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Refugiada faz sucesso com culinária árabe. Pedidos de asilo ao Brasil aumentam quase 2.900%

17/06/2016 ( Caderno: Matérias )

Muna Darweesh e o marido, Wessam, se mudaram para o Brasil em 2013 e prosperam no país preparando pratos típicos sob encomenda. Objetivo é abrir um restaurante


Muna quer aumentar venda de pratos
menos conhecidos dos brasileiros

Os pratos típicos que prepara sob encomenda para uma clientela que não para de crescer estão fazendo a refugiada síria Muna Darweesh, de 35 anos, prosperar no Brasil. Ela, o marido Wessam Aljammal, de 43 anos, e três filhos deixaram a cidade de Latakia, na costa da Síria no Mar Mediterrâneo, em 2013 com destino ao Egito. Lá, viveram três meses em busca de refúgio na Suíça. "As portas estavam fechadas, e decidimos ir para o Brasil", disse Muna. Depois que chegaram ao País, a família aumentou com o nascimento do caçula, hoje com três anos.

A família deixou a Síria "por causa de tudo", como ela diz: guerra, crise, política e financeira. "Nossa cidade era mais tranquila do que outras que viviam sob conflito, como Homs. Mas viemos embora por causa de tudo o que acontece lá", disse.

Diferentemente de outros refugiados sírios, ela afirma que se adaptou rapidamente a São Paulo. "Aqui há muitos sírios e libaneses, muitos árabes e muçulmanos. Nos acostumamos rápido com a cultura local", afirmou. Difícil foi sustentar a família logo que chegaram. Muna é formada em literatura inglesa. Wessam é engenheiro naval. "Não encontramos trabalho na nossa área de atuação. Eu até consegui um emprego, mas o salário era ruim", disse Muna.

A saída foi preparar os pratos típicos e vender. Com a ajuda da organização não governamental Adus, ela divulgou suas receitas nas redes sociais. Passou a participar de festas e feiras típicas e até já apresentou um workshop sobre preparo de receitas árabes. "Os brasileiros adoraram", disse.

Ela também participa do Festival Árabe, realizado aos finais de semana no bairro do Brás. Às sextas-feiras, dia sagrado para os muçulmanos, vende os salgados e doces na Mesquita Brasil, no Cambuci, na região central de São Paulo. Enquanto não encontra trabalho como engenheiro, Wessam a ajuda na cozinha.

"Na Síria todas as mulheres aprendem a cozinhar. Eu aprendi com a minha mãe. Fazer os pratos e vender foi uma opção que encontrei para ganhar dinheiro no Brasil. Só que eu faço as minhas receitas com algumas diferenças em relação ao que aprendi com a minha mãe", disse. Os pratos mais vendidos são esfiha, quibe e falafel (bolinho de grão-de-bico frito). Mas não é só porque são os mais gostosos. "Os brasileiros só conhecem esses pratos da culinária árabe. Temos muitos outros e eu estou apresentando aos clientes. Há vários preparos de saladas, arroz com lentilha, berinjela recheada e doce de queijo. Há muitas opções", afirmou.

Ela diz que é difícil saber quanto vende por mês porque depende de encomendas e eventos para os quais é chamada. Mas está certa que os pedidos estão crescendo. Recentemente, Muna e o marido prepararam pratos para uma festa com 300 convidados no bairro do Tucuruvi, na Zona Norte de São Paulo. "Estamos com um movimento cada vez melhor. Agora, quero abrir um restaurante, mas ainda não tenho dinheiro", disse. Os pratos são feitos na cozinha do apartamento em que a família vive, na Liberdade.

O marido continua a procurar emprego como engenheiro naval e, se encontrar uma vaga, vai voltar à sua área de atuação. "Eu não pretendo voltar a dar aulas. Não preciso. O salário é baixo e ganho mais dinheiro cozinhando", afirmou.

Serviço

Informações: https://www.facebook.com/munacozinhaarabe/?sk=app_190322544333196&ref=s
Telefone: +55 11 954370682

Pedidos de asilo ao Brasil aumentam
quase 2.900% em seis anos,
diz Conare

O Brasil abriga 9 mil refugiados reconhecidos, de 78 países, em especial da Síria, República Democrática do Congo, Colômbia e Angola e esse número não para de crescer, devido às crises humanitárias e conflitos armados em diferentes partes do mundo: nos últimos seis anos houve aumento de mais de 2.860% nos pedidos de asilo, segundo o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).

O Oficial de Proteção da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) no Brasil, Gabriel Godoy, disse ontem (16), em evento sobre o tema, no Rio de Janeiro, que em 2010 o país tinha 500 pedidos de refúgio por ano e hoje recebe 1.200 por mês. Em 2015, havia mais de 28 mil solicitações: "A realidade global tem tido impacto no Brasil, que tem visto um incremento vertiginoso dos pedidos de refúgio. O sistema de refúgio brasileiro tem que ser repensado para que se tenha maior capacidade de resposta a esse volume crescente de solicitações. Isso demanda mais recursos financeiros e humanos".

Godoy participou de um seminário sobre a situação dos refugiados promovido pela Acnur, em parceria com a Cáritas, no Museu do Amanhã, zona portuária do Rio de Janeiro. Ele também defendeu a criação de um Plano Nacional de Integração Local para garantir mais direitos aos refugiados: "As diretrizes de acolhimento já estão na Constituição, mas precisam ser, de fato, uma prática na ponta, nas cidades em que essas pessoas passam a viver".

O congolês Charle Congo mora no Rio há oito anos e veio para cá fugindo dos conflitos armados em seu país. Ele citou o idioma e o preconceito como os principais obstáculos para sua adaptação no Brasil: "Muita gente acha que refugiado é fugitivo, não gosta de refugiado. O protocolo que ganhamos quando chegamos também não ajuda, é um pedaço de papel e deixa alguns empregadores inseguros, acham que não vale nada". Hoje, casado com uma brasileira e com um filho brasileiro, ele se diz quase brasileiro: "Depois, a gente se acostuma. Hoje, vivo as mesmas dificuldades e vantagens dos brasileiros".

Conterrânea de Charle Congo, Naomi Kaka, 23 anos, está no Brasil há um ano e sete meses. Ela veio sozinha, fugindo da violência. "No meu país estudava contabilidade. A maior dificuldade para mim é que ainda não consegui trabalho", comenta ela, que até hoje não conseguiu contato com a família que deixou no Congo.

Coordenadora do Programa de Atendimento de Refugiados da Cáritas do Rio de Janeiro, Aline Thuller explicou que não para de crescer o número de mulheres congolesas chegando sozinhas ao Brasil, grávidas ou apenas com os filhos.

"O Congo, hoje, é conhecido como a capital mundial da violência sexual contra a mulher; então se uma família congolesa tiver condições de tirar alguém do país, escolhe a mulher e a criança, pois elas estão em uma situação mais vulnerável nesse contexto A situação de violência é muito grave no Congo. E esse número tende a aumentar, pois é um ano de eleições, em um país cujo presidente é ditador, o que deve acirrar os conflitos", diz Aline.

Durante o seminário, os palestrantes também defenderam a inclusão na lista de refugiados daqueles perseguidos por sua orientação sexual. "Infelizmente ainda existem 86 países no mundo que criminalizam a relação homossexual e seis punem essa relação com pena de morte. "O Brasil tem reconhecido esses pedidos e essa é uma boa prática, mas ainda é um desafio. A Acnur defende que o conceito de refugiado seja interpretado de maneira mais abrangente", afirmou Gabriel Godoy.


Fonte: ANBA e Agência Brasil / Foto Divulgação


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