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Obra sobre a arquitetura moderna joseense comemora 20 anos. Veja fotos antigas da cidade

14/08/2017 ( Caderno: Matérias )

Livro Arquitetura Moderna em São José dos Campos, de Alexandre Penedo, é um dos mais importantes estudos para valorização dos patrimônios da cidade e realizará série de ações para celebrar seus 20 anos em 2017 e 2018.


Capa da edição original do livro (1997)

No dia 15 de agosto de 1997, São José dos Campos era presenteada com um dos mais importantes estudos sobre a arquitetura moderna da cidade. O arquiteto Alexandre Penedo levantou projetos e fotos históricas de 44 importantes construções para a urbanização de São José, como o CTA (antigo Centro Técnico de Aeronáutica) e o Complexo da Tecelagem Parahyba. Em 2017, 20 anos depois, o autor celebrará este marco com uma série de ações, como visitas guiadas às principais obras estudadas; mesas redondas, produção de vídeo-documentários, bike tours, workshops; e ainda o lançamento da campanha para reedição do livro.

 

O autor Alexandre Penedo lançará as atividades de comemoração no próximo dia 15 de agosto, na semana do Dia Nacional do Patrimônio Histórico, e também no mesmo ano em que São José dos Campos completa 250 anos.

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Será um evento para convidados, na Residência Olivo Gomes, no Parque da Cidade Roberto Burle Marx, em que formalizará parcerias institucionais com importantes entidades de educação e cultura; formalizará também doação de acervo ao Arquivo Público Municipal; contará com a presença dos arquitetos Ademir Pereira dos Santos, coordenador teórico do livro, de Ricardo Veiga, profissional remanescente do período estudado, e de José Cividanes, industrial representante da Johnson & Johnson que liderou o processo de patrocínio da primeira edição do livro, para um bate-papo sobre o livro e uma reflexão sobre o panorama atual da cidade. Também haverá apresentação sobre as formas de apoio para impressão da nova edição do livro para pessoas físicas e jurídicas. O evento fecha com a projeção do vídeo-documentário, produzido em parceria com o SESC, sobre o projeto original de Oscar Niemeyer para o CTA/ITA, parcialmente construído, e pouco conhecido da população.


 

SOBRE O LIVRO

O livro traz um levantamento de obras e arquitetos, com quase 200 imagens, que atuaram no município desde o final da década de 40 até a primeira metade dos anos 70. Seu principal objetivo foi apresentar à população Joseense o percurso da Arquitetura Moderna na configuração atual da cidade, por meio de obras já demolidas, construídas ou não. O autor esgotou os materiais disponíveis sobre dois conhecidos conjuntos arquitetônicos da cidade: o CTA e a Tecelagem Parahyba; e posteriormente de obras isoladas, como o Edifício San Marco, Prédio da Associação Comercial, ETEP, Edifício Nacional, a Casa do Médico, o Edifício Market Center, o SESC, a Fábrica Alpargatas e a Associação Comercial Industrial.

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Obras de importantes arquitetos brasileiros, com referência internacional, como Oscar Niemeyer, Roberto Burle Marx, Rino Levi, Paulo Mendes da Rocha, Ruy Ohtake e Vilanova Artigas foram contempladas no livro. E também dos arquitetos que se instalaram na cidade e foram imprescindíveis para a especialização no setor, como Rosendo Santos Mourão, Willi Pecher, Luiz Erasmo de Moreira, e Aluízio Monteiro.

 

O estudo foi premiado com Menção Honrosa em 1999, no Prêmio do Instituto dos Arquitetos de São Paulo. Atualmente é referência em universidades de Arquitetura e Urbanismo brasileiras e internacionais. Além disso, foi o primeiro livro de uma coleção de volumes temáticos publicados posteriormente (“Arquitetura Sanatorial em São José dos Campos” (1998), de Tania Bittencourt; e “Arquitetura Industrial em São José dos Campos” (2006), de Ademir Pereira dos Santos), resultou no tombamento de parte das obras publicadas como patrimônios municipais e estaduais (CTA em análise para tombamento nacional pelo IPHAN), proporcionou a atualização da discussão pública sobre os rumos dos bens culturais e fomentou a publicação de pesquisas acadêmicas que adotaram o livro como referência.

CELEBRAÇÃO DOS 20 ANOS

O novo projeto para 2017 contempla uma atualização do estudo realizado em 1997, com novos textos e imagens aperfeiçoadas, considerando-se o atual contexto de São José dos Campos e da Arquitetura e Urbanismo. Segundo Alexandre Penedo, o estudo se faz necessário, pois “já é um período suficientemente distante para fazer uma análise crítica do trabalho. Com as redes sociais, e o surgimento de novas faculdades de arquitetura e urbanismo, e com a consolidação do Parque da Cidade, existe uma procura enorme pelo livro. Também foi considerado o fato que a cidade comemorou 250 anos”.

Para esta fase também serão consideradas os novos suportes digitais e mídias sociais: será criado canal em rede social para manifestação espontânea da população, versão para download gratuito do livro e maquetes eletrônicas das obras estudadas, e exposições de materiais históricos. Estão programados também materiais educativos para as escolas públicas e faculdades.

Além da reedição do livro, o autor pretende lançar uma série de atividades neste semestre e no primeiro semestre de 2018, em parceria com a Fundação Cultural Cassiano Ricardo, como: visita ao CTA/ITA e Parque da Cidade, com discussão com convidados especiais sobre os projetos e obras construídas; visitas às obras de arquitetos locais publicados no livro e espalhadas na cidade; exposição de desenhos do CTA/ITA; relançamento do vídeo-documentário produzido em parceria com o SESC sobre o projeto original do CTA/ITA; mesas redondas com convidados; e mostra de documentários e filmes relacionados ao tema de Arquitetura e Urbanismo com especialista.

Perante as transformações que a cidade passou desde o lançamento do livro, o projeto propõe a seguinte questão: Neste tempos de mudanças, qual novo proposito para São José dos Campos? A cidade tem um histórico impressionante de grandes projetos estruturais, desde a Fase Sanatorial, como a instalação do CTA/ITA, chegada das indústrias, os grandes projetos urbanos, a Refinaria, a consolidação do comércio e serviço, e por fim, a estrutura educativa e tecnológica instalada.

“O livro tem proporcionado uma nova visão: restabelecer o perímetro do Complexo da Tecelagem Parahyba; juntar com o Parque do Banhado e transformar todo o sistema em um grande parque artístico e ambiental para atrair turismo qualificado para a cidade; gerar novas fontes de receitas e empregos; e tornar a cidade mais cosmopolita, integrando toda a sociedade”, afirma Alexandre Penedo, que ainda completa “Nesse sentido, as antigas instalações fabris da Tecelagem Parahyba podem ser convertidas em espaços criativos, como incubadoras, centro comercial e de negócios de empresas criativas, espaços artísticos e expositivos, museu de arte e tecnologia e cultura local. São José dos Campos tem tudo para ser uma nova referência como Cidade Criativa. Sugiro que a cidade adote também um novo objeto de referência: A Cidade do Cobertor! Além de ser um produto exemplar para a cultura do design, tem várias interpretações simbólicas fortes: o cobertor que agasalha, protege, acolhe, abraça, conforta e da carinho e amor! Uma sugestão para junto com a cultura do Avião – o nosso lado racional –, cujos produtos hoje fabricados estão no estado da arte, o cobertor é o nosso produto emocional. A cidade precisa desenvolver esse lado para equilibrar as forças produtivas e aumentar sua resiliência frente às diversidades, a exemplo das grandes cidades internacionais”.

COMO APOIAR

O projeto para viabilizar a reimpressão do livro e também a produção de 4 vídeos-documentários sobre projetos originais e propostas que impactaram o desenho da cidade está aprovado nas Leis de Incentivo à Cultura Rouanet (Federal) e ProAC (Estadual).

A Lei Rouanet permite que pessoas físicas que declarem Imposto de Renda no modelo completo destinem até 6% do IR devido ao projeto. Pessoas jurídicas com lucro real podem destinar até 4% do IR devido. A doação é feita no ano vigente para abatimento na declaração do ano seguinte.

O ProAC (Programa de Ação Cultural) é a Lei de Incentivo à Cultura do Estado de São Paulo que permite que pessoas jurídicas destinem até 3% do ICMS devido ao projeto.

Para mais informações sobre a destinação de impostos para o projeto cultural: (12) 3341-5696/5697 e contato@agenciantz.com.br.

 

SOBRE O AUTOR ALEXANDRE PENEDO

Alexandre Penedo é Joseense, Arquiteto Urbanista, com Doutorado em Arquitetura e Design. Pesquisador, professor e profissional ativo, atua desde sua formação na preservação do patrimônio material e imaterial de São José dos Campos. Possui experiência com coordenação de projetos e programas, além de captação de recursos em instituições públicas e privadas.

Conceituou projetos no campo da Economia Criativa, na Prefeitura Municipal de SJC. Teve experiências no campo do empreendedorismo com startups e empresas nas incubadoras locais e Parque Tecnológico, quando obteve investimentos da Finep, Fapesp e BNDES. Obteve patrocínio de empresas como Johnson & Johnson, Caixa Econômica Federal, Kodak e Embraer.

Acumula 4 premiações em sua carreira, entre elas a Premiação Nacional na categoria de Inventário e Pesquisas de Acervo, do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade / Ministério da Cultura / IPHAN (2004); e o primeiro lugar na categoria de Ensaios Críticos, no XVI Prêmio Design Museu da Casa Brasileira (2002).

Na área cultural, produziu o vídeo-documentário “Uma Cidade para Realizar o Sonho de Voar” (2011), sob encomenda do Sesc São José dos Campos; participou da produção do livro “Retratos do Imaginário de São Paulo – Fotógrafos e Personagens” (2001); deu assistência na conceituação e produção de banco de dados do projeto “Aspectos do Design no Habitat Informal nas Grandes Cidades” (Fapesp, 2000); elaborou o Sistema Interativo de Apresentação (1997-98), homepage sobre Arquitetura Moderna em SJC; idealizou e executou com o coletivo “Comissão Municipal de Arquitetura” o evento “Mês da Arquitetura” (1995- 99), desenvolvido em parceria com a Fundação Cultural Cassiano Ricardo e Prefeitura Municipal de SJC, projeto premiado pelo Iphan / Ministério da Cultura. Coordenou essa mesma comissão que publicou o livro “Arquitetura Moderna no Vale do Paraíba” (1997), com a Universidades do Vale do Paraíba, de Taubaté e Braz Cubas. Organizou o projeto de reserva técnica do Museu da Casa Brasileira via Fundação Vitae (2005). Foi Conselheiro da Fundação Cultural Cassiano Ricardo por “notório saber” (2013-2016). Desde 2015, está como Gerente Regional do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo atendendo e apoiando quase 3.000 profissionais das 39 cidades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte.


Fonte: NTZ Comunicação e Marketing / Fotos Divulgação


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