27/07/2018 ( Caderno:
Imigração Libanesa em São José dos Campos )
São José dos Campos cidade que abraça imigrantes de diversos lugares e em especial os libaneses.
Os imigrantes saem da sua terra natal para conquistar algo melhor, assim como os libaneses que chegaram a São José dos Campos desde aproximadamente 1881. A maioria começou a vida mascateando de porta em porta e com o tempo criaram razões.
Mesmo a imigração sendo formada inicialmente na sua maioria por homens, o universo feminino libanês ganhou expressividade, pois conseguiram conciliar trabalho, compromissos domésticos e educação dos filhos e muitas das primeiras mulheres que chegaram a nova cidade, também mascatearam.
Aprenderam muito com o Brasil e em especial com os joseenses, mas também deixaram marcas fortes como a dança e a gastronomia. Quem não resiste a uma esfiha ou a um kibe frito, tâmaras, damasco, ou alguma iguaria árabe.
Aprenderam a língua portuguesa com certa facilidade e nos ensinaram a pechinchar, marca registrada . E muitas das palavras que usamos no cotidiano vieram do árabe como: alface, alquimia, aldeia, álcool, algarismo, álgebra, algodão, alicate, almofada, azeitona, açúcar, zero e entre outras.
A presença em um novo lugar implica significações a ponto dos imigrantes afirmarem serem mais brasileiros do que libaneses, serem mais joseenses do que libaneses.
"Uma vez um brasileiro perguntou a um libanês porque existem tanto libaneses no Brasil, e o libanês respondeu espontaneamente: lá em minha pátria, no topo de uma montanha , que aos seus pés dorme o Mediterraneo, está em pé a Virgem Maria, seus olhos abraçam o mar e com seus olhos abertos diz para os libaneses: Vão meus filhos e sonhadores para o outro lado do oceano, para o Brasil. Lá estará meu filho único no topo de uma montanha de braços abertos esperando por vocês. Vão para essa terra abençoada que abriu e ainda abre seus braços para os filhos do Líbano." (Roberto Farah)