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A marcha para oeste. Por Heródoto Barbeiro, jornalista

27/04/2016 ( Caderno: Opinião )


Portugueses e ingleses se estabeleceram próximos ao mar. Não podia ser diferente uma vez que a ligação com as metrópoles se fazia pelo Atlântico. Por isso, quando Antonil disse, no século 18, que os portugueses eram como caranguejos, viviam arranhando a costa da colônia, o mesmo valia para os britânicos. Estes estavam amontoados nas colônias fundadas na América do Norte e dedicavam-se à agricultura e ao comércio. Algumas eram estatais, outras de iniciativa privada. Boa parte dos colonos era originária das perseguições políticas e religiosas na metrópole. Vieram para não voltar e trouxeram o que puderam. Até uma subversiva prensa chegou na América. Ela se consolidou como uma colónia de povoamento . Os ingleses americanos queriam os mesmos direitos que tinham em seus distritos de origem. Queriam representação no Parlamento e o direito de votar as leis como faziam na Inglaterra. Não atendidos partiram para o separatismo com a proclamação da república liberal. Ao longo do século 19, estiveram confinados no leste até 1860. Daí para frente, o governo estimulou um avanço para o Oeste, com o estabelecimento de uma Lei das Terras. Os desprovidos foram incentivados a avançar em direção ao interior e conquistaram o Far West.

Na colônia portuguesa, a independência também não mudou a ocupação do espaço. Ao longo de todo o século XIX as cidades e atividades concentravam-se na faixa do Atlântico. Isto se prolongou ao longo do século seguinte. Vargas, durante a ditadura do Estado Novo, proporcionou expedições desbravadoras a que ele apelidou de “Marcha para o Oeste”. Nada mudou. Contudo, os partidos políticos incluiriam em sua propaganda a necessidade de ocupação do interior. Uns temiam a perda de territórios para nações estrangeiras. Outros porque sabiam que isso fazia parte do imaginário popular. O PSD elegeu Juscelino, em 1955, que ressuscitou a velha ideia de José Bonifácio de transferir a capital do Rio de Janeiro para o Centro-Oeste. Ela carrearia população, investimentos e ocupação para o coração do Brasil. O Rio era considerado vulnerável a um ataque marítimo, como tantas vezes ocorrera no período colonial. A proposta de JK contaminou o país e ele inaugurou a nova capital administrativa do Brasil em Brasília.

Washington não deu lugar a nenhuma nova capital erigida no oeste americano. A ocupação se deu com o desenvolvimento econômico e as estradas de ferro que conseguiam ligar o Atlântico ao Pacífico. Não passou pela cabeça de ninguém sério investir uma quantidade imensa de dinheiro em uma capital administrativa no Far West. A velha e boa Washington dava cabo disso e o país tinha outras prioridades. O Brasil seguiu outro caminho. Brasília se tornou a capital da Esperança. Maravilhosa arquitetura de reconhecimento mundial, e o assombro do mundo diante do desafio levado a frente à ferro e à fogo. A ousadia custou uma limpeza nos cofres públicos e uma inflação galopante. Valeu a pena ainda que o crescimento econômico só começou na década seguinte, em pleno período militar. Estes retomaram a tese que era preciso ocupar para não entregar e iniciaram a derrubada indiscriminada do Cerrado e da floresta amazônica, além da entrega de as terras públicas a grandes fazendeiros. Os futuros gestores do agronegócio brasileiro.

herodoto-coluna


Fonte: Comunique-se / Foto Reprodução


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