31/08/2008 ( Caderno:
Poesia da Arte )
Às vezes, a pintura faz a imagem virtual como se fosse uma realidade inteligível, desnecessária de ornamentos e concretudes, bastando-se a si própria, como um pensamento ainda adormecido, sem toque de visualização esclarecedora, sem pinceladas de contornos, sem mistura de cores combinatórias, sem explanação de conceitos aplausíveis, sem potencialidade para se tornar ato.
Apenas, um esboço pensado, no âmago do mistério criativo do que ainda será desenhado. Às vezes, a pintura é abstrata para cercar os limites interiores da linguagem artística do sonho que não consegue pintar porque é fantasia do encanto.
Às vezes, pintar é tão necessário quanto pensar e passear nos campos da imaginação não figurativa.
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