25/10/2012 ( Caderno:
Poesia da Arte )
Fui assistir o concerto apresentado pela Orquestra de Cordas, da Orquestra Sinfônica de São José dos Campos, na Capela Nossa Senhora do Amor, UNIVAP, e gostaria de cumprimentar o Regente e Diretor Artístico: Marcello Stasi, o Spalla: Rodrigo Monteiro Braga e todos os componentes pela excelência da interpretação, acrescentando ao comentário sobre a História da Música, da peça intitulada GROSSE FUGUE OP. 133, de Beethoven L.V., algumas análises sobre esse momento criativo do compositor:
"Beethoven, na profunda tristeza de não ouvir
o próprio som que sua intensidade inspirou,
orquestrou a decafonia de seus gritos interiores,
como um suspiro, pós-composição do seu ser,
contraditório nos alcances orgânicos
e existenciais de ressonâncias acústicas!
E de cada nota dissonante,
entre o que repercutia e soava,
como também, entre o que desistia como carência
e vibrava como intenção sublime de capacitação,
Beethoven, deliberou expor seu último gestual
de pensamento iluminado e questionador,
como arguisse pela última vez,
sobre a dicotomia que separa a interpretação
da dádiva musical, com a inteira ausência do seu som.
Não escutar a própria partitura, e o sentimento
que enunciou para o tempo de uma Humanidade,
escassa de virtudes para a aprendizagem,
vibrou na sua Overture, uma contingência para o Allegro,
e propôs, mesmo assim, comunicar a inovação de séculos"