26/04/2017 ( Caderno:
Agenda )
Funk dos anos 70, afrobeat, jazz, rock e psicodelia experimental marcam a sonoridade do grupo instrumental paulistano
No dia 5 de maio, sexta-feira, às 19h30, a banda Black Mantra apresenta, no SESC São José dos Campos, show de seu primeiro álbum autoral, homônimo. Após dois anos tocando repertório dançante de versões para clássicos do funk setentista, o grupo paulistano agora encontra uma sonoridade própria, que adiciona ao funk e ao groove minimalista influências do afrobeat, jazz, rock e psicodelia experimental, nas 11 faixas do disco.
Com composição coletiva e produção assinada pela própria banda e por Guilherme Chiappetta, o disco foi gravado em dezembro de 2016, em São Paulo, e mixado por Daniel Pampuri e Leonardo Marques (baterista do grupo) no lendário NRG (Los Angeles, Estados Unidos), por onde passaram artistas como Jimi Hendrix, Herbie Hancock, Earth Wind and Fire e Esperanza Spalding. Por fim, de volta a São Paulo, a masterização ficou a cargo de Fernando Sanchez, no estúdio El Rocha.
Na noite de sexta-feira, pela primeira vez na cidade, o grupo instrumental toca o disco na íntegra, além de suas duas primeiras músicas autorais, O Ronco do Cacuí e Tranca Rua, que estão em um disco de vinil de 7 polegadas, um EP em formato de LP, lançado no ano passado como uma palhinha do som que estava por vir. O repertório do novo disco é resultado de um mergulho em um “retiro musical”, em que os músicos passaram dias numa fazenda próxima a São Paulo apenas compondo e tocando. “No começo, os temas eram desenhados no baixo e guitarra e depois levados pra banda. Mas as últimas músicas do disco (Houdini, Le Mantra Noir e 5511) foram feitas com os oito músicos criando e palpitando desde o início”, comenta o baixista Caio Leite.
Idealizado por ele e pelo baterista Leonardo Marques, a Black Mantra é um octeto formado por Caio, Leonardo, Ricardo Mastria (guitarra), Kiko Bonato (teclado), Igor Thomaz (saxofone barítono), Pedro Vithor (saxofone tenor), William Tocalino (trombone) e Felippe Pipeta (trompete). No hall de bandas instrumentais que têm chamado a atenção atualmente, como Nômade Orquestra, Bixiga 70 e Orquestra Brasileira de Música Jamaicana, o grupo se destaca pela potência sonora e criatividade autoral que imprime no novo disco.
Sobre a banda
Black Mantra surgiu em 2014, no estúdio Ekord, em São Paulo, quando Caio Leite e Leonardo Marques se dedicaram à trilha sonora de um curta-metragem, Muito Além do Nada (2014). A dupla pesquisou músicas da era Blaxploitation, movimento cinematográfico norte-americano que surgiu no início da década de 1970 – a palavra é uma fusão de black ("negro") e explotaition ("exploração"). “Após a trilha ter sido finalizada, decidimos montar uma banda para tocar o que havíamos pesquisado”, afirma o baixista. No ano seguinte, o grupo subia aos palcos com repertório de versões para clássicos do funk, em especial James Brown – que culminou na gravação de seu primeiro disco, intitulado Old Mantras. Em 2016, a banda lançou seu primeiro EP autoral em formato LP, com duas faixas inéditas: Ronco do Cacuí e Tranca Rua, como uma forma de instigar o público para o trabalho que estava por vir. Agora, com o lançamento do disco Black Mantra, a banda se dedica a tocar repertório de músicas autorais.
SERVIÇO
Black Mantra
Dia 5 de maio, sexta-feira, às 19h30
Entrada gratuita
Classificação indicativa: livre.
Sesc São José dos Campos
Área de convivência
Capacidade: 400 lugares
Av. Dr. Ademar de Barros, 999 - Jardim São Dimas, São José dos Campos
Fone: (12) 3904-2000
Acessibilidade e Wi-Fi livre
Fonte: Navegar Comunicação e Cultura
|