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    Marcia Pavarini seleciona trinta lugares no planeta onde se deve conhecer - PARTE I
    Postado em 12/01/2010

    Em três etapas vamos publicar os trinta lugares no planeta,
    selecionados por Márcia Pavarini, onde se deve conhecer

    * Fotos Márcia Pavarini


    PARTE I
    Acesse: Parte II | Parte III


    ANTÁRTIDA (Mar de Ross)
    Nas pegadas dos exploradores

    Enfrentar ondas de 12 metros num quebra gelo russo de 2.300 cavalos para se chegar à região Antártica, parece brincadeira perto das expedições dos exploradores que o faziam num navio de madeira a vapor, no início do século XX. Minha viagem começou no porto de Bluff, no extremo sul da Nova Zelândia. O destino era um passeio pela história, congelada no tempo, através das cabanas que os antigos exploradores construíram ao longo da Costa, na região do Mar de Ross. As cabanas serviam como abrigo e depósito de mantimentos e animais para os membros das duas expedições de Scott e Shackleton, durante os anos em que passaram incomunicáveis dedicando-se a pesquisas científicas e preparando-se para a jornada até o Pólo Sul geográfico. Quatro delas, todas mobiliadas, permanecem intactas depois de quase cem anos.  A mobília, o fogão, prateleiras com mantimentos, medicamentos, beliches, roupas, meias, luvas, cobertores, livros, laboratório fotográfico, o pingüim dissecado sobre a mesa, seus ovos, entre outras coisas, nos fazem crer que a tripulação retornará a qualquer momento. A visita às cabanas, a magnífica paisagem das geleiras e a prodigiosa fauna antártica, fazem desta viagem uma experiência inesquecível.


    AURORA BOREAL
    Yellowknife - Canadá

    O que se faz em Yellowknife (próximo ao círculo polar ártico) nas madrugadas de inverno, a céu aberto, sob um frio congelante de -53Cº? A resposta é: Olhar a Aurora Boreal.

    A oportunidade de ver o fenômeno, onde luzes coloridas invadem o horizonte, surgiu quando fui para o Canadá visitar uns parentes em Edmonton. Embarquei, então, com destino a uma pequena cidade chamada Yellowknife, no estado canadense de Norwest Territories, a 400 quilômetros do Círculo Polar Ártico.

    De roupas polares, botas e luvas com isolamento térmico, segui com o grupo até o Aurora Village, um observatório a 20 km de Yellowknife composto de tendas de apoio ao visitante.

    O clarão começa a surgir no horizonte e, pouco a pouco, vai pincelando a escuridão de diversos matizes. Em poucos minutos, uma enxurrada de luzes coloridas invade o céu em movimentos ondulantes parecendo unir a terra ao paraíso.

    O site para contato é http://www.auroravillage.com
    E-mail: info@auroravillage.com
    Fones: 867-669-0006
    Endereço: Aurora Village P.O Box 1827 Yellowknife N.T X1A 2P4


    IÊMEN

    Fazer turismo no Iêmen não é lá muito fácil, principalmente para as mulheres, que devem se cobrir de acordo com os costumes radicais shiitas, sob o escaldante calor de até 50ºC. Para se visitar as regiões consideradas de risco, é necessária uma escolta militar com cinco ou seis soldados armados com metralhadoras. A cada 50 km há uma barreira militar que inspeciona a autorização de passagem, previamente requerida pela agência de turismo do Iêmen. Mas, atraída pela fama da arquitetura de tijolos de sol e pela tradição da sociedade tribal em que ainda vivem os iemenitas, embarquei numa aventura vibrante (e nem tanto segura) pelo país que tem a população civil mais armada do mundo. As intrincadas construções de pedra no topo das áridas e quase inacessíveis montanhas, como a lendária Shihara, suas cidades fortificadas e os intrigantes sobrados feitos de “tijolos de sol” revelam a arte nata dos iemenitas na arquitetura.Andar pelas ruelas do mercado da velha cidade de Sana, capital do país, é entrar nas histórias das “1001  Noites”.

    Para ler o diário on line sobre a matéria, acessar:

    O velho carro seguia em zigue-zague beirando os penhascos que dominam o vale profundo. Lá em baixo, a corredeira do degelo abre seu caminho pelo solo árido colorindo de azul o cenário cor de chumbo. Durante o trajeto, tradicionais caminhões e ônibus ornamentados, que mais parecem carros alegóricos, transitam pela estrada carregados de gente ou de tralhas da China. Estávamos cruzando a longa, perigosa e quase intransitável Karakoran Highway que liga o Paquistão ao deserto de Kashgar na China. Num panorama estonteante a estrada Karakoran Highway, com 1200 quilômetros escavados nas montanhas, corta férteis vales, platôs desérticos e aldeias perdidas no tempo.  A Karakoran Highway, surgiu de um acordo entre Paquistão e China e levou 30 anos e muitas vidas para ser concluída. Ela segue rodeada pela zona de colisão das mais altas cordilheiras do mundo e conecta a antiga rota da seda ao oásis do deserto de Kashgar.

    Quem gosta de aventura entre belas paisagens não deve perder esse trajeto.


    JAISALMER
    A Cidade Dourada da Índia

    Acordei na cabine com areia até nos dentes. Isso indicava que o trem já estava na região desértica do Rajastão, conhecida como a terra dos Marajás.Quando o táxi adentrou a cidadela de Jaisalmer, cercada pela muralha, o sol já raiava no horizonte dando reflexos dourados nos casarões. Em poucos minutos, ela surge mágica à minha frente: uma cidade inteira da cor dourada do deserto. A suavidade das fachadas fica por conta da arquitetura rendilhada. Palácios, fortes, templos, sobrados e os ricos casarões chamados de Havelis, foram delicadamente entalhados com um acabamento que mais parece uma renda.Os HAVELIS ostentavam o status dos ricos mercadores na sociedade e a supremacia dos marajás no século 16. Nas estreitas ruelas da cidadela o visitante disputa o espaço com  vacas, camelos, cabras, pedintes, vendedores, rikshaws, lambretas, ciganos, mágicos, encantadores de cobra, gurus com turbantes coloridos, ascetas seminus e tocadores de flauta. Mulheres esguias com lenços e saias esvoaçantes dançam ao som das ektaras e dholaks fazendo tilintar as pulseiras, tornozeleiras e correntes de prata presas do nariz à orelha.

    Por que visitar? Andar pelas ruelas estreitas e sinuosas de Jaisalmer é viajar no tempo, flutuar nos sons e mergulhar nos aromas, que nos leva a uma nova descoberta de cada sentido.


    BONITO
    O Paraíso ao Alcance dos Mortais

    Bonito é o tipo do lugar que a gente já vai esperando muito mas, mesmo assim, ele consegue superar as expectativas. Lindo, divino e maravilhoso, assim deveria chamar-se Bonito, cuja modéstia do nome não espelha a sua grandeza. Este paraíso ecológico é de tirar o fôlego, seja no mergulho do Rio da Prata ou na flutuação no rio Sucuri, nas cachoeiras ou na Gruta do Lago Azul, onde a água turquesa e absolutamente cristalina revela o fundo a 70 metros de profundidade.

    Seus rios mais parecem aquários, onde se nada entre os peixes e até piranhas já acostumados aos estranhos seres que diariamente invadem as suas praias de água mineral, interagindo com o espetáculo da natureza. Boiar ao sabor da correnteza, vendo os peixes grandes e coloridos passarem a centímetros da máscara, é uma experiência que não se esquece antes da morte e, se existir vida depois dela, eu aposto: quem viu, vai se lembrar de Bonito. Depois dos passeios diurnos, o bom mesmo é curtir a vila, as baladas, a culinária típica e, claro, sem deixar de tomar o sorvete assado que não derrete.

    Quem vai para Bonito, deve aproveitar para dar uma esticadinha até o Pantanal, que não fica longe e é outra lembrança para toda vida.


    DELTA DE OKAVANGO
    O Rio que morre para dar vida ao deserto
    Botsuana  África

    É indescritível a sensação de se entrar numa canoa, que mais parece uma baguete francesa, e navegar pelo labirinto de canais, desviando de tufos de papiros, lily water e admirar os elefantes e rinocerontes que vêm saciar a sede às margens dos alagados em pleno deserto. Alagados em pleno deserto?É o que acontece quando as águas do rio OKAVANGO, que percorrem mais de mil quilômetros, são despejadas numa espécie de bacia, formando o maior Delta do mundo: o Delta do OKAVANGO. Quando as águas baixam, a terra fica irrigada e recoberta por uma espessa relva que atrai milhares de animais selvagens.

    Ignorando as leis da física, o rio OKAVANGO forma um Delta que não deságua no mar. Espalha-se em forma de lagos, artérias e veias pelas areias secas do deserto de Kalahari.. Os alagados formam os canais onde os nativos navegam em rústicas canoas chamadas “MOKOROS”.

    Vale a pena sobrevoar a área para se ter uma idéia da ramificação dos canais. A visita ao Parque Nacional Chobe, perto dali, com a maior população de elefantes da África também é imperdível.


    TURPAN - China
    Grande Muralha subterrânea - Sistema de irrigação Karez

    Parece milagre que em uma bacia desértica, situada a 154 metros abaixo do nível do mar(a depressão mais baixa da China), onde não há água potável e a umidade é baixíssima possam se encontrar frutas saborosas, sombra de parreiras e água fresca. Mas, graças ao famoso sistema de irrigação Karez tudo isso é possível.  Os 5.000 quilômetros de canais subterrâneos de irrigação (muitos em funcionamento até hoje), não seriam nenhuma proeza não fosse o fato de que foram escavados à mão e, alguns deles, há mais 2.000 anos. Não fossem os canais, a cidade teria desaparecido do mapa. Essa monumental obra no subsolo de Turpan leva  nome de: “ A Grande Muralha subterrânea da China”. A água é coletada no sopé das montanhas em poços verticais, a muitos quilômetros dali, e conduzida aos campos de plantação de grãos e uvas por meio de canais de irrigação subterrâneos.Mas Turpan oferece outras surpresas aos visitantes. Andar num “táxi burro” pelas antigas ruínas no deserto, visitar as múmias de d’Astana, inacreditavelmente bem conservadas, admirar a montanha em chamas e desvendar a gruta dos mil budas é uma experiência quase extraterrestre.


    UGANDA - Selva de Biwindi
    Primos Primatas

    Acampamento: “Base camp” da floresta de Biwindi.

    Visitar um primo num país distante não é tão difícil assim, mas quando esse primo é um GORILA, e mora na selva impenetrável de Bwindi em Uganda, a história fica um pouco mais complicada. São doze horas de vôo, onze de carro, duas de trilha e mais seis horas de treking, montanha acima, pela selva impenetrável, para visitar nosso primo Gorila, o mais espetacular Primata da nossa era. Saímos do “base camp” as 4h da manhã escoltados por militares armados com metralhadoras. Depois da chacina dos turistas por rebeldes do Congo na década de 90, o governo intensificou a segurança dos estrangeiros na área. A subida íngreme que precedia ao paredão de selva luxuriante deixava claro que não ia ser nada fácil. No início, o solo barrento engolia nossas botas até o tornozelo. Depois, o chão desmanchava-se em degraus de pedras soltas.

    Após várias horas de escalada pelas entranhas da mata, alcançamos a selva impenetrável. Ainda não podíamos vê-los, mas já sentíamos a sua presença. Minutos depois, surge a criatura mais espetacular da selva. Com um olhar contemplativo, mas atento, o primata encara o seu semelhante “humano”, com quem divide 97% da carga genética.

    A viagem para Biwindi não é das mais baratas, mas ver um gorila a dois metros, brincando de pega-pega com o filhote não tem preço. A floresta impenetrável de Bwindi abriga os últimos habitantes remanescentes de Gorilas da montanha.


    ILHA DE PENTECOSTE
    Arquipélago de Vanuatu - Pacífico Sul, Melanésia
    Aa Ilhas dos Homens de Ontem

    Pular de torres de 30 metros de altura, caminhar sobre brasas e dançar nas cinzas do vulcão em atividade para apaziguar os espíritos, são alguns dos extravagantes rituais dos homens que ainda vivem no passado.

    Não foi só a beleza natural desse arquipélago formado por 83 ilhas, cercado de atóis, polvilhado de vulcões e coberto por florestas tropicais que me fez encarar quase 30 horas de viagem para chegar até ali. Eu queria , mesmo, era ver de perto o extravagante ritual chamado Naghol, que acontece anualmente na Ilha de Pentecoste para comemorar a colheita do inhame, base de alimento da Ilha.É difícil acreditar que uma pessoa pule de cabeça de uma torre (feita com galhos amarrados), de 30 metros de altura, com apenas uma fibra amarrada em  cada tornozelo, sem se estatelar  no chão. E, para surpresa de muitos, raramente ocorre um acidente fatal. Naghol”significa “mergulho em terra”, cuja prática veio a inspirar o “Bungy Jump”. Os nativos, descendentes de tribos canibais da melanésia, mantêm as tradições de seus ancestrais, menos, é claro, a antropofagia, costume erradicado pelos colonizadores  ingleses e franceses que foram contemporâneos no arquipélago.

    Para assistir ao eletrizante ritual acesse:
    https://www.youtube.com/watch?v=MdmbkeJe6zo


    Fonte: Marcia Pavarini


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