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    Ladakh: Um Shangri-lá Real - PARTE I
    Postado em 05/04/2007

    PARTE I
    Texto e fotos de Márcia Pavarini

    Em seu romance “Horizontes Perdidos” o inglês James Hilton fala de um lugar situado entre as montanhas do Himalaya, com paisagens fascinantes, onde o tempo se detém num ambiente de paz, felicidade e sabedoria. A esse paraíso perdido deu o nome de SHANGRI-LÁ. Sonhadores e aventureiros tentaram em vão encontrar aquele local, que só existia nas páginas do seu livro.

    Mas nem tão irreal assim é essa ficção. Num lugar distante, situada no sudeste da Ásia central, dividida entre a Índia, o Paquistão e a China existe uma região que se encaixa como uma luva na descrição de Shangri-lá do escritor inglês. Ela se chama LADAK.

    Isolada do mundo, numa paradisíaca paisagem, exatamente entre as mais altas cadeias de montanhas do mundo, Ladakh parou no tempo ou, quem sabe, o tempo tenha parado para ela.

    O isolamento de Ladak não é apenas geográfico, mas também cultural e climático. Cercada por quatro cordilheiras: Himalaya, Zanskar, Ladakh e Karakoran com um clima extremamente árido, Ladakh fica ilhada pelo gelo e pela neve durante o rigoroso inverno. É a região habitada mais alta do mundo, o vale de Ladak fica a 3.500 metros de altitude.


    UM TIBET DENTRO DA ÍNDIA

    Apesar de pertencer à Índia na parte oriental, num formato de apêndice norte do país, a população nativa de Ladak descende dos mongóis com uma população de 132.299 habitantes, segundo dados de 1981.

    Durante a ocupação chinesa do Tibet e com a perseguição aos monges budistas pelos chineses, hordas de Tibetanos instalaram-se no vale de Ladak implantando suas comunidades, cultura, economia, religião e língua própria. Esse povo mantém até hoje as tradições e costumes do Tibet. Daí o isolamento cultural em relação à própria Índia e aos países vizinhos, Paquistão e China.

    Esse fato explica, também, a semelhança da arquitetura e dos monastérios budistas de Ladak com os do Tibet.  Ladak é a mais próxima experiência do Tibet na índia.

    A língua falada é o ladak, um dialeto tibetano. Os mais letrados falam, ainda, o hindi e o dialeto indiano de Kashmira. A maioria da população é Budista.



    LEH, UM VALE DE RARA BELEZA

    Leh, a capital de Ladakh, fica num vale de rara beleza. Banhada pelo rio Indu  é premiada pela fertilidade durante o efêmero verão, ainda que nesta estação possa nevar.

    O cultivo básico é o grim, uma variedade da cevada. O iaque e a cabra de Chang-Thang são os principais gados nativos. A região é rica em recursos minerais, embora grande parte ainda não tenha sido explorada.


    COMERCIANTES DE OUTRAS REGIÕES SÃO PROIBIDOS
    DE FICAR NA CIDADE DURANTE O INVERNO

    O inverno é tão rigoroso que só os locais têm o direito de permanecer na cidade e manter os seus negócios. Comerciantes de outras regiões, como os da Kashimira e de outras cidades são obrigados, por lei, a deixar Ladak.

    A água congela nos canos, falta eletricidade e o alimento fica escasso. A pequena cidade não tem infra-estrutura para receber a população flutuante durante o inverno. Os Hotéis fecham e os escassos turistas somem. A temporada vai de março a novembro.


    A maioria pobre dos habitantes de Ladak vive em porões de casas para agüentar o frio. Utilizam carvão para aquecimento, uma vez que não podem contar com a eletricidade e nem têm condições para pagar o aquecimento a gás.


    PREÇO DE BANANA


    A atividade comercial de Leh está concentrada na rua do Bazar principal, onde se compra artesanato, antiguidades, adagas, especiarias, pedrarias, bijuterias lindíssimas feitas em prata, cobre, coral, esculturas e as cobiçadas PASHMINAS, xales de finíssima lã, tudo a preço de banana.


    NÃO PERCA...
    Na próxima edição Parte II da matéria “LADAK: UM SHANGRI-LÁ REAL”,mostraremos a beleza da arquitetura tibetana em LEH, capital de LADAK, com seus monastérios e gigantescas estátuas douradas de Buda e, ainda, “KHARDUNG LA” o passo entre duas montanhas considerado o mais alto do mundo com acesso por estrada.

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    Ao longo de vários anos Márcia Pavarini percorreu o mundo viajando por todos os continentes e até aos Pólos. Foi anotando suas aventuras em diários que, hoje, perfazem aproximadamente 5.000 páginas. Ela esteve, até agora, em 240 países, de acordo com o critério de contagem da Travelers Century Club TCC. Na Coluna “Diário das 1001 Viagens” Márcia Pavarini divide com os internautas, do Portal, as experiências vivenciadas durante suas andanças.








     
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