O presidente da Câmara Federal, Aldo Rebelo, considera a escolha do governador Geraldo Alckmin como candidato do PSDB às eleições presidenciais vai elevar o nível da disputa. Aldo Rebelo afirmou que Alckmin e o presidente Lula são dois políticos de estatura, que vão priorizar o debate sobre programas de governo. "O governador Geraldo Alckmin é um político experiente, um administrador provado. Creio que a sua escolha para candidato do PSDB e do PFL à Presidência da República ajuda a elevar o nível da disputa das eleições presidenciais no Brasil."
O líder da minoria, José Carlos Aleluia, também elogiou Alckmim e diz que o PFL deve apoiar o candidato tucano. "O governador Alckmin é uma história de político bem sucedido. Foi um bom deputado, foi um bom prefeito, foi um excepcional governador de São Paulo.
O PFL vai agora analisar o quadro, aguardar as decisões e não teremos nenhuma dificuldade se eventualmente marcharmos para uma aliança com o PSDB, sendo Geraldo Alckmin candidato."
Expectativa de mudança
O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) afirmou que a decisão representa uma virada de página para os tucanos. "Agora é preciso superar eventuais divergências e colocar a campanha na rua". Alckmin, segundo Fruet, pode representar, nesta eleição, o contraponto, uma expectativa de mudança no Brasil, que priorize os princípios de gestão e de eficiência.
O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), também elogiou a escolha de Geraldo Alckmin, mas avisou que seu partido terá candidato próprio. "O PMDB vai disputar essas eleições com um programa para o país. E vai insistir muito para que a briga não fique entre PT e PSDB, sobre quem é ético ou não. O PMDB quer um debate em que os partidos apresentem programas para o país."
Programas e propostas
O líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que espera propostas do concorrente. "Na eleição passada, o PSDB e o PFL - por meio do candidato José Serra - diziam que era continuidade sem continuismo. Então eles não sabiam se abraçavam o governo FHC ou se largavam. Espero que agora eles tenham uma definição. E se for a definição clara, de um programa, espero que eles o apresentem. Vão continuar privatizando ou não? Vão lançar algum plano que vai endividar o Brasil, como fizeram da vez passada, ou não?"
Discussão de alternativas
Já o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), criticou tucanos e petistas. "Mais do que nunca o Brasil necessita discutir uma alternativa. Até porque essa disputa de PT e PSDB significa mais do mesmo. Defendem a mesma política econômica, as mesmas políticas assistencialistas. Não há diferença alguma. Infelizmente, ganhe um ou ganhe outro o Brasil continuará sendo a república dos banqueiros."
Roberto Freire confirmou que se apresentará como candidato à eleição presidencial pelo PPS.
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