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    Eletrizante mergulho de Márcia Pavarini com Tubarão Branco. Assista ao clip da aventura
    Postado em 21/10/2005

    A pequena lancha deixou o píer de Gansbaai, rumo a Dyer Island, também chamada de Ilha das focas, que fica a 5 milhas da costa.

    A gaiola de aço, amarrada à popa, indicava que aquele não seria um mergulho como outro qualquer.

    A pacata vila de Gansbaai fica a 180 quilômetros de Cape Town a sudoeste da África do Sul.  A corrente gelada, que vem da Antártida e banha a costa oeste do país, leva até ali milhares de focas e leões marinhos que constituem a dieta predileta dos grandes Tubarões Brancos. Em razão disso, Gansbaai é considerada a capital mundial do Tubarão Branco e um lugar privilegiado para se observar, de perto, este magnífico predador.   

    Após 20 minutos de mar agitado, em direção à ilha de Dyer, Michael, o guia, jogou a âncora e iniciou a preparação das iscas. Amarrou um caçonete (cação pequeno) com arame numa bóia (sem anzol) que, por sua vez fora amarrado a um cabo de ½ polegada e lançado ao mar a uns dez metros da popa do barco.  Em seguida preparou uma mistura de vísceras, sangue e carne de peixe macerada e passou a distribuir generosas conchadas ao redor da lancha, para incitar o olfato do grande predador. Não demorou muito para que enormes tubarões começassem a rondar a isca com as aletas fora da linha d’água.   

    A gaiola de aço de onde o mergulhador observa, com segurança, o tubarão Branco foi lançada ao mar sob o grito de ordem de Michael. A essas alturas, vários tubarões já rodeavam a isca a fim de analisar a textura e a dimensão para, então, decidir a estratégia de ataque. Depois do ritual de reconhecimento, um deles abocanhou vorazmente a presa atada à bóia deixando à mostra suas poderosas mandíbulas com centenas de dentes pontiagudos projetados para fora da fabulosa bocarra.

    Enquanto eu me preparava para entra na jaula, outros tubarões iam se aproximando da pequena lancha, à tona d’água. 

    Vesti um macacão de neoprene de ½ de polegada para enfrentar a água gelada. Coloquei o equipamento, agarrei a câmera e pulei dentro da jaula.  Senti meu coração pulsar nas têmporas, tamanha a emoção.

    Minha visão demorou a adaptar-se à água turva e agitada. Só depois de alguns segundos é que passei a ver os enormes vultos que rodeavam a gaiola num balé espectral. Curiosos, os tubarões brancos esbarravam propositalmente na jaula, aproximando-se assustadoramente.

    De repente, um deles investiu contra o hélice fazendo com que a lancha chacoalhasse bem ao meu lado. O deslocamento de energia fora tamanho que pude ver a sua massa corporal balançando como a de um lutador de Sumô.


    Ao sair da gaiola de observação submersa pude ver a caçada de um dos tubarões, que jogou uma foca para o alto, abocanhando-a a seguir em pleno ar (veja esta cena em câmera lenta no “clip” deste Portal)Era uma batalha de morte que, no entanto, parecia desprovida de qualquer violência. Para a presa, o fim. Para o grande branco, apenas uma divertida hora do lanche.   

    É difícil descrever a sensação de estar ali, a poucos centímetros do maior e mais poderoso predador dos oceanos. O medo que antecedia ao mergulho foi se diluindo nos primeiros segundos e dando espaço a um sentimento de paz e interação com aquele universo submerso. Os minutos passaram-se como um filme em câmera lenta, no qual, aquelas temidas criaturas protagonizavam o espetáculo da natureza.

    Mas, apesar da euforia, senti um profundo pesar ao lembrar de que uma gaiola é o suficiente para nos proteger dos seus melhores instintos animais, mas quem os protegeria dos nossos piores instintos humanos?

    Lindo, poderoso e admirável o grande tubarão branco ainda sofre caçadas assassinas por todos os oceanos onde habita e corre um sério risco de extinção. A África do Sul foi o primeiro país a lançar mão de um programa de proteção a este magnífico predador, seguido por outros países, posteriormente.  










    CURIOSIDADES SOBRE O TUBARÃO BRANCO


    O Tubarão Branco (Carcharodon carcharias) é uma das mais antigas espécies vivas do planeta. Este predador pré-histórico patrulha os oceanos há mais de 60 milhões de anos, sobrevivendo às mudanças do ambiente e permanecendo quase sem alterações desde a sua criação.

     

    -Seu único inimigo natural é o homem, quem colocou a espécie em risco de extinção através de caçadas brutais e desenfreadas, especialmente depois da exibição de filmes sensacionalistas que o classificaram como vilões dos mares de instinto assassino.

     

     

    -O tubarão branco é o maior predador dos oceanos. Pesa em média quase 2 toneladas e tem até oito metros de comprimento.

     

    -Centenas de sensores elétricos estão dispostos na parte frontal do corpo e captam até as batidas cardíacas de um outro animal à distância. Eles podem sentir um campo elétrico até 20.000 vezes menores que 1 volt, equivalente ao da batida do coração de um peixe.

     

    -Seu olfato é tão apurado que distingue uma gota de sangue diluída em 100 litros de água. A ciência ainda sabe muito pouco sobre esse formidável organismo tão bem adaptado que quase não se alterou nos últimos 60 milhões de anos.

     

    - Capaz de projetar a boca para fora da face, aumenta o tamanho da mordida para perto de um metro e meio, quase o suficiente para engolir um homem em pé.

    -O grande predador possui 3000 (três mil) dentes em forma triangular, divididos em inúmeras fileiras. As duas primeiras são usadas para morder a presa e as demais fileiras são dentes de reposição, ou seja, à medida que vão se perdendo ou se quebrando, vão sendo substituídos pelos outros dentes, mantendo sempre aquele número inicial.    



    ALIMENTO DO TUBARÃO BRANCO

     

    O homem não é a dieta predileta do tubarão branco. Ele gosta mesmo é de gordura, que é abundante nas focas, leões e elefantes marinhos, e escassa nos seres humanos



    RISCO DE EXTINÇÃO

     

    O tubarão branco está ameaçado e encontra-se no livro vermelho de espécies em risco de extinção.

    1 - O tubarão branco gera apenas um ou dois filhotes por vez;

    2 - Tem uma das mais baixas taxas de procriação entre os peixes;

    3 - É perseguido tanto por aqueles que se orgulham de enfrentar um animal perigoso, como por aqueles que o temem.


    TUBARÃO BRANCO E A CADEIA ALIMENTAR

     

    Como o maior predador dos oceanos, ele vem a ser o ápice da cadeia alimentar, influenciando todos os níveis inferiores. Ele controla a população de focas e leões marinhos, suas presas favoritas. Se ele desaparecer, as populações desses animais tendem a crescer e a consumir mais peixes. Logo, o número de peixes tende a cair. A reação em cadeia, pelo menos em princípio, pode chegar às algas do plâncton, minúsculos organismos que, em quantidade imensa, produzem a maior parte do oxigênio da atmosfera. Sem o tubarão branco, os oceanos estarão condenados.

     

    Bibliografia: Deyves Elias Grimberg

    DESCUBRA O MÁGICO UNIVERSO SUBMARINO, ELE ESTÁ AO SEU ALCANCE



    A cada dia, mais adeptos do “scuba dive” estão lotando as vagas dos cursos de mergulho para mergulhar de cabeça no mágico universo submarino.

    Não é pra menos, mergulhar no silêncio das águas cristalinas entre peixes e formações de corais, além de afogar o stress leva o mergulhador a um estado de relaxamento e contemplação fazendo com que cada mergulho seja uma experiência ímpar.

     

    Leia, a seguir, a entrevista do Professor e profissional de mergulho Jorge Nunes de São José dos Campos, um experiente mergulhador com uma bagagem de milhares de horas debaixo d’água. Ele dá cursos de “scuba dive” onde habilita mergulhadores para os diversos níveis de categoria da PADI (desde iniciantes até os mais avançados).

    Além da loja de equipamentos OVERDIVE, a única do Vale especializada no ramo,  Jorge tem uma operadora de viagem e leva o aluno para mergulhar em lugares considerados “paraísos do mergulho”.

     



    Márcia Pavarini: Jorge quantos mergulhos aproximadamente você já fez aqui e no exterior?

     

    Jorge: Tenho mais de 4000 mergulhos.

     


    Márcia Pavarini: Eu ouvi dizer que você já foi professor de mergulho de um Ex Presidente do Brasil, durante o mandato é verdade?

    Jorge:
    Sim, fui professor do Fernando Henrique Cardoso e ele foi um bom aluno. Minha equipe estava mais nervosa do que o próprio presidente.

     


    Márcia Pavarini: Hoje em dia o mergulho é uma atividade muito mais conscientizada do que antes, com relação à fragilidade da biodiversidade dos oceanos.Você acredita que os instrutores  de mergulho possam contribuir com essa filosofia de preservação?

    Jorge: Sem dúvida. Afinal, o oceano é nosso local de trabalho e a preservação é imprescindível.  

     


    Márcia Pavarini: Você, um mergulhador experiente que já morou em Fernando de Noronha e mergulhou em muitos outros países, pode descrever para o nosso internauta a sensação de se mergulhar entre um cardume de tubarões?

    Jorge:
    A coisa mais interessante é que todos ficam na expectativa de saber qual será  a reação do animal, se é perigoso, se vai virar comida de tubarão...rsrsrs. Mas quando o vemos pela primeira vez a gente fica pensando... era um tuba mesmo???? A sensação é de estar ao lado de um animal incrível, um predador que, mesmo não oferecendo risco de ataque, tem o controle do local e que pode tudo. Mergulhar com tubarões é uma experiência que eu recomendo para todos mergulhadores.

     


    Márcia Pavarini: Durante muito tempo  os tubarões, especialmente os brancos, sofreram uma caçada desenfreada e hoje estão sob o risco de extinção.Você acredita que os organismos e programas de preservação desta espécie ameaçada estão fazendo o suficiente para a proteção destes notáveis predadores, ou poderia se fazer ainda mais?   

    Jorge: Existem muitos programas, mas a grande maioria no exterior. Esses programas ajudam, mas temos que conscientizar o mundo tudo. Temos que aprender que na natureza existe um equilíbrio. Os tubarões não são animais perigosos. O homem é o animal mais perigoso. Se diminuir muito a quantidade de tubarões, tenham certeza de que haverá um grande desequilíbrio ambiental.

     


    Márcia Pavarini: Qual foi o seu mergulho mais emocionante ?

    Jorge:
    Foi um mergulho em Fernando de Noronha numa profundidade de 120 metros.

     


    Márcia Pavarini: Existe uma idade mínima aconselhável para a prática do mergulho?

    Jorge:  A idade mínima é de 10 anos

     


    Márcia Pavarini: Qual é a próxima viagem de mergulho que você está programando para os seus alunos?

    Jorge: A próxima será no feriado de 15 de Novembro para Arraial do Cabo, mas ainda temos Paraty, Angra dos Reis e no carnaval de 2006 vamos para Bonaire ( caribe )

     


     O endereço da OVERDIVE é: Rua Prudente Meirelles de Morais, 221 L.1 São José dos Campos

    Fone: 3942 2949

    Site: www.overdive.com.br

    e-mail: overdive@overdive.com.br

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    Ao longo de vários anos Márcia Pavarini percorreu o mundo viajando por todos os continentes e até aos Pólos. Foi anotando suas aventuras em diários que, hoje, perfazem aproximadamente 5.000 páginas. Ela esteve, até agora, em 240 países, de acordo com o critério de contagem da Travelers Century Club TCC. Na Coluna “Diário das 1001 Viagens” Márcia Pavarini divide com os internautas, do Portal, as experiências vivenciadas durante suas andanças.





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