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    Novos imigrantes na cozinha. Veja aqui onde encontrar restaurantes dos refugiados em São Paulo
    Postado em 21/11/2016

    Refugiados de países árabes chegam a São Paulo e fazem da culinária de sua terra uma forma de sustento, aumentando as opções de restaurantes típicos na capital.

    Desde que uma nova leva de imigrantes árabes começou a desembarcar no Brasil, principalmente na condição de refugiados da Síria, ficou ainda mais fácil encontrar comida típica da região na cidade de São Paulo. Sem conseguir empregos em suas áreas profissionais em função de não dominarem o português, esses estrangeiros encontraram no empreendedorismo gastronômico uma forma de ganhar dinheiro na terra que os recebeu.

    Os sírios formam o maior número de refugiados no Brasil, segundo o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). São 2.298 sírios que encontraram abrigo em cidades brasileiras ao escaparem da guerra civil que ocorre em seu país desde março de 2011. A segunda nação árabe que mais tem refugiados no Brasil é a Palestina, que vive conflito histórico com Israel, seguida por Iraque e Líbano. São 376 palestinos, 360 libaneses e 275 iraquianos.

    Com a fama da comida árabe já bem estabelecida no Brasil, já que essa também foi a opção de negócio de muitos imigrantes da região que chegaram ao País em momentos anteriores, eles aproveitam a internet para divulgar os novos endereços do quibe e do tabule na capital. A maioria é estabelecimento de pequeno porte, sem nenhum luxo, e nem sempre há atrás do fogão um homem ou uma mulher que já cozinhou profissionalmente. Alguns são engenheiros, médicos, dentistas, professores. Mas todos conhecem as receitas de sua terra.

    Ogarett

     

    Isaura Daniel/ANBA

    Masry: gosto pela cozinha e pelo Brasil

    No fervente bairro do Canindé, quem veste a roupa de chef para fazer shawarma e falafel é o sírio Aiman Al Masry. O restaurante Ogarett é pequeno, mas a comida faz sucesso. O lugar é de propriedade de um sírio já estabelecido no Brasil, Tarek Massarami, e foi cedido para que Al Masry tome conta há dois meses. O refugiado trabalhou com gastronomia na Síria e no Egito, último país onde morou, mas também foi chefe de operações de uma empresa de publicidade em outdoors na Arábia Saudita. “Mas gosto da cozinha”, admite.

    Sempre sorridente e feliz por estar no Brasil, ele conta a trajetória de idas e vindas até bater na porta da Mesquita do Pari com sua família há dois anos. Foi direto do aeroporto para o templo muçulmano na busca de ajuda. Masry saiu do seu país em 2004 por questões políticas, viveu por dez anos na Arábia Saudita e morou mais dois anos no Egito. Na impossibilidade de ficar em algum destes dois países, voltar para a Síria ou ir para a Europa, se deparou com o Brasil em uma busca na internet. O visto saiu em uma semana e os Masry viajaram.

    Na primeira semana a família ficou em um hotel. “Mas se eu ficasse no hotel o meu dinheiro ia acabar”, afirma. Passou pela casa de um amigo e depois alguns meses na Casa de Passagem da Cáritas. Então conseguiu alugar um imóvel. No começo fazia doces, vendia na mesquita, por encomenda, em feiras. Mas então encontrou uma chance no Ogarett. O irmão também se mudou para o Brasil e o ajuda a tocar o negócio, junto com duas funcionárias. Masry fala pouco português, mas sabe dizer que encontrou no Brasil um lar. “Quero ficar aqui”, afirma.

    Basma

     

    Divulgação

    Basma: formada em Hotelaria e Gastronomia

    A marroquina Basma El Halabi é outra imigrante árabe que vive da gastronomia na capital paulista. O seu país não está em guerra, mas ela não pode ficar lá por problemas pessoais e está no Brasil como refugiada. Formada em Hotelaria e Gastronomia, Basma aproveitou o seu conhecimento na área e alugou um espaço no Food Park O Quintal de Casa, no Itaim Bibi, com o marido, o jornalista refugiado sírio Nawras Halabi. Eles se conheceram no Brasil.

    A barraca da marroquina e do sírio vende comidas árabes como cuscuz marroquino, tagine marroquino com frango, kafta, shawarma de frango, homus, coalhada seca, babaganuche, doces e outros tipos de pratos e lanches. Eles também cozinham para eventos por encomenda. “Tenho esperança grande em Deus, gosto do que estou fazendo, amo colocar a mão na massa. Cozinhar é como dividir amor e emoção com os outros”, afirma.

    Mas Basma teve algumas dificuldades até conseguir ter seu espaço e ainda hoje se preocupa com o empréstimo que pegou no banco com o marido para abrir a barraca. “Temos que pagar cada mês”, diz. Ela saiu do seu país em 2015 sem conhecer ninguém no Brasil. No avião conversou com uma senhora que a convidou para trabalhar em sua casa. O salário, porém, nunca chegava e o trabalho só aumentava. Ela saiu da casa então e com a ONG Adus montou uma barraca em um food park que hoje já fechou. Depois abriu seu negócio no Itaim.

    No Marrocos, Basma tinha trabalhado em grandes e luxuosos hotéis, tanto na recepção quanto na área gastronômica. Falando bem o português, ela afirma que seu sonho não é abrir um restaurante próprio, mas uma cooperativa, onde as mulheres refugiadas árabes possam trabalhar e ao mesmo tempo cuidar dos filhos. O plano é que a cooperativa atenda supermercados, lanchonetes e bares com seus produtos.

    Muna

     

    Divulgação

    Muna: da literatura para a culinária

    A síria Muna Darwesh, que tem visto de refugiada no Brasil, também cozinha como forma de sobrevivência. Professora de literatura inglesa, ela chegou em São Paulo com marido e os quatro filhos há três anos. Inicialmente vendia seus quitutes em uma barraca na frente da Mesquita Brasil. Hoje atende pedidos por encomenda e vende comida em bazares e feiras. Muna também dá workshops de culinária promovidos pela ONG Adus eventualmente.

    Os produtos comercializados são de todo tipo dentro das receitas árabes, mas ela conta que os que saem melhor são quibes e esfihas, charuto com folha de uva e arroz marroquino, os mais conhecidos dos brasileiros. O sonho dela é montar uma casa árabe, não apenas com comida, mas também com danças e elementos da cultura. A síria conta que o Brasil era o único país onde ela poderia entrar legalmente como refugiada e por isso decidiu vir.

    Damascus

     

    Divulgação

    Restaurante Damascus fica em Pinheiros

    No bairro de Pinheiros também uma família de profissionais liberais da Síria toca um restaurante de comida típica que já começa a ganhar fama pela boa comida, o Damascus. Os que passam por lá dizem que os doces são mesmo iguais aos vendidos na Síria. O negócio é levado adiante pelo médico ortopedista Said Mourad e os seus dois filhos, o dentista Mohamad Mourad e o contador Khaldoun Mourad.

    Os três saíram de seu país com as famílias em função do conflito local. O primeiro a chegar foi o contador, que abriu uma doceria. Mas assim que os demais familiares chegaram, eles resolveram ampliar o negócio e também servir refeições. O rendimento só dos doces não chegava para viver. Hoje o local segue vendendo doces e tem buffet de comida árabe no almoço, além de salgados. Nos finais de semana há um prato árabe diferente a la carte.

    Talal

    E os estabelecimentos com comidas árabes preparadas pelos novos imigrantes não param por aí. O sírio Talal Altinawi ficou famoso na cidade depois que fez uma campanha de financiamento coletivo pela internet, ou crowfunding, com ajuda da ONG Adus para abrir seu restaurante. Engenheiro, ele chegou a tentar trabalhar em outras áreas que não a gastronômica, mas não deu certo. Resolveu então investir na culinária e em abril deste ano, depois de arrecadar R$ 71 mil em doações pela campanha, abriu as portas do Talal Culinária Síria no bairro Jardim das Acácias, na região do Brooklin.

     

    Marcos Carrieri/ANBA

    Adam: sírio se estabeleceu no Brasil

    Adoomy

    Na Vila Madalena, o Adoomy Restaurante também funciona sob o comando de um imigrante sírio. Adam Hamwia chegou ao Brasil em 2013 como refugiado. Formado em Administração de Empresas, ele cozinhava como hobby e viu nesse gosto a oportunidade de empreender. Hamwia investiu do próprio bolso para abrir o negócio, que serve não apenas receitas árabes como homus e falafel, mas também opções ocidentais como frango frito.

    Serviço

    Onde encontrar os restaurantes

    Ogarett
    Rua Doutor Ornelas, 150
    Canindé – São Paulo
    Fone e whatsapp: +55 (11) 95109-1040
    Facebook: https://www.facebook.com/Ogarett-594294197379424/

    Basma Cozinha e Cultura do Oriente Médio
    Rua Doutor Renato Paes de Barros, 484
    Itaim Bibi – São Paulo
    Fone e whatsapp: +55 (11) 95865-5026
    Facebook: https://www.facebook.com/basmacozinhaoriente/

    Muna – Sabores & Memórias Árabes
    Fone e whatsapp: +55 (11) 95437-0682
    Facebook: https://www.facebook.com/munacozinhaarabe/

    Damascus Doce & Restaurante Árabe
    Rua Cônego Eugênio Leite, 764
    Pinheiros – São Paulo
    Fone: +55 (11) 4883-0429
    https://www.facebook.com/Damascus-Doce-Arabe-640980389379207/

    Talal Culinária Síria
    Rua das Margaridas, 59
    Jardim Acácia – São Paulo
    Fone: +55 (11) 3360-2595
    Facebook: https://www.facebook.com/talalculinariasiria/

    Adoomy Restaurante
    Rua Rodésia, 150
    Vila Madalena – São Paulo
    Fone: +55 (11) 98540-5789
    Facebook: https://www.facebook.com/adoomyrestaurante/


    Fonte: ANBA / Texto Isaura Daniel / Fotos Divulgação


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