Panorâmica São José dos Campos FaceBook do POrtal São José Twitter do Portal São José
Home | Cadastre sua Empresa | Acessos | Créditos                               Quarta, 24 de Abril de 2024
Acesso à página principal
Logotipo Portal São José



Criação e
Desenvolvimento



Fale com a gente! 12 99713.7333
Av. Dr. Mário
Galvão, 78
Centro - SJC/SP
12209-004
BUSCA DE EMPRESAS NO PORTAL >>
Acesse também: Jacareí
O conteúdo publicado não expressa necessariamente a opinião do Portal e é de total responsabilidade do autor.



Campinas como um novo fenômeno metropolitano. Pesquisador da Unesp participa de conferência sobre o assunto

07/06/2016 ( Caderno: Matérias )

Discussão do Plano Diretor ou Mobilidade integra
rede de cidades da franja metropolitana 




Campinas é uma metrópole, com a presença de várias outras ao seu redor, mas que ainda não tem um plano territorial que pense de forma integrada todas essas cidades
, diz o professor de arquitetura da Unesp de Bauru, Adalberto da Silva Retto Júnior. 

O professor, que participou dia 31/05, dos debates preparatórios para a realização da 6ª Conferência da Cidade de Campinas, sugeriu uma nova abordagem para o espaço metropolitano da cidade de Campinas. Segundo ele, ao invés de fazer um plano centrado só na metrópole, podemos pensar um plano territorial englobando as cidades do entorno, com os planos das cidades respondendo a esta potencial parceria. Isto é importante para garantir um equilíbrio e evitar um processo de conurbação - que foi o que aconteceu com a cidade de São Paulo e as cidades próximas, como a região do Grande ABC, e que levou a uma degradação enorme, num processo sem controle.

O profesor da Unesp explica:

"Em um planeta majoritariamente urbanizado, os estudos das dinâmicas urbanas contribuem quer para a compreensão da formação de nossas cidades, quer para inseri-las no seu território mais amplo, a partir do entendimento do funcionamento das vastas redes, que paulatinamente superaram as fronteiras da bipolaridade clássica existente entre cidade e natureza, centro e periferia, espaços abertos e terrenos baldios, típica das cidades do século XIX e mesmo em grande parte do XX.

A diferenciação entre áreas urbanas e áreas rurais desaparece gradualmente num processo extremamente complexo, que em alguns casos consubstancia grandes conurbações, pois o estabelecimento de novas formas de morar e a implementação de atividades econômicas nesses lugares leva ao incremento de movimentos pendulares, com o crescimento exponencial da mobilidade urbana, que contribui para a indefinição de fronteiras.

Esses novos territórios que aparecem entre o mundo urbano e o mundo rural são lugares incertos e colocam-se no centro do debate do Urbanismo na contemporaneidade".

O professor conta que a cidade de Campinas tem uma franja metropolitana, formada por cidades que poderiam ser chamadas para discutir pontos comuns a ser abordados de forma geral, além dos planos individualizados.

"Eu e minha equipe estamos trabalhando em Holambra, uma Estância Turistica que faz parte da franja metropolitana de Campinas". Continua: "Para minha surpresa Campinas concomitantemente estava realizando seu plano diretor e não houve nenhum tipo de convite para discutirmos conjuntamente. Ao contrário, uma das direções da Revisão de Holambra baseia-se justamente na tentativa de estabelecer não somente uma discussão entre as cidades vizinhas, mas políticas de parceria, pensando no territorio sustentável.

A característica da franja metropolitana é a de, justamente, fazer esta ligação entre as cidades. "Nós temos dados sobre esta mobilidade em Holambra, que demonstram que existe um real movimento pendular entre essas cidades. Isto é característico de uma franja e no meu ponto de vista, o plano diretor de Campinas não está chegando nesta franja", explica.

Segundo ele, para pensar as cidades hoje, você terá que pensar na questão da sustentabilidade. Por exemplo: várias cidades pequenas têm problemas com o lixo. A partir de pesquisa é possível avaliar como as cidades poderiam, juntas, administrar e dividir o custo da solução desse problema .

No caso de Campinas, o tema tratado pelo professor na palestra foi "A cidade que queremos". Este tema é de grande conhecimento do professor, pois faz parte de uma metodologia que o grupo SITU (Pesquisa em Sistemas Integrados Territoriais e Urbanos) e o urbanista italiano Bernardo Secchi, começaram a aplicá-la desde 2004 em cidades pequenas e médias do estado de São Paulo. Ela faz parte de uma metodologia que inclui: A cidade que temos; A cidade que queremos; e A cidade possível.

A cidade ideal deve ser sustentável, que responda à todos os cidadãos de forma equilibrada e inclusiva em todas as suas políticas. "Isto é um pressuposto. Não conseguimos trabalhar com planos diretores sem que isto não esteja incorporado", diz.


Plano de mobilidade sustentável de Holambra

Recentemente o professor Adalberto da Silva Retto Júnior foi chamado para fazer a revisão do plano de mobilidade da cidade de Holambra. Uma das questões que o professor colocou na época era que, em se tratando de uma franja metropolitana, seria importante começar a trabalhar com políticas públicas de parcerias para tratar principalmente das questões de sustentabilidade. "Desta forma podemos começar a entender o funcionamento do território e tentar criar políticas de parcerias. Por exemplo, como administrar a água da região", conta.

Quando o pesquisador começou a trabalhar no plano de Holambra ele foi alertado pela boa qualidade de vida que a cidade oferece. Para ele, ocorre um movimento pendular, típico de franja metropolitana, em que as pessoas das cidades vizinhas que trabalham em Holambra, querem viver em Holambra também. "A prefeitura estava preocupada com a vinda destes novos moradores que poderiam trazer um desequilíbrio para o ambiente propício da cidade. Ao invés de partir para uma política de fechar o "oásis" da cidade (como a cidade é chamada pelos habitantes), a primeira questão levantada pela equipe do professor foi a de alargar este "oásis". "Trabalhar com as cidades vizinhas, em políticas de parcerias - como transporte mais eficiente e de mais qualidade.

Segundo o professor, baseado nestes fatos, quando começaram a trabalhar o plano de mobilidade em Holambra, o cuidado foi: "vamos conversar com o entorno? E o entorno necessariamente inclui Campinas."


Sobre Holambra

"O Plano de Mobilidade de Holambra baseou-se em levantamentos e cenários pensados internamente àquilo que o SITU denomina de Sistema de Mobilidade.

Pensar a Mobilidade como um sistema, significa explorar do ponto de vista analítico um conjunto de partes e relações entre as mesmas. O "paradigma sistêmico" permite pensarmos o Plano de Mobilidade de Holambra como a articulação de dois sistemas constitutivos: um sistema funcional e um sistema físico. O sistema funcional constituído do conjunto de funções urbanas e das relações intercorrentes entre elas; o sistema físico constituído do conjunto dos espaços, da tridimensionalidade, matéria da realidade urbana, da denominada "cidade física" e dos canais materiais de ligação entre estes.

Seguindo essa linha de raciocínio, e com o objetivo de analisar especificamente objetivando a elaboração do Plano de Mobilidade de Holambra foram analisadas as tipologias de urbanização que demonstram a configuração da morfologia urbana em 2015 e que servirão de base para a compreensão das transformações sucessivas, procurando prever as dinâmicas da configuração sócio espacial na franja metropolitana como um todo.

A hipótese de origem que embasou os dois filões estruturais do Plano de Mobilidade Sustentável de Holambra foi a ligação privilegiada entre patrimônio paisagístico e desenvolvimento local: o patrimônio colocado no centro de um processo de evolução que não somente objetiva sua valorização, enquanto formadora da qualidade ambiental o que elevou o núcleo urbano à condição de Estância Turística, mas que utiliza seus recursos para incrementar suas potencialidades físicas, culturais, humanas e econômicas.

Assim, a paisagem de Holambra constitui-se como recurso territorial possível para afirmar a identidade do espaço, indispensável para se pensar um desenvolvimento compatível no contexto da Franja Metropolitana de Campinas".
Elaborar um Plano capaz de trabalhar a ótica de proteção do ambiente, conduzindo para o incremento de uma articulação regional (entre municípios), é estabelecer estratégias para manter a população residente em cada cidade, visando qualificar o sistema de mobilidade entre as mesmas para garantir qualidade de vida a partir de políticas de parcerias na lógica do desenvolvimento regional. Dessa forma, o desenvolvimento local torna-se global e integrado, e inclui a dimensão cultural, social e econômica.


Fonte: Agência Unesp / Foto Reprodução


  + Matérias



CONTATOS DO PORTAL SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Anúncios/Cadastros/Contato/Cartas: agencia@saojosedoscampos.com.br
Editorial/Pautas: imprensa@saojosedoscampos.com.br
Criação/Arte: agencia@mrpropaganda.com.br

Av. Dr. Mário Galvão, 78 - Centro - São José dos Campos - SP
Whatsapp: (12) 99713-7333 ou 99712-8419



+ Espaço do Cidadão
Imagem Prefeitura de São José dos Campos conclui a 3ª Avaliação de Densidade Larvária de 2022
+ Espaço do Consumidor
Imagem Consumidor reclama da falta de comunicação com a Sky. Empresa responde
+ Esporte
Imagem Sesc São José dos Campos traz a Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica de Conjunto
+ História
Imagem Fábrica da GM em São José dos Campos completa 65 anos com 6 milhões de veículos produzidos
+ Museu do Comércio e Indústria
Imagem Restaurante Vila Velha (Fundada em 1968)
+ Poesia da Arte
Imagem Por Sonia Furquim

 
Resolução mínima de 800x600 © Copyright 2005 - Todos os direitos reservados
Fale com a gente!