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    Marcia Pavarini seleciona trinta lugares no planeta onde se deve conhecer - PARTE III
    Postado em 11/02/2010

    Em três etapas vamos publicar os trinta lugares no planeta,
    selecionados por Márcia Pavarini, onde se deve conhecer

    * Fotos Márcia Pavarini


    PARTE III
    Acesse: Parte I | Parte II



    KHAJURAHO - TEMPLOS DO AMOR - Índia

    Enquanto o mundo se cobria de censura, um rei hindu adepto da filosofia Tântrica, construía templos com esculturas praticando sexo explícito nas posições eróticas do Kamasutra. Pra quem não sabe, Kamasutra é um conjunto de posições e práticas corporais que levam os casais a aproveitar ao máximo o clímax sexual. Ao todo, são 84 posições. Imaginação é o que não falta! Mas nem adianta tentar todas, muitas das posições só são alcançadas por praticantes avançados de Yoga.  O sol das primeiras horas da manhã começa a dar vida às esculturas de arenito que adornam as fachadas de cada templo. Os templos, construídos por volta do ano 950 a 1050 d.C, ficam no Estado de Madhya Pradesh, no coração da Índia. Foram 12 horas de carro atravessando vilarejos de Varanase a Khajuraho. Khajuraho foi tombado pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade.

    Foram 12 horas de carro atravessando vilarejos de Varanase a Khajuraho.


    TRUCK LAGOON
    Arquipélago da Micronésia - Mergulhando na história

    Com o crânio de um jovem marinheiro japonês nas mãos, e no silêncio das profundezas do mar da Ilha de Truk, tentei imaginar o palco de horror em que se transformara aquele pacífico Atol, quando um massivo ataque da aviação americana dizimou uma frota inteira de navios japoneses, em retaliação a Pearl Harbour, em fevereiro de 1944.Durante dois dias e duas noites, aviões americanos bombardearam sem parar, afundando 40 navios e milhares de tripulantes, em represália ao ataque de Pearl Harbour. Os navios ainda conservam em seu interior algumas ossadas das vítimas, munições, tanques de guerra,  porcelanas, talheres, fogões, aviões “Zero”, máscaras de gás, capacetes, torpedos, minas, detonadores... Hoje, 64 anos depois, esses naufrágios tornaram-se recifes naturais abrigando corais, esponjas e uma rica fauna subaquática.

    Truk Lagoon foi a principal base naval japonesa na Micronésia antes da Segunda Guerra. Hoje, é considerado o melhor local do mundo para mergulhos em naufrágios.


    LALIBELA
    Nova Jerusalém dos Cristãos da Etiópia

    Pense numa igreja. Imagine a mais espetacular que você já viu pessoalmente, em foto ou em filme. A tendência é pensar numa edificação a partir do nível do solo, certo? Mas existe um lugar, o único no mundo, onde 11 igrejas foram escavadas em rocha a partir do solo para baixo. A área era demarcada e fossos profundos de até 13 metros foram cortados ao redor livrando um gigantesco monólito, onde era esculpida a igreja. A penumbra das passagens e túneis que ligam uma igreja à outra, os afrescos, o som das canções e o cheiro de incenso nos transportam às dependências do paraíso. Cada igreja tem a presença mística de um religioso de turbante e vestimentas longas, empunhando um bastão com uma rebuscada cruz de bronze no alto.  A mais impressionante é a Bet Gyiorgis, Igreja de São Jorge com cerca de 800 anos de idade. Construída em forma de cruz, é cercada por um fosso seco que a separa das outras igrejas. No interior de cada igreja há réplicas de baús que representam a Arca perdida.

    Quem for à Etiópia não pode perder a cerimônia do café(cuja tradição é de lá) com pipoca, a peregrinação dos feriados religiosos e a visita ao museu para ver a múmia da hominídeo de 3,5 milhões anos. Imperdível também: Festivais religiosos com peregrinação nas igrejas de Lalibela.


    RUÍNAS DE PALMIRA
    Síria

    Uma loucura assumida: aluguei um carro em Damasco e peguei a estrada que atravessa o deserto da Síria. Depois de rodar 200 km rumo a nordeste, surgem como miragem, as ruínas de Palmira.

    Também conhecida como a cidade das mil colunas, tornou-se a mais brilhante capital do Oriente Médio em seu apogeu no século III.Palmira foi de vital importância para as caravanas que iam da Mesopotâmia ao Mediterrâneo. São templos, colunas, banhos públicos, teatro, salões e túmulos, formando um dos maiores sítios arqueológicos do mundo. A visita requer uma caminhada de várias horas e é recomendada na parte da manhã ou no final da tarde. Entre as ruínas destaca-se o Templo de Bel, com a grande colunada, uma avenida de colunas que atravessa imponente a cidade terminando no Templo Funerário, o Arco Monumental, o Teatro, o Castelo de qala´at ibn Maan. É necessário um dia para visitar todo o complexo do sito arqueológico.


    IRÃ

    Desvendar as tradições e a arquitetura artesanal da antiga Pérsia, uma das mais antigas civilizações é, certamente, uma experiência enriquecedora, mas um deslize do visitante com relação às rigorosas normas de comportamento da cultura islâmica pode tornar o “clima” tão quente quanto o escaldante verão do seu deserto. Para viajar pelo Irã, foi preciso vestir-me adequadamente: cabeça e corpo cobertos.  Foi assim que perambulei pelas cidades mais belas daquele país,(Hisfahan, Shiraz, Kerman,Yazd e Machad) visitando os inigualáveis mosques, decorados com mosaicos azuis, filigranas e cúpulas de ouro. Os desenhos nos mosaicos inspiram as figuras dos tapetes persas de cada região. Outro ponto de interesse são as ruínas de Bam, uma histórica cidadela que fica a 1000 km de Teerã, considerada uma das maravilhas do patrimônio cultural do Irã, é a maior cidade do mundo construída com casas de taipa (200 km2) uma mistura de argila, palha e tijolos de argila. Assimilar a riqueza da arte e da cultura é tornar-se parte delas.

    SÍTIO ARQUEOLÓGICO DE ANGKOR
    Cambodja

    Março/2003: Tomei um vôo de Bangkok até a cidade de Siem Reap, um agrupamento de pequenas vilas ao longo do rio do mesmo nome no interior do Camboja. Sieam Reap é o ponto de entrada para os templos de Angkor. Atravessando o caótico trânsito invadido por lambretas, bicicletas, carros e pedestres não dá pra imaginar que a 3 quilômetros dali ficam as  ruínas e os extraordinários templos camuflados em meio à floresta.  O mais bem preservado é o templo hindo-budista de Angkor Vat construído no século 12. A grandiosidade e harmonia da arquitetura encimada pelas cinco torres aneladas fazem do templo um dos mais belos da Ásia. Angkor Vat tornou-se símbolo do Camboja ao ser estampado na bandeira nacional do país.Entre outras ruínas destaca-se o templo de Bayon de onde brotam as quatro faces de Buda cortadas em pedra e encaixadas como um quebra-cabeça.


    KHIVA
    Uzbequistão

    Nada se perde, tudo se transforma. Baseada nesse princípio Khiva, uma das cidades mais conservadas da rota da seda, transformou-se num museu ao ar livre. O conjunto da harmoniosa arquitetura formado por mosques, minaretes, madrassas (escolas de islã) cercado pelas monumentais muralhas, é testemunho vivo da promissora época das caravanas que cruzavam o deserto ligando a China ao ocidente.  Khiva, um oásis do deserto de Kara kun foi um importante posto de parada dos comerciantes da seda, do algodão, especiarias e escravos, desde o século 8.


    VERÃO NO ÁRTICO

    O impacto ruidoso do trem de aterrissagem na pista de cascalho indicava a chegada. Olhei pela janela e pude ler na placa do minúsculo aeroporto: “Resolute Airport”.Resolute fica no Arquipélago Canadense a 3.200 km de Toronto. Lá no Porto, a poucos quilômetros dali, o quebra gelo russo K.Klebnikov, aguardava nosso embarque. Era o primeiro, dos doze dias em que o quebra gelo seguiria rumo ao norte cruzando pelos canais congelados que separam o Canadá da Groenlândia. Nesse trajeto o navio passa por vilarejos de pescadores inuits, por assentamentos  arqueológicos, Glaciais milenares e pelo santuário dos pássaros na ilha de Coburg.Com alguma sorte, se cruza com um urso polar.  Espalhados pelo mar semi congelado blocos de gelo assumem formas incríveis desenhando uma “art nouveau”. Ao longo da baía, centenas de ilhas de gelo flutuam aleatoriamente e o sol brilha em cada pedaço de gelo, fazendo-o cintilar como partículas de cristal.

    Vale a pena visitar esta parte do globo terrestre. E, se você acredita em Papai Noel, vai se sentir na terra dele. É só soltar a criança que existe em você.


    CERVÍNIA - Itália

    ...Ginocchi piegati! gritava meu primeiro professor de esqui. Mas não era só no joelho que eu tinha de prestar a atenção, era em tudo junto. E, quando eu achava que já tinha acertado o passo, ou melhor, os esquis, lá ia eu derrubando o pessoal parado, como se estivesse numa pista de boliche...” Depois de muitas derrapadas aprendi a esquiar e, desde então, dou uma escapada quando posso. Existem inúmeras estações de esqui, nos dois hemisférios, para a alegria dos esquiadores, adeptos e simpatizantes. Uma das mais glamourosas dos Alpes surge em meio a um cenário fantástico aos pés do Monte Cervino e Monte Rosa, (conhecidos como Matterhorn  pelo lado Suíço em Zermatt) que fica a aproximadamente 200 km de Milão.  São mais de 100 quilômetros de pistas com alturas que variam de 2006 a 3883 metros. Depois de um intenso dia de esqui, nada melhor do que curtir o “relax” da pequena cidade de Cervinia admirando o Monte Cervino sob os últimos raios de sol, que o transformam numa montanha dourada.


    BAMYAM - Afeganistão
    O Buda que ninguém mais verá

    Para encerrar esta relação, tomo a liberdade de inserir um monumento que continua existindo apenas na memória dos que tiveram o privilégio de vê-lo e admirá-lo como uma das maiores obras de arte da antiguidade, em razão de sua beleza, grandiosidade e harmonia: é o Buda do Vale de Bamyan no Afeganistão. Essa relíquia admirada por Alexander Magno e comentada por Marco Pólo, em seu diário de viagem, foi insanamente destruído em 12 de março de 2001 pelos fanáticos do Taliban. O Vale de Bamiyan estava situado na rota das caravanas entre a Índia e a Ásia Central, onde floresceu o Budismo antes da difusão do islamismo, o que justifica a presença da fenomenal estátua. O Buda de 60 metros de altura foi esculpido diretamente na montanha rochosa num nicho de 8 metros de profundidade nos séculos IV e V a.C. O rosto e as mãos eram originalmente recobertos com folhas de ouro.

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    Márcia Pavarini
    Ao longo de vários anos Márcia Pavarini percorreu o mundo viajando por todos os continentes e até aos Pólos. Foi anotando suas aventuras em diários que, hoje, perfazem aproximadamente 5.000 páginas. Ela esteve, até agora, em 240 países, de acordo com o critério de contagem da Travelers Century Club TCC. Na Coluna “Diário das 1001 Viagens” Márcia Pavarini divide com os internautas, do Portal, as experiências vivenciadas durante suas andanças.








     
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