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Origem do surfe estaria no Peru e não no Havaí

10/05/2016 ( Caderno: Esportes )



Professor da Unesp publica livro sobre o tema
É comum dizer que o surfe, cuja etapa do Campeonato Mundial no Rio de Janeiro começa dia 10 de maio, nasceu no Havaí. Não é essa a tese de Enrique Amayo Zevallos, professor da Unesp de Araraquara. Para ele, o surfe nasceu no Peru. E prova isso no livro escrito em espanhol Mar y Olas: Rito y Deporte: Del Tup o Caballito de Totora a la moederna Tabla o Surf: su origen en la Costa Norte del Antiguo Perú (1500 a.C - 1532). A obra foi publicada pela Universidad Nacional Agrária La Molina do Peru e lanada dia 12 de abril em Lima.
Professor de História Econômica e Estudos Internacionais Latino-Americanos da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara, Amayo aponta inicialmente na publicação que a bibliografia que surgiu no período colonial e cresceu com o tempo demonstra a capacidade das grandes balsas das civilizações marítimas do Antigo Peru - AP, como a Mochica, Lambayeque, Chimu, Tiahuanaco e outras, para navegar em alto mar em viagens até mesmo intercontinentais em grandes jangadas feitas de pau de balsa.
A novidade de sua pesquisa, porém, está em explorar a hipótese que “no Cavalinho de Totora está o origem do esporte conhecido como surfe“. O Cavalinho de Totora ou TUP (na língua Mochica) apareceu no AP com o objetivo de atravessar as ondas marítimas para pescar originando assim indiretamente o surf já que sem dúvida era prazeroso cruzar o mar até chegar aos lugares de pesca. “Totora é uma espécie de junco usado desde o período  pré-colombiano pelas civilizações do Lago Titicaca e das costas do Oceano Pacífico peruano”, explica o docente.
O TUP é um instrumento de navegação unipessoal muito antigo (tem 3.500 anos de história comprovada, mas poderia ter até 5.000) que sobreviveu até hoje sem qualquer mudança essencial na sua conformação sendo sempre, desde seu remoto origem, usado diariamente na costa peruana do norte para pescar surfando as ondas do mar. O autor não tem informação de algo semelhante no mundo sendo, portanto, único. “Infelizmente nos dias de hoje corre o risco de desaparecer”, acrescenta Amayo.
Em sua longa história, o TUPE originou outro instrumento de navegaçao, um TUP Especial - TUPE com um objetivo lúdico: atravessar as ondas do mar como diversão ou esporte incluindo uma competição de fundo religioso conhecida como a Corrida do Homem-Deus-Pássaro.
Assim, no TUPE estaria a origem direta do surf. Cerâmicas (Huacos) dos Mochicas, Chimús e Incas produzidas entre os Séculos X e XVI D.C. retratam surfistas sentados no TUPE como cavalheiros (sentados: não em pé). “O livro descreve, analisa e busca as razões do quase desaparecimento do TUPE ao ponto que hoje quase ninguém sabe que existiu no mínimo por 500 anos”, comenta o professor da FCL de Araraquara.
Os descendentes diretos atuais dos Mochicas, Lambayeques e Chimús em geral moram em comunidades pobres, apesar de sua historia muito rica, como é o caso de Huanchaco no norte do Peru, onde enormes ondas impressionam o surfista moderno. O resgate da relevância determinante das civilizações marítimas peruanas antigas na origem do surf, para o pesquisador, seria uma justiça histórica. “Seu efeito também seria prático, já que contribuiria a ampliar o turismo ecológico em territórios que na antiguidade abrigaram aos Mochicas, Lambayeques e Chimús nas cidades atuais de Huanchaco, Pimentel e outras”, diz Amayo.
O próprio TUPE poderia ser recuperado para voltar a ser usado para surfar, em vez de continuar como até hoje, desaparecido. Fazer isso principalmente nos territórios que foram dos Mochicas poderia ajudar a superar a pobreza de seus descendentes que continuam morando neles como também ajudaria a evitar o desaparecimento do TUP”, aponta Amayo.
O livro informa que, em termos de historia humana e social o Peru, entre outras coisas, é mais de 12 milênios mais antigo que o Arquipélago de Hawaii e a Ilha de Páscoa, fator que reforçaria a origem do surfe estar ligada ao Peru. “A publicação oferece fundamentos para estabelecer uma campanha com o objetivo de fundar o Museu da Navegação do Antigo Peru: Naylamp-Taykanamo-Túpac Yupanqui-Heyerdahl, nas redondezas de Huanchaco”, propõe o pesquisador, peruano de nascimento.
“Gostaria de poder contribuir com dados científicos para que o Peru obtenha o reconhecimento como o lugar de origem do surfe. Esse é um dos objetivos da FENTA (Federação Peruana de Surfe) e de muitos surfistas, como o primeiro campeão mundial do surfe moderno. Um dos nossos objetivos é que essa luta seja feita com o apoio do Governo peruano, pois esse reconhecimento poderia muito bem ser uma política de Estado”, conclui Amayo.


Fonte: Unesp / Foto Divulgação


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