administrar questões de tempo e dedicação quando todos se sentem parte das conquistas; quando todos se sentem cúmplices no processo.

-       Administre o negócio de maneira inspiradora! Cative parceiros e abra espaço para perfis empreendedores em sua empresa.

Maristela Poli Guanais, empreendedora da IES2

A iES2 oferece produtos, serviços e soluções tecnológicas inovadoras na área da educação, especificamente no processo de alfabetização de jovens e adultos de baixa renda. Criada em 2010 por José Luis Poli, Andônio Higino Viegas e Maristela Poli Guanais, a IES2 oferece o Palma, um programa para telefones celulares que auxilia no processo de alfabetização por meio de um conjunto de aplicativos – que combinam sons, letras, imagens e envio de SMS. Um sistema de internet para fazer acompanhamento da aprendizagem do aluno. A cada atividade realizada pelo aluno, no celular, é encaminhado um SMS, que é retransmitido pela operadora para um sistema; ao interpretar essa informação, o sistema gera relatórios de aprendizagem e de gestão.

“Eu venho do mundo acadêmico e me propus a encontrar soluções educacionais para melhorar a educação das pessoas. Na minha percepção, o maior desafio em empreender em negócios de impacto social é conseguir acompanhar as inovações e evoluções tecnológicas e ainda gerenciar uma equipe totalmente masculina, que tem   metade da minha idade.”

Dicas da empreendedora

-       Procure conhecer bem de perto o público-alvo no qual se propõe a causar impacto; descubra quais são as reais necessidades desse público.

-       Tenha foco no preceito que o produto ou serviço que você oferece precisa ter escala e relevância para encontrar o sucesso.

Samar Sleiman, empreendedora da OlhaConta

Criada em 2013 por Samar Sleiman, a OlhaConta é a primeira empresa de tecnologia mobile banking para o mercado de baixa renda no Brasil. A proposta central é baseada em uma tecnologia que disponibiliza à população não bancarizada uma série de serviços financeiros via celular, como transferências de dinheiro, pagamento de contas, compras no varejo, operações de poupança. Pesquisas indicam que 39,5% da população brasileira adulta – cerca de 55 milhões de pessoas –, não possui conta bancária, em especial, grande parcela da baixa renda que atua em empregos informais e tem dificuldade em comprovar renda estável e moradia fixa. A tecnologia móvel, nesse contextos, favorece a inclusão financeira dessa parte da população com baixos custos e de forma acessível.

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Samar Sleiman, empreendedora do OlhaConta.

Dicas da empreendedora

-       Vá em frente! O momento é certo! O Brasil é o lugar certo! O Brasil é e será o pioneiro em negócios de impacto social na América Latina!

-       A mulher deve abraçar os seus maiores ativos que são a sua natureza maternal e a capacidade de gerenciar com sensibilidade e sinceridade. Eu acho que essas são habilidades cruciais necessárias para garantir que a sua empresa opere como um verdadeiro empreendimento social.

-       Toda mulher que quer liderar um negócio deve saber sobre finanças corporativas e ser capaz de falar números, já que lidera os negócios. Sugiro fazer cursos para educar-se. Há uma grande quantidade de recursos on-line para fazer isso.


Fonte: Printec Comunicação / Fotos Divulgação


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