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Elefante africano ajuda a aumentar estoque de carbono na floresta

16/07/2019 ( Caderno: Meio Ambiente )

Estudo internacional, com a participao de pesquisadores brasileiros,
indica que animal ameaado de extino contribui
para a manuteno de rvores com mais biomassa
nas florestas tropicais da frica.
Foto Divulgao Matt Miur

O elefante africano da floresta (Loxodonta cyclotis) conhecido por sua capacidade de atuar como jardineiro. medida que transita pelas florestas tropicais africanas, o animal espalha um vasto nmero de sementes de frutas, de uma grande diversidade de rvores das quais se alimenta. Dessa forma auxilia a germinao de mais de cem espcies de rvores, que tambm fornecem alimento ou servem de abrigo para primatas, pssaros e insetos.

Um estudo internacional, com a participao de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Embrapa Informtica Agropecuria, concluiu que o papel desempenhado pelo elefante africano da floresta nas florestas tropicais africanas, porm, vai muito alm de dispersor de sementes. Os pesquisadores constataram que o animal ameaado de extino promove mudanas na estrutura da floresta e contribui para aumentar o armazenamento de carbono.

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Durante a caminhada, alm de se alimentar o elefante pisoteia, atropela ou se coa em rvores localizadas prximas s trilhas que utiliza preferencialmente para cruzar a floresta. O desbaste dessas rvores reduz a sua densidade ao longo do tempo.

A diminuio da densidade de rvores alivia a competio por gua, luz e espao entre elas e favorece o surgimento de rvores maiores, com maior dimetro e densidade de madeira e, consequentemente, mais carbono estocado na biomassa. Essa mudana na estrutura das florestas tropicais africanas e na composio das espcies de rvores influenciada pelo animal tambm aumenta, em longo prazo, o equilbrio da biomassa acima do solo, apontou o estudo.


Foto Divulgao Philippe Chassot

Resultado de um projeto apoiado pela FAPESP, o trabalho foi publicado na revista Nature Geoscience.

Observamos que a presena do elefante em uma densidade de 0,5 a 1 animal por quilmetro quadrado aumenta a biomassa acima do solo em 26 a 60 toneladas por hectare da floresta, disse Simone Aparecida Vieira, pesquisadora do Ncleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam) da Unicamp e uma das autoras do estudo, Agncia FAPESP.

A pesquisadora integrou a comisso organizadora da Escola So Paulo de Cincia Avanada em Cenrios e Modelagem em Biodiversidade e Servios Ecossistmicos, realizada de 1 a 14 de julho em So Pedro, no interior de So Paulo. Com apoio da FAPESP, por meio do programa Escola So Paulo de Cincia Avanada (ESPCA), o evento reuniu 87 alunos de 20 pases.

Tambm participaram do estudo Marcos Longo, ps-doutorando no Laboratrio de Propulso a Jato da Nasa, a agncia espacial dos Estados Unidos, que fez ps-doutorado na Embrapa Informtica Agropecuria com bolsa da FAPESP, e Marcos Augusto da Silva Scaranello, tambm ps-doutorando na mesma instituio. Scaranello fez doutorado no IB-Unicamp tambm com bolsa da FAPESP.

De acordo com os autores do estudo, j se sabia que mega-herbvoros, como os elefantes, podem ter impacto importante nos ecossistemas e nos ciclos biogeoqumicos ao consumir biomassa, transportar nutrientes e alterar a mortalidade das plantas. A influncia dos elefantes na estrutura, na produtividade e nos estoques de carbono nas florestas tropicais da frica, contudo, permanecia em grande parte desconhecida.

As florestas tropicais da frica Central tm estoques de carbono maiores do que os da Floresta Amaznica, embora estejam em condies climticas e de solo semelhantes, disse Vieira.

As rvores das florestas da frica Central tm uma densidade mais baixa do caule e maior dimetro e biomassa mdia acima do solo em relao s da Amaznia, explicou a pesquisadora.

A presena de elefantes nas florestas tropicais da frica Central pode ter contribudo para explicar essas diferenas em relao Amaznia em longos perodos de tempo, disse Vieira.

A fim de testar essa hiptese, os pesquisadores usaram um modelo computacional de dinmica de ecossistemas (ED2 model). O modelo rastreia explicitamente a dinmica da estrutura e da funo do ecossistema em escala fina, simulando a heterogeneidade horizontal e vertical da vegetao na sucesso florestal a longo prazo, a competio das plantas por recursos que levam mortalidade, assim como os eventos estocsticos de perturbao que podem influenciar a estrutura da floresta no curto, mdio e longo prazo, como a presena de elefantes.

As simulaes foram comparadas com dados de inventrio de duas florestas na Bacia do Congo: em uma delas ainda h presena de elefantes e, em outra, os animais foram erradicados.

Os resultados apontaram que a introduo dos elefantes causa um efeito temporrio de reduo na concentrao de biomassa acima do solo da florestas, em uma escala de 125 a 250 anos, em razo do aumento da mortalidade de pequenas rvores pela ao do animal. O aumento e o sucessivo equilbrio da concentrao de biomassa acima do solo so atingidos entre 250 e mil anos depois da introduo dos animais.

Os resultados sustentam a hiptese de que a presena deles pode ter moldado a estrutura das florestas tropicais da frica e que, provavelmente, desempenhou um papel importante para diferenci-las das florestas tropicais da Amaznia, disse Vieira.

Extino dos elefantes

Os pesquisadores tambm simularam os efeitos da extino dos elefantes na concentrao de biomassa acima do solo em toda a floresta da frica Central com 2,2 milhes de quilmetros quadrados de extenso.

Os resultados indicaram que a perda do animal resultaria em uma diminuio de 7% da biomassa acima do solo e de at 3 bilhes de toneladas de carbono.

A conservao dos elefantes pode reverter essa tendncia de queda de servio de armazenamento de carbono estimado em US$ 43 bilhes, apontam os pesquisadores.

"Nossas simulaes sugerem que se a perda de elefantes continuar inabalvel, as florestas da frica Central podem liberar o equivalente a vrios anos de emisses de CO2 de combustveis fsseis da maioria dos pases, potencialmente acelerando a mudana climtica", disse Fabio Berzaghi, pesquisador do Laboratrio de Cincias Ambientais e do Clima (CEA), da Frana, e principal autor do estudo, em comunicado da instituio.

A perda desse animal pode ter um impacto drstico, tanto em nvel local como globalmente", avaliou.

A populao de elefantes da floresta caiu dramaticamente desde a colonizao da frica Ocidental, pelos europeus, quando os animais passaram a ser caados para obteno de marfim. Hoje, as espcies de elefantes diminuram para menos de 10% de seu nmero original.


Fonte: Agncia Fapesp / Fotos Divulgao


  + Meio Ambiente



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