08/08/2018 ( Caderno:
Seção Saúde )
A obesidade infantil já é considerada um problema mundial.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2016), 41 milhões de pequenos com
menos de 5 anos estão acima do peso. No Brasil, segundo a Associação Brasileira
para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, alguns levantamentos
apontam que entre crianças, cerca de 15% estariam na faixa de sobrepeso e
obesidade.
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Há problemas hormonais que levam a criança ao sobrepeso,
mas as principais causas se relacionam a falta de um hábito saudável de
alimentação e ao sedentarismo. As diversas tarefas do dia a dia consomem a
rotina e faz com que as pessoas optem por refeições rápidas e industrializadas,
mas as consequências são muito graves.
Além do ganho peso, que causa grande impacto na autoestima
e qualidade de vida, a obesidade pode causar a elevação dos níveis de gordura e
de açúcar no sangue, aumento da pressão arterial, maior risco de fraturas
ósseas, colesterol alto, hipertensão, diabetes e problemas
osteoarticulares.
Além disso, alguns tipos de câncer estão relacionados ao
sobrepeso. Segundo o INCA, há 13 tipos da doença, como o de esôfago, estômago,
fígado e pâncreas, em que o excesso de gordura aumenta o fator de risco do
desenvolvimento do câncer. Uma criança obesa pode ter mais riscos de ter a
doença no futuro.
O pediatra da Santa Casa de São José dos Campos, Dr. Lucas
Fadel, ressalta que não é apenas a quantidade de comida que determina o peso da
criança, mas sim o qualidade do alimento ingerido por ela. “É importante
desenvolver na criança o hábito de ingerir frutas, legumes, verduras, proteínas
e carboidratos de baixo índice glicêmico de maneira balanceada. Nos primeiros
meses de vida, a criança forma o seu paladar, sendo possível fazê-la apreciar
estes alimentos saudáveis”, afirma a Dr. Lucas
Fadel.
Além da alimentação saudável, o exercício também é
importante. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, crianças devem
fazer pelo menos 1 hora de atividade física por
dia.
A Santa Casa de São José dos Campos conta com profissionais
capacitados para atender crianças que estão nesta condição, além de pediatras,
há também nutricionais e psicólogas.