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    Líbia - O Esplendor da Roma Antiga na África
    Postado em 30/03/2011

    Por Márcia Pavarini - Texto e fotos
    Veja abaixo da matéira, galeria de fotos



    Sabratha Vista do Teatro Romano


    Sabratha - Teatro Romano - Vista geral


    Sabrata - Teatro Romano

    Você sabe dizer onde fica a Líbia?Que mar banha o país? Qual é a sua capital? Com que países faz fronteira?

    Caso a Nação não estivesse em tamanha evidência, em razão dos atuais conflitos políticos, acertar a resposta a todas as questões seria um grande feito.


    Um dos portões de entrada da muralha que circunda
    a cidade velha

    Muito se tem falado sobre a atual situação de caos na Líbia, mas pouco se sabe sobre esse país, que abriga monumentais riquezas arqueológicas, arrebatadoras belezas naturais e uma cultura milenar ímpar. Aventurando-se no deserto ou mergulhando na história, uma viagem à Líbia é sempre uma experiência inesquecível.

    Comandada com punho de aço pelo ditador Muammar Gaddafi, há quase 42 anos, já foi assentamento de antigos povos, os quais deixaram legados, que, hoje, encantam qualquer visitante.


    Mapa Líbia

    Situada no norte Africano (a poucas horas do sul da Itália), e banhada por 2 mil km pelo mar Mediterrâneo, a Líbia é o recheio do sanduiche entre a Argélia e o Egito, fazendo fronteira, ainda, com a Tunísia, Chade, Níger e Sudão.

     
    Arco de Marco Aurélio século II

    A Líbia foi fundada no século VII a.C.  pelos fenícios, que a chamaram de Oea.Por ali passaram (cronológica e historicamente)os fenícios,romanos, vândalos, bizantinos, árabes, espanhóis, turcos, berberes e italianos. Os italianos permaneceram em Trípoli de 1011 até 1951, quando finalmente a Líbia conquistou sua independência do domínio italiano.


    Trípoli – Centro Cidade Nova

    A capital Trípoli é a maior e a mais populosa cidade da Líbia. É em Trípoli que fica a sede do governo central e o palácio de Gaddafi, ah...mas dele, a gente só vê (e por fora) as inexpugnáveis muralhas que o cercam e  casamatas ao longo, a cada par de metros, onde soldados da guarda do ditador se enfurnam nas armas antiaéreas, sempre voltadas para o céu, como se o ataque fosse iminente, mesmo antes de ocorrer o conflito.
    Etimologicamente, o nome Trípoli vem do grego (tri polis), que significa três cidades.


    Marco da cidade, com uma estátua em cada pilar
    (um navio a velas e um cavaleiro, representando a
    libertação do país)

    Em Trípoli não faltam avenidas largas, arborizadas, como a movimentada “SahaHadra”, também chamada de “Green Square”. No centro da cidade nova elevam-se os espigões e os Hotéis de luxo, onde pulsa o centro econômico e administrativo do país.


    Tapeçaria cujo bordado reproduz a entrada do portal
    da muralha da cidade velha - Souk Trípoli.


    Souk (mercado)



    Quinquilharias do Souk


    Souk (mercado) Luminárias com arte em vitral
    colorido- artesanato típico


    Tapeçaria típica - Souk (Trípoli)


    Souk (mercado) Luminárias com arte em vitral colorido


    Souk (mercado) Luminárias com arte em vitral colorido





    Artesanato típico de cerâmica utilizado como
    recipiente de alimento


    Mercado de Vitrais (Souk)

    Mas a cidade velha (cidadela) mantém a atmosfera árabe com aqueles deliciosos mercados de quinquilharias (Souk), distribuídos em um emaranhado de ruelas, com lojinhas de roupas, tapeçaria, artesanatos típicos, especiarias, numa profusão de cores e aromas que invadem o ar dos labirintos. Depois de um passeio a pé pelo Souk (mercado), nada melhor do que sentar num glamoroso café, onde os clientes locais colocam o assunto em dia fumando o narguilé (tradicional cachimbo d’água).


    ESPLENDOR DA ROMA ANTIGA NA ÁFRICA


    Sabratha - Fachada frontal doTeatro Romano


    Sabratha - Teatro Romano




    Sabratha - Ruínas da cidade romana - Teatro Romano


    Sabratha - Detalhe da escultura no mármore em alto relevo

    Durante o período de ocupação romana, a cidade adquiriu o status de Cidade Romana mais importante da ÁFRICA. A proximidade com a Itália (o norte da Líbia fica a 800 km da Sicília, no mar Mediterrâneo) influenciou os imperadores romanos na África,que deixaram legados de grande riqueza arqueológica, hoje tombados pela UNESCO como patrimônio da Humanidade.

    É o caso das antigas cidades romanas de SABRATHA e LEPTIS MAGNA.
    Essas magníficas cidades romanas situadas ao longo da costa mediterrânea da Líbia devem seu esplendor ao Imperador “SEPTÍMO SEVERO”(ano 193 a 211 d.C).


    CIDADE ROMANA DE SABRATHA


    Inscrição no piso de mosaico do banho romano que
    em latim quer dizer “Banho é bom para a saúde”
    (Inspiração das atuais sandalhas de dedo)


    Estátua da Deusa Vênus


    Vista geral da cidade Romana


    Arcos da Basílica de Justiniano - Era Bizantina 527 a 565 d.C.


    Pia batismal do templo romano - Era Bizantina


    Mausoléu Púnico

    Sabratha fica na costa de Sidra, a cerca de 80 Km a oeste de Trípoli.
    No final do século II, o imperador Septímio Severo quis transformar a sua cidade natal em uma metrópole comparável à Roma, capital do império romano, construindo monumentos arquitetônicos colossais e decorados de forma extraordinária.

    O teatro romano de Sabratha, um dos mais belos e bem conservados do mundo antigo, possuía um palco de três níveis, decorado com colunas e com espaço para 5 mil espectadores. A entrada principal estava orientada para o mar. Os artesãos utilizaram mármore branco e rosado para a realização dos delicados baixos relevos.

    O edifício, de grandes dimensões, pode ser avistado de longe e está circundado por uma grande extensão de ruínas, que contam a história e o cotidiano dos romanos.


    CIDADE ROMANA DE LEPTIS MAGNA


    Arco do ImperadorSeptímio Severo - Entrada da
    cidade Romana 203 d.C


    Antigo Salão Palestra - enorme pátio para esportes,
    circundado por colunas


    Basílicas.III 93m de comprimento e 43 de altura
    (pedras vermelhas com corte de tijolinho)


    Busto de Hercules


    Templo de Nenphis


    Mercato de tecidos e de alimento ano 8-9 a.C



    Imponente Teatro Romano ano I d.C


    Imponente Teatro Romano ano I d.C


    Rua do Prostíbulo – Pênis estilizado em alto relevo, na pedra


    Imponente Teatro Romano ano I d.C

    Leptis Magna fica a cerca de 120km a leste da capital Trípoli, junto ao golfo de Sidra.

    O imperador romano Septimio Severo concebeu em Leptis Magnaum ambicioso projeto urbanístico, que superava tudo o que havia sido realizado até o momento, inclusive em Sabratha. Construiu outra cidade com um colossal teatro, um novo fórum, amonumental basílica, saunas e os banhos romanos, além da arena para os esportes ladeada por colunas. O magnífico Arco do Triunfo é um dos monumentos que integram a grande metrópole e dá acesso a essa esplendorosa cidade romana da África.

    A imponência dos edifícios de Leptis Magna pode ser observada no Teatro romano, inaugurado no primeiro ano da era cristã.


    QASE HAJJ – PARA ARMAZENAMENTO DE GRÃOS


    QaserHajjGranary - Edifício rudimentar para guardar grãos
    e azeite das caravanas que por ali passavam - Arquitetura
    Vernacular chamada de “anonimous espontâneo
    indígenos e rural”


    QaserHajj - Vista geral


    Apetrechos usados pelos mercadores


    Fachada do QaserHajj

    CIDADE DE GHARYAN – CAVERNA DOS TROGLODITAS
    (Escavada em 1666 de cima para baixo, como um poço)


    Gharyancity - Antiga caverna dos trogloditas - escavada
    como um fosso, de cima para baixo



    Gharyan City - Antiga Caverna dos Trogloditas


    Gharyancity - Antiga caverna dos trogloditas- Uma das
    covas decoradas (hoje servem como sala de restaurante)


    Gharyancity - Antiga caverna dos trogloditas- Uma das covas
    decoradas (hoje, são utilizadas como salas do restaurante


    Gharyancity - Antiga caverna dos trogloditas- decoradas ao
    estilo beduíno, com tapeçaria no chão e paredes


    Gharyancity - Antiga caverna dos trogloditas- Uma das
    covas é usada para tecelagem de  tapetes


    Gharyancity - Antiga caverna dos trogloditas - Utensílios
    antigos servem de decoração


    Gharyancity - Antiga caverna dos trogloditas - Os clientes
    recebem a refeição em cômodos privados da caverna


    Gharyancity - Antiga caverna dos trogloditas - Esse é o cômodo
    onde nos foi servido o almoço (decoração beduína)


    Gharyancity - Antiga caverna dos trogloditas - O filho da
    família a quem pertence a caverna, fazendo chá espumoso
    (para isso, troca várias vezes de vasilha até formar uma
    espuma espessa como cerveja)


    Gharyancity - É assim que fica o chá, cheio de espuma,
    depois de ser trocado de vasilha varias vezes


    PRATROS TÍPICOS


    RashdaKeskas – Carne de cordeiro com macarrão fidelini e
    grão de bico, cozido no vapor


    Cuscuz com carne de peixe, cordeiro ou de camelo - sim, eles
    comem carne de camelo

    Estive na Líbia pouco antes de iniciarem os conflitos. Encontrei um povo gentil, acolhedor e sorridente, mas com a expressão travada pelas amarras da ditadura.

    Na época, a insatisfação era velada, quase incontida, que só tomou força inspirada pela revolta dos vizinhos Tunísia e Egito.

    Como diz o poeta “Um reino imposto à força nunca vai durar”, principalmente um reino que impõe ordem através do medo e do terrorismo.

    A coragem não é a ausência do medo, mas a ausência do medo com a coragem de seguir em frente.

    Esperamos que o povo líbio conquiste um Estado pacífico e soberano, norteado pela democracia.

    Aqui vai um voto de boa sorte para meu guia líbio Salah, esperando que ele continue vivo para saborear a democracia que tanto almejou.

    AGÊNCIA DE VIAGEM DE TRÍPOLI: JOYTOURS fone: 00218924169683


    Fonte: Márcia Pavarini


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    Ao longo de vários anos Márcia Pavarini percorreu o mundo viajando por todos os continentes e até aos Pólos. Foi anotando suas aventuras em diários que, hoje, perfazem aproximadamente 5.000 páginas. Ela esteve, até agora, em 240 países, de acordo com o critério de contagem da Travelers Century Club TCC. Na Coluna “Diário das 1001 Viagens” Márcia Pavarini divide com os internautas, do Portal, as experiências vivenciadas durante suas andanças.








     
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