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24/05/2017 ( Caderno:
Matérias )
Os mercados de venda de imóveis usados e de locação residencial do Estado de São Paulo viveram em março o refluxo dos resultados exuberantes que registraram em fevereiro. As venda, que em fevereiro haviam crescido 13,17% sobre janeiro, tiveram queda de 7,77% em março. Na locação, a alta de 16,01% em fevereiro deu lugar em março a uma redução de 5,56% no número de casas e apartamentos alugados nas 37 cidades pesquisadas mensalmente pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECISP).
No acumulado do primeiro trimestre, o volume de vendas tem saldo negativo de 5,79% e a locação, saldo positivo de 32,9%. Os preços subiram 2,27% em março comparado a fevereiro, segundo o Índice CRECISP, indicador que mede o comportamento mensal dos aluguéis novos e dos preços de imóveis usados nesse grupo de cidades. Mas no ano, o índice está negativo em 3,29%, pouco abaixo dos 3,76% registrados no primeiro trimestre do ano passado.
O presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, destaca a vitalidade do mercado de locação residencial do Estado ao lembrar que o saldo positivo no primeiro trimestre deste ano repete o que aconteceu nesses mesmos períodos no ano passado e em 2015, com resultados positivos de 34,26% e de 59,17%, respectivamente. “O histórico das pesquisas mostra que esse mercado oferece oportunidades de renda garantida para quem procura um investimento seguro, especialmente nas faixas de aluguéis mais baratos”, afirma.
A pesquisa feita com 1.073 imobiliárias em março em 37 cidades paulistas mostra que 52,32% das casas e apartamentos alugados tinham um aluguel mensal de até R$ 1.000,00. Invariavelmente, é nestas faixas de valor que se concentram as novas locações. Outra característica desse mercado é o fato de a maioria dos imóveis localizar-se nos bairros mais centrais das cidades, como aconteceu com 73,46% dos aluguéis contratados em março (ver quadro abaixo).
“Para quem pretende investir nesse mercado, que tem demanda garantida por causa do gigantesco déficit habitacional do País, são dois indicativos preciosos para se fazer um bom negócio: comprar imóvel em regiões centrais por preço que permita alugá-lo por esses valores”, recomenda o presidente do CRECISP. “Expectativas de ganhos exagerados, deslocados dos valores médios que os mercados locais estabelecem, vão deixá-los vagos por muito tempo”, alerta Viana Neto.
Em contraste com o mercado de locação, o de venda de imóveis usados já acumula dois primeiros trimestres de resultados negativos. O saldo negativo de 5,79% acumulado de janeiro a março deste ano é, porém dois pontos percentuais inferior ao do primeiro trimestre do ano passado, que foi de 7,93%. “Não se pode dizer que seja indício do início de um processo de recuperação das vendas, mas é um resultado menos pior que o do ano passado e o de 2014”, compara Viana Neto. Nos primeiros três meses de 2014 o volume de vendas acumulado ficou negativo em 10,01%.
Assim como acontece na locação, os imóveis usados de menor valor são os que encontram comprador mais facilmente. Em março, a pesquisa CRECISP mostrou que 54,68% das casas e apartamentos vendidos nas 37 cidades pesquisadas custaram aos novos donos até R$ 300 mil. Na divisão por faixa de preço, a predominância, com 61,24% do total, foi dos imóveis de até R$ 4.000,00 o metro quadrado.
Descontos nos aluguéis
A queda de 5,56% no número de novas locações em março comparado a fevereiro no Estado de São Paulo foi consequência da retração verificada em três das quatro regiões que compõem a pesquisa CRECISP: na Capital (- 7,52%), no Interior (- 7,31%) e nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco (- 1.03%). No Litoral houve aumento de 12,5%.
Quem alugou imóvel em março conseguiu descontos médios de 10,92% sobre o valor originalmente pedido pelos proprietários de casas e apartamentos situados em bairros de áreas nobres, de 12,73% nos bairros centrais e de 12,15% nos bairros de periferia.
Os novos inquilinos preferiram as casas (52,16% do total de contratos) aos apartamentos (47,84%), enquanto que os proprietários exigiram como fiança principalmente o fiador (60,33% dos contratos foram garantidos dessa forma). As demais opções de garantia foram o depósito de três meses do aluguel (15,99% do total), a caução de imóveis (10,25%), o seguro de fiança (10%), a cessão fiduciária (2,67%) e a locação sem garantia (0,77%).
As 1.073 imobiliárias consultadas pelo CRECISP receberam de volta as chaves de imóveis, em número equivalente a 82,23% das novas locações de março. A inadimplência nessas imobiliárias foi de 5,12% do total de contratos em vigor, percentual 19,03% menor que os 6,32% registrados em fevereiro.
Financiamentos lideram
A pesquisa CRECISP com 1.073 imobiliárias de 37 cidades do Estado de São Paulo constatou que a queda de 7,77% nas vendas de março comparado a fevereiro se deveu ao mau desempenho verificado na Capital (- 55,52%), no Interior (- 12,4%) e nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco (- 14,06%). No Litoral, as vendas em março foram 40% maiores que as de fevereiro.
As imobiliárias venderam a maioria dos imóveis por meio de financiamento bancário (46,57% do total). Outra parcela expressiva, de 43,75%, foi vendida à vista, registrando-se ainda vendas financiadas pelos donos dos imóveis (9,06%) e por cartas de consórcio (0,63%). Os compradores preferiram os apartamentos (57,5% das unidades vendidas) às casas (43,5%).
Segundo apurou a pesquisa CRECISP, os descontos médios concedidos pelos proprietários sobre os preços originais de venda foram em média de 10,61% nos imóveis em bairros de periferia, de 9,89% em bairros centrais e de 8,17% em bairros nobres.
Venda e locação nos 1ºs trimestres do ano
Estado de São Paulo
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Ano/operação
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2013
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2014
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2015
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2016
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2017
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Venda
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+2,94%
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-10,01%
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+2,87%
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-7,93%
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-5,79%
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Locação
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+6,8%
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-17,13%
|
+59,17%
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+34,26%
|
+32,9%
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Preços(*)
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-11,49%
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+5,56%
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+4,53%
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-3,76%
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-3,29%
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(*) Índice CRECISP
Fonte: Creci
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12 99713.7333
