21/03/2006 ( Caderno:
)
A
confiança na queda da inflação, no crescimento da oferta de emprego e da renda
aumentou o otimismo dos brasileiros. O Índice Nacional de Expectativa do
Consumidor (INEC) atingiu 104,9 pontos no primeiro trimestre deste ano. A taxa é
3,3% superior aos 101,58 pontos registrados no mesmo período de 2005. "Os
consumidores estão mais otimistas do que em todo o ano de 2005", afirma a
pesquisa divulgada hoje (21/3) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Esse
otimismo é resultado das condições favoráveis da economia, avalia o
gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo
Branco. "As pessoas percebem que a inflação baixa ajuda a manter e até aumentar
a renda", diz o economista. Além disso, a recuperação do mercado de trabalho
reduz o medo do desemprego, alimentando as expectativas positivas da
população.
Conforme
a pesquisa da CNI, feita com 2.002 pessoas em todo o país entre os dias 8 e 11
de março, a maioria das pessoas acredita que a taxa de desemprego se manterá ou
cairá. Entre os entrevistados, 34% disseram que tinham muito medo de perder o
emprego e 30% não temiam a demissão no primeiro trimestre de 2006. "O indicador
de expectativas de emprego mostra avaliações mais otimistas que em 2005",
destaca o estudo. No primeiro trimestre do ano passado, 35% das pessoas tinham
muito medo de perder o emprego. Esse número subiu para 37% no último trimestre
de 2005.
O
mesmo ocorreu com a percepção dos brasileiros em relação à inflação. Mais da
metade dos entrevistados, 56%, acredita que os preços não vão aumentar nos
próximos seis meses. Dessas, 16% apostam que a inflação vai cair. A pesquisa
mostra ainda que 34% das pessoas confiam que a própria renda aumentará nos
próximos seis meses, enquanto que apenas 14% acreditam que terão uma queda nos
rendimentos. Os outros 52% apostam na manutenção dos vencimentos. "O
quadro geral da economia é bom e a população percebe isso", afirma Castelo
Branco. |
Fonte: CNI
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