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    Os mistérios de Osíris
    Postado em 08/12/2015

    Exposição no Instituto do Mundo Árabe, em Paris, revela os segredos submersos do Egito Antigo. Mostra reúne objetos encontrados em cidades engolidas pelas águas e vai até 31 de janeiro.

    Alexandre Rocha

    Estátua colossal do deus Hapy encontrada no fundo do mar

    Paris – A terra cedeu no Delta do Nilo e parte dos tesouros do Egito Antigo foi parar no fundo do Mediterrâneo. Séculos a mercê de fenômenos naturais, incluindo terremotos, fez com que grandes monumentos de Alexandria, por exemplo, fossem reclamados pelas águas. Mais do que isso, cidades inteiras submergiram. A arqueologia submarina, porém, permitiu a recuperação de um número considerável de artefatos e trouxe à tona fragmentos pouco conhecidos da história egípcia.

    É deste mundo submerso que trata a exposição Osíris, mistérios submersos do Egito, em cartaz até 31 de janeiro no Instituto do Mundo Árabe (IMA), em Paris, na França, que reúne descobertas feitas pela equipe do arqueólogo francês Franck Goddio, também comissário da mostra, além de objetos de museus do Cairo e de Alexandria.

    A exposição gira em torno do culto ao deus Osíris e compreende principalmente o final do período faraônico os séculos de dominação grega e romana.

    Boa parte das peças foi retirada das ruínas das cidades de Thonis-Heracleion e Canopus, engolidas pelas águas a partir do século 07 D.C., na Baía de Aboukir, próxima a Alexandria. Nestes dois locais era celebrada a cerimônia dos Mistérios de Osíris, durante 21 dias, todos os anos.


    Alexandre Rocha

    Osíris de bronze com olho de ouro

    A mostra conta como era feita esta celebração e a grande importância que ela tinha para o povo local, tanto que continuou sendo praticada séculos após o declínio dos faraós.

    A lenda de Osíris é um dos mitos fundadores do Egito Antigo. Filho do Céu e da Terra, e rei entre os homens, o deus foi morto por seu irmão, Seth, teve o corpo desmembrado em 14 partes, que foram espalhadas pelo Egito. Ísis, sua mulher e irmã, reuniu as partes, reconstituiu o corpo e, com a ajuda de sua irmã, Nephthys, e do deus chacal Anúbis, executou o ritual da mumificação.

    Osíris vence a morte, ressuscita e dá à humanidade a promessa de vida eterna, transformando-se em soberano do além. O deus é considerado a primeira múmia e desta maneira é representado nos entalhes e estátuas. Fruto da união póstuma entre Osíris e Ísis, Hórus torna-se o rei legítimo do Egito.

    A cerimônia dos Mistérios de Osíris ocorria por todo o Egito e, no caso dos artefatos da exposição, terminava com uma longa procissão pelo Nilo que transportava a imagem do deus do templo de Amon, em Thonis-Heracleion, ao seu santuário, em Canopus. As ruínas das duas cidades foram descobertas em 1998 pelo Instituto Europeu de Arqueologia Submarina, presidido por Franck Goddio.

    Alexandre Rocha

    Serápis: sincretismo religioso

    A exposição traça também paralelos da lenda de Osíris com outras religiões da antiguidade, especialmente as crenças gregas e romanas, e destaca a influência que a mitologia egípcia teve na cultura dos povos que ocuparam o país após o fim do período faraônico.

    Entre os artefatos encontrados no fundo do mar, destaque para estátua colossal da fertilidade, representada por uma figura andrógina masculina identificada como o deus Hapy; a Estela de Thonis-Heracleion, uma placa de granito coberta por hieróglifos, que na verdade é um documento alfandegário emitido pelo faraó Nactanebo I (380-362 A.C.); estatuetas de Osíris, Ísis amamentando e Hórus criança; e imagens de Serápis, deus que simboliza o sincretismo religioso no Egito greco-romano, pois representa a união entre Osíris e o touro Ápis, venerado por gregos e romanos.

    De museus egípcios, vale prestar atenção na estatueta mumificada de Osíris dentro de um sarcófago, feita de lodo e grãos germinados, uma das imagens utilizadas nas cerimônias anuais; a escultura do deus deitado com Ísis em forma de ave sobre sua região genital; a estátua O Despertar de Osíris, que representa o deus no momento da ressurreição; a estátua da deusa Thoueris, com cabeça de hipopótamo e patas de leão; e a escultura em tamanho natural do touro Ápis, encontrada no Serapeum de Alexandria.

    A decoração da mostra remete a um ambiente submerso, e além dos artefatos, há vídeos e fotos das explorações subaquáticas.

    Serviço

    Osíris, mistérios submersos do Egito
    Até 31 de janeiro de 2016
    De terça a quinta-feira das 10 às 19 horas, sexta das 10 às 21h30, sábado e domingo das 10 às 20 horas. Fecha às segundas
    Ingresso: 15,5 euros. Ver outras opções no site da exposição
    Local: Institut du Monde Arabe, 1 Rue des Fossés-Saint-Bernard, Place Mohammed V, Paris, França
    Tel. : +33 1 4051-3838
    Site : http://www.exposition-osiris.com


    Fonte: ANBA / Texto Alexandre Rocha / Fotos Divulgação


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