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Mais de 80% das espécies de árvores exclusivas da Mata Atlântica estão ameaçadas de extinção

15/01/2024 ( Caderno: Meio Ambiente )

Estudo publicado na revistaScienceaponta, pela primeira vez, grau de ameaa de todas as espcies arbreas do bioma, que mostrou ainda que 65% do total destas espcies est nas categorias de risco. Pesquisadores afirmam que dados so conservadores e quadro pode ser ainda mais preocupante

Um estudo liderado por pesquisadores brasileiros epublicadono dia11/01naScienceaponta que 82% das mais de 2 mil espcies de rvores exclusivas da Mata Atlntica sofrem algum grau de ameaa de extino. Do total de 4.950 espcies arbreas presentes no bioma (incluindo as que ocorrem tambm em outros domnios), 65% esto com suas populaes ameaadas.

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a primeira vez que todas as populaes das quase 5 mil espcies arbreas da Mata Atlntica tm seu grau de ameaa avaliado segundo os critrios da Unio Internacional para a Conservao da Natureza (IUCN, na sigla em ingls), maior referncia global em espcies ameaadas.

“O nmero [de 82% de espcies endmicas ameaadas] foi um susto para ns, porque usamos uma abordagem conservadora. Levamos em conta se as espcies tinham ou no floresta disponvel, independentemente de ser ou no uma floresta saudvel, por exemplo. Mas nem todas as espcies conseguem se manter em fragmentos degradados. possvel, portanto, que a realidade seja ainda mais preocupante”, contaRenato Lima, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de So Paulo (Esalq-USP), em Piracicaba, e coordenador do estudo.

Parte do trabalho fruto do ps-doutorado do pesquisador no Instituto de Biocincias da USP, financiado combolsada FAPESP.

O levantamento foi realizado em mais de 3 milhes de registros de herbrios e inventrios florestais. Os pesquisadores adicionaram ainda o maior nmero possvel de informaes, como usos comerciais das espcies e sries temporais de perdas de hbitat, entre outros. Os dados dos inventrios florestais foram armazenados no repositrioTreeCo, administrado por Lima.

Outro dado preocupante encontrado que apenas 7% das espcies endmicas tiveram declnio populacional abaixo de 30% nas ltimas trs geraes. A IUCN considera que, acima desse patamar, a espcie j pode ser considerada “Vulnervel”, a primeira categoria de ameaa de extino. Acima dessa esto “Em Perigo” e “Criticamente em Perigo”.

Entre as ameaadas, 75% esto na categoria “Em Perigo”. J o emblemtico pau-brasil (Paubrasilia echinata) foi listado como “Criticamente em Perigo”, dada a reduo estimada de 84% das suas populaes selvagens.

rvores antes comuns, como a araucria (Araucaria angustifolia), o palmito-juara (Euterpe edulis) e a erva-mate (Ilex paraguariensis), tiveram declnios de pelo menos 50% e por isso foram classificadas como “Em Perigo”.

Espcies exclusivas da Mata Atlntica, entre elas a canela (espcies comoOcotea odoriferaeO. porosa), sofreram redues de 53% a 89%, sendo classificadas como “Em Perigo” ou “Criticamente em Perigo”.

AOcotea porosafoi uma das espcies de canela listada no levantamento
(foto: Anderson Kassner-Filho/Floresta SC)

Levantamento indito

A IUCN conta com uma srie de critrios para definir o grau de ameaa de uma espcie, seja animal ou vegetal, divididos entre A, B, C e D. No estudo atual, os pesquisadores observaram que, quanto mais dados eram inseridos, o grau de ameaa aumentava.

Em linhas gerais, o critrio A avalia o declnio da populao nas ltimas trs geraes; o critrio B, o tamanho da rea ocupada pela espcie; e os C e D se a populao pequena e em declnio ou muito pequena, com menos de 10 mil indivduos adultos.

“Quando preenchemos menos critrios da IUCN nas avaliaes, o que geralmente tem sido feito at ento, temos seis vezes menos espcies ameaadas. O uso de critrios que incorporam os impactos do desmatamento aumenta drasticamente o nosso entendimento sobre o grau de ameaa das espcies da Mata Atlntica, que bem maior do que pensvamos anteriormente”, explica Lima.

Para ilustrar a diferena, o grupo separou um conjunto de espcies que possua dados para todos os critrios e avaliou o grau de ameaa. Levando em conta todas as espcies desse subgrupo, se considerado apenas o critrio A, 91,4% do total de espcies estariam ameaadas e 90,3% das exclusivas da Mata Atlntica.

Ao utilizar apenas o critrio B, muitas vezes o nico usado em levantamentos do tipo, s 10,7% das espcies ou 16,6% das endmicas estariam ameaadas. Tendo os critrios C e D como referncia, ento, 3,2% das endmicas seriam consideradas ameaadas e, no mximo, 2,5% do total.

O mtodo inovador ser utilizado a partir de 2024 para avaliar o grau de ameaa das cerca de 12 mil espcies vegetais presentes exclusivamente no Brasil e que ainda no passaram por esse tipo de avaliao. O trabalho realizado pelo Centro Nacional de Conservao da Flora, do Jardim Botnico do Rio de Janeiro, onde atuam alguns dos coautores do estudo.

Os autores propem ainda que o mtodo possa ser utilizado em escala global. Em uma simulao usando dados de outras florestas tropicais, os pesquisadores atestaram que 30% a 35% das espcies de rvores do planeta podem estar ameaadas apenas pelo desmatamento.

“Informaes desse tipo so primordiais para a criao de polticas pblicas de conservao e reflorestamento. Pode-se priorizar reas mais degradadas e espcies mais ameaadas, sem deixar de considerar locais em que h florestas que podem no ser mais viveis no longo prazo se algo no for feito agora”, comenta o pesquisador.

A boa notcia que cinco espcies consideradas extintas na natureza foram redescobertas no estudo. Por outro lado, 13 espcies de rvores exclusivas da Mata Atlntica foram reclassificadas como possivelmente extintas.

O artigoComprehensive conservation assessments reveal high extinction risks across Atlantic Forest treespode ser lido por assinantes em:www.science.org/doi/10.1126/science.abq5099.


Fonte: Agência FAPESP  / Texto André Julião / Fotos Divulga


  + Meio Ambiente



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