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    República Tcheca: História, Arte, Cultura e Cerveja Pilsen - Por Márcia Pavarini
    Postado em 24/04/2009


    Imagine-se num lugar mágico, coroado por montanhas, cortado por um rio largo e sinuoso cheio de pontes adornadas com arcadas e estátuas medievais, numa cidade com charmosas ruelas ladeadas por palácios barrocos, solares palacianos, onde um simples edifício tem ares de monumento histórico em estilos rococó, clássico ou renascentista.


    Imagine, ainda, vielas que levam a praças com catedrais góticas de cúpulas em ouro,  de onde se avista um castelo cercado por muralhas, dominando a paisagem no alto da colina.


    Tudo isso em tom dourado de cartão postal, tão perfeito como uma paisagem de um filme ou um museu ao ar livre.


    Esse lugar, que parece imaginário, é real e chama-se PRAGA, capital da República Tcheca, conhecida como a “cidade das cem cúpulas".


    Em todo o país existem mais de dois mil castelos e palácios, além de doze lugares listados pela UNESCO, como Patrimônio Cultural da Humanidade.


    A República Tcheca entrou para a lista como um dos mais procurados roteiros turísticos da Europa Central a partir de 1989, após a Revolução de Veludo(Velvet), que derrubou o regime comunista, culminando com a divisão pacífica da antiga Federação Tchecoslováquia no ano de 1993, em duas nações independentes: a República Tcheca (que corresponde à porção ocidental do antigo país) e a Eslováquia.

    As paisagens tchecas são, praticamente, uma vitrine de distintos estilos arquitetônicos em que expõem  as cidades históricas, as valiosas relíquias de arquitetura sacra e rural e coleções incríveis em museus e galerias, que parecem congelados no tempo.

    Situada na Boêmia central, a cidade de Praga localiza-se sobre colinas, em ambas as margens do rio Vltava e é considerado um dos mais belos e antigos centros urbanos da Europa.


    As mais espetaculares edificações de Praga


    CIDADE VELHA com extenso patrimônio arquitetônico e rica vida cultural(berço do escritor Franz Kafka), marcada por diferentes estilos ao longo da história.



    TWIN TOWER (torres gêmeas): Uma estonteante catedral com torres góticas, que preenchem de graça e beleza a praça da cidade velha.


    CASTELO DE PRAGA: Dominando o horizonte no topo da colina, o Castelo é visível de qualquer parte da cidade. A igreja do castelo é de estilo gótico renascentista de 1345.



    CHARLES BRIDGE: A espetacurlar ponte Charles Bridge (costruída pelo Rei Carlos VI em 1353)sobre o rio Vltava, com seus grandes arcos, é ladeada por 30 estátuas do século 18, arrematada por torres em ambas as extremidades.


    Muita gente acha que  a República Tcheca é um destino do tamanho dos limites de Praga. Sem dúvida,  sua bela capital merece tal deferência, mas há muito mais do que Praga para se ver em um dos países mais bonitos do Leste europeu.


    Entre as várias cidades que conquistaram lugar na Lista de Patrimônios da Humanidade da UNESCO, além do centro histórico de Praga estão; as cidades de Kutna Hora, no bairro de Sedlec.  (com sua capela feita com 40 mil ossos humanos);  Cesky Krumlov, Telc, Litomysl e Kromeriz, a igreja de peregrinos St. John Nepomuk e Sazavou; a área Lednice-Valtice e a vila de Holasovice e a cidade de Pilzen, ou Pilsen, berço da cerveja mais consumida em todo mundo.


    KUTNA HORA -  CAPELA  CONSTRUÍDA COM 40 MIL OSSOS HUMANOS


    Usando muita imaginação e economizando material de acabamento, um monge chamado Henry, no século XVI, decorou uma igreja inteira utilizando 40 mil (eu disse quarenta mil) ossos humanos.


    E, foi com crânios, tíbias, clavículas, escápulas, fêmures, úmeros, pélvis, tarsos, metatarsos, falanges e colunas vertebrais humanas que o sábio monge decorou altares, fez candelabros, brasões, acortinados, castiçais, lustres e outras peças de arte sacra na Capela de Todos os Santos em Kutna Hora.


    A Capela de Todos os Santos de Kutna Hora que fica a apenas 65 km a oeste da capital Praga, é  única no estilo e a mais famosa por abrigar o maior ossuário da Europa.

    A idéia surgiu mais ou menos assim: esse monge Henry decidiu fazer uma peregrinação à Terra Sagrada (Palestina). Ele foi, então,  a Golgotha e de lá trouxe uma URNA contendo terra, que, segundo ele, seria “terra sagrada”, pois veio da “Terra Santa”.

    Bom, ele espalhou a terra contida na urna sobre o cemitério da tal capela em Sedlec, subúrbio da cidade de Kutna Hora.

    A partir daí todos passaram a crer que o cemitério era abençoado, por ser uma parte da Terra Santa. Em razão disso, pessoas de toda a Europa começaram a levar os ossos e corpos de seus parentes para serem enterrados lá, pois acreditavam que desta forma estariam garantindo um lugar no paraíso para seus antepassados.

    O cemitério ficou realmente famoso e acumulou uma quantidade absurda de ossos e corpos, principalmente durante os anos da peste negra. Em 1318 o cemitério já contava com mais de 30.000 corpos!

    Assim, é fácil calcular como ele conseguiu tantos ossos pra decorar a capela de Kutna Hora.

    Um detalhe interessante: no topo da torre da capela, em vez de uma cruz, como tem em todas as igrejas católicas, foi colocado um “jolly  roger” (aquela caveira com dois ossos cruzados).

    Outra atração imperdível para os amantes de uma loura gelada é a Cidade de Pilzen, a 88 km de Praga!


    CIDADE DE PILZEN – BERÇO DA CERVEJA PILSEN ORIGINAL

    A cidade de Pilsen é considerada o templo sagrado no mundo das louras geladas. Esta pequena cidade medieval, 88 quilômetros a sudoeste de Praga, é o berço da cerveja Pilsen, cuja fabricação é desenvolvida na mais tradicional cervejaria do país, considerada “Casa da melhor cerveja do mundo”, a chamada Pilsner Ürquell (em português, Pilsen Original).

    A qualidade da cerveja deve-se principalmente à excelente água mineral (o país tem mais de 900 fontes naturais). A cerveja é a bebida mais consumida no Brasil, depois da água e do café, sendo a PILSEN a responsável por 98% do consumo brasileiro.

    Conheça a história da lourinha Tcheca mais consumida no mundo


    No ano de 1295, o rei Wenceslao II fundou a cidade de Pilsen e concedeu à população o direito de fabricar e vender sua própria cerveja. Os cidadãos preparavam a bebida sem os conhecimentos necessários, comprometendo a sua qualidade.

    O fato que mudou a história da cerveja na cidade de Pilsen aconteceu no ano de 1836, quando 36 barris de uma cerveja de má qualidade tiveram que ser vertidos no chão em frente a Câmara Municipal.

    A partir de então, os cidadãos que dispunham do direito de cozer a cerveja, decidiram juntar as forças e o capital para construir uma fábrica comum de cerveja, onde pretendiam produzir uma cerveja que assegurasse para sempre a boa reputação da cidade e a prosperidade de seus cidadãos.

    Foi em Pílsen que, exatamente no dia 05 de outubro de 1842, o jovem cervejeiro Josef Groll fez uma primeira cozedura de uma nova cerveja fermentada por baixo. Assim,  criou uma cerveja cuja cor refletia todos os tons de dourado, de espuma consistente e branca como a neve e de sabor mais forte. Uma cerveja que, naqueles tempos, ninguém conhecia. O êxito da receita logo conquistou o mundo. Como os tchecos dizem: “todos tentaram copiar, mas ninguém produz cerveja melhor”.


    A visita à cervejaria Pilsen Urquel leva o visitante ao túnel do tempo pelos históricos corredores subterrâneos de Pilsen (Plzeň), uma rede de caves de três pisos criada na Idade Média. Os túneis subterrâneos foram se extendendo de acordo com o crescimento da cervejaria. Durante 100 anos, o subsolo tornou-se num labirinto subterrâneo com uma extensão total de 9 km. Ali a cerveja fermentava em cubas de fermentação de carvalho e maturava em barris de carvalho. Hoje, a fermentação é realizada em tanques cilindricos cônicos.

    Os túneis ligam as inúmeras caves, usadas desde o século 13 pelos moradores de Pilsen, para guardar e conservar seus mantimentos e a indispensável cerveja. Nos 800 metros abertos à visitação estão expostos barris, utensílios domésticos, maquinários usados para bombear a água de lençóis subterrâneos e objetos da época. As caves serviram ainda de abrigo durante os bombardeios da Segunda Guerra Mundial.

    Especialistas de todo o mundo visitam a fábrica da Pilsner Urquell em busca do segredo desta cerveja de alta fermentação e de maturação em baixa temperatura, exportada para cerca de 60 países. O resultado, atestam os degustadores, está na água, no clima e na qualidade das caves, onde ela descansa em barris especiais a uma temperatura média de 5ºC.

    Visitas individuais e guiadas, com direito à degustação de uma cerveja ainda ‘crua’, mas já bastante saborosa, podem ser feitas diariamente entre 12h30 e 14h30. Já os grupos têm até as 22h para conhecer a fábrica, mas é preciso marcar hora com antecedência (tel: +420 377 062 888). Os guias falam tcheco, alemão, inglês, russo, francês, italiano e polonês. Já na entrada, um filme de 10 minutos conta a história da cervejaria e o seu crescimento ao longo dos anos e a passagem pelas duas grandes guerras mundiais. Mas, lembre-se, é sempre bom levar uma blusa mais quentinha pra o resto do passeio. Nas caves, a temperatura varia entre 0ºC e 4ºC.

    Uma visita ao Brewery Museum também é aconselhada. O museu recebe cerca de 50 mil pessoas por ano e guarda mais de 15 mil itens que contam a história da cerveja. É considerado o museu mais completo do mundo, no assunto.

    Em Praga respira-se história, cultura e arte, lugar onde se tem de uma só vez, uma aula de História Medieval, Moderna e Contemporânea.

    Mais informações
    Site:
    www.beerworld.cz
    E-mail: visits@pilsner.sabmiller.com

    Como chegar: Para Praga, a Lufthansa também oferece vôos diários, com conexão em Frankfurt. Para mais informações e reservas, basta ligar (11) 3048-5800 e no Rio (21) 3687-5000 ou site: www.lufthansa.com.br.

    Dica de Hotel em Praga: Hotel Josef, que fica muito bem localizado a poucos quarteirões da cidade Histórica e dos pontos de interesse. Para mais informações e reservas + 420 221700 930, ou site www.hoteljosef.com e e-mail: front.office@hoteljosef.com.


    VOLTANDO NA HISTÓRIA

    A cerveja é tão antiga quanto o pão, pois era obtida a partir da fermentação de cereais como cevada e trigo. A cerveja era feita por padeiros devido à natureza da matéria-prima utilizada: grãos de cereais e leveduras. A cevada era deixada de molho até germinar e, então, moída grosseiramente, moldada em bolos aos quais se adicionava a levedura. Os bolos, após parcialmente assados e desfeitos, eram colocados em jarras com água e deixados fermentar.

    O monopólio da fabricação da cerveja, até por volta do século XI, continuou com os conventos que desempenhavam relevante papel social e cultural, acolhendo os peregrinos de outras regiões. Por isso, todo monastério dispunha de um albergue e de uma cervejaria.

    Com o aumento do consumo da bebida, os artesãos das cidades começaram também a produzir cerveja, o que levou os poderes públicos a se preocupar com o hábito de se beber cerveja.


    CURIOSIDADES SOBRE CERVEJA

    QUANDO SURGIU A CERVEJA?
    Há quase 10.000 anos o homem conheceu o fenômeno da fermentação e obteve, em pequena escala, as primeiras bebidas alcoólicas. Os primeiros registros da existência de cerveja remetem há 9 mil anos, entre os egípcios.

    COPO ADEQUADO PARA CADA TIPO DE CERVEJA
    Cada estilo de cerveja  deve ser consumido em tipos específicos de copos. As características do copo (curvatura, espessura, altura) ajudam a degustar melhor suas propriedades.

    “Cerveja dá barriga?”
    Evidente que é um mito. “O problema é o que se come com a cerveja. Ninguém pede uma saladinha para acompanhar a cerveja, mas bolinho de bacalhau, pastéis, batatas fritas...depois, a grande culpada é a cerveja”.

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    Ao longo de vários anos Márcia Pavarini percorreu o mundo viajando por todos os continentes e até aos Pólos. Foi anotando suas aventuras em diários que, hoje, perfazem aproximadamente 5.000 páginas. Ela esteve, até agora, em 240 países, de acordo com o critério de contagem da Travelers Century Club TCC. Na Coluna “Diário das 1001 Viagens” Márcia Pavarini divide com os internautas, do Portal, as experiências vivenciadas durante suas andanças.








     
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