Produzida pela Associação Joseense para o Fomento da Arte e da Cultura (AJFAC), a FLIM 2016 tem a curadoria do escritor Alberto Martins, autor dos premiados Goeldi: história de horizonte e A História dos Ossos, entre outros. "Queremos fazer as perguntas para as quais a literatura tem a resposta. Como ela interpreta a experiência da cidade, dos seus tempos, espaços, convívio e tudo que o espaço urbano causa nas nossas vidas", explica Martins.

A mesa de abertura do evento será nesta sexta-feira, às 19h, com os convidados José de Souza Martins e Alberto Martins, que discutirão o tema principal da FLIM, "A Literatura e as Cidades". Um olhar sobre as dinâmicas coletivas e individuais nas cidades brasileiras, por meio das artes, da literatura e da sociologia.

Além da abertura, a FLIM terá mais cinco debates com escritores convidados: "A Cidade - Modos de Estar", "A Cidade Vista por seus Escritores", "Cidade em Trânsito", "Calçadas, Esquinas e Quebradas" e "A Cidade e os Nomes".

No sábado (17), ocorrerão quatro mesas de debates. Na primeira, "A Cidade - Modos de Estar", às 10h, Guilherme Wisnik, Leonardo Gandolfi e Paula Carnevalli, sob a mediação do curador do evento, Alberto Martins, enxergam a arte, a arquitetura, a ação poética e a literatura como meios para ativar a percepção da cidade e da cidadania, no passado e no presente.

A segunda mesa será às 14h. "A Cidade em Trânsito" tenta entender a passagem da vida em uma cidade pequena para uma metrópole contemporânea, o que acarreta uma série de mudanças na percepção, na memória e na sensibilidade. Como essa mudança de escalas se revela na literatura? A conversa será entre os convidados Guilherme Tauil, Carol Rodrigues e Joca Reiners Terron.

Um diálogo sobre cidades reais e os escritores que as viveram e as recriaram na literatura: o Rio de Janeiro, de Lima Barreto, a Buenos Aires, de Jorge Luis Borges, a São Petersburgo, de Dostoiévski e a São Paulo, de João Antonio. Essa é a síntese da mesa "A Cidade e Seus Nomes", às 16h. Beatriz Rezende, Guilhermo Saavedra e Mario Francisco Ramos são os convidados.

A última mesa do sábado, às 18h, será "Calçadas, Esquinas e Quebradas". Paulo Lins, Ricardo Aleixo, Lourenço Mutarelli e Mário Bortolotto tentam mergulhar no senso e contrassenso urbanos, como a arte e a literatura contemporâneas lidam com esse verso e reverso nas cidades.

No domingo (18), às, 10h, José Luiz Peixoto e Murilo Marcondes de Moura, sob mediação de Rita Elisa Seda, discutem as linguagens que habitam e inventam as cidades na mesa "A Cidade e os Nomes". Uma conversa sobre como a literatura pode transportar autores e leitores a lugares onde nunca estiveram, conferindo-lhe um alto grau de "realidade poética".

Música

A FLIM 2016 também terá uma programação musical que vai ecoar pelos pavilhões do Vicentina Aranha e percorrer os prédios dos arredores. Quem abre essa programação musical é João Bosco, na sexta-feira (16), às 21h. No sábado (17), também às 21h, será a vez da Filarmônica de Paságarda. No domingo (18), às 11h30, será a vez do Barbatuques, o grupo que encantou o público na festa de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Uma festa paralela ocorrerá nos espaços do Parque Vicentina Aranha. Serão shows com artistas regionais, lançamentos de livros, alameda de food trucks, programação infantil, leitura de livros e saraus.

FLIM

A Festa Literomusical do Parque Vicentina Aranha (FLIM) foi criada com o objetivo de possibilitar ao cidadão o acesso a atividades literomusicais variadas: círculos de leitura, cinema, música, teatro, encontro com autores e músicos, promovendo o incentivo à leitura, assim como o desenvolvimento do entendimento da cultura como um bem fundamental para a compreensão e transformação da sociedade em que vive.