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O rico patrimônio arquitetônico de São José dos Campos

02/01/2020 ( Caderno: História de São José dos Campos )

Casa Olivo Gomes, projeto de Rino Levi, com paisagismo de Burle Marx

 

Quem visita o Parque da Cidade “Roberto Burle Marx” ou as instalações do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), em São José dos Campos, está contemplando obras de arquitetura e paisagismo reconhecidas mundialmente.

Conhecida por sua vocação tecnológica e de pesquisa e pelo grande parque industrial, a cidade tem um patrimônio arquitetônico singular, forjado durante décadas.

A partir dos anos 40, a arquitetura brasileira passa a ser produzida pelo setor privado e São José dos Campos recebe os primeiros projetos de residências e fábricas elaborados por arquitetos de São Paulo e Rio de Janeiro.

Nessa primeira fase industrial, destaca-se a construção da área da Tecelagem Parahyba e Fazenda Santana do Rio Abaixo, atual Parque da Cidade. Hoje, esta área urbana é considerada patrimônio arquitetônico, ambiental e paisagístico.

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Na fase seguinte, São José recebeu investimentos e recursos do governo federal na industrialização pós-década de 50, o que mudou a cara da pacata cidade que vinha da era sanatorial.

Nesse período, os mais criativos arquitetos do Brasil projetaram e executaram obras na cidade: Oscar Niemeyer projetou o CTA (Centro Técnico Aeroespacial, atual DCTA); Rino Levi e o paisagista Roberto Burle Marx fizeram a ampliação do complexo da Tecelagem Parahyba, a pedido da família Gomes; Carlos Barjás Millán projetou a casa Olivo Gomes e a escola para filhos de operários da Tecelagem; Rosendo Mourão, carioca, radicou-se em São José para executar os projetos de Oscar Niemeyer no CTA. Também projetou o ginásio Linneu de Moura e as escolas ETEP e Olavo Bilac, em 1958.

Niemeyer e a cidade

Para o arquiteto e professor Ademir Pereira dos Santos, que tem doutorado na USP e uma longa ligação com São José dos Campos, a cidade é privilegiada por ter tantos projetos da fase da arquitetura moderna. “A cidade tem um acervo invejável de obras modernas. É muito importante ter uma compreensão histórica do modernismo brasileiro no Vale do Paraíba, especialmente em São José”. O arquiteto ressalta a importância da Tecelagem Parahyba e do CTA como legados da cidade.

“A Aeronáutica abriu um concurso nacional para a construção do CTA, em 1948, e o escritório do Oscar Niemeyer foi escolhido, concorrendo com os mais renomados arquitetos da época. O presidente Dutra, que na época iniciava uma caça aos comunistas, tirou o Niemeyer do projeto. Mas o marechal Montenegro (um dos idealizadores do CTA) disse que o projeto seria executado. Nessa mesma época, Niemeyer e o famoso arquiteto francês Le Corbusier foram escolhidos para elaborar o projeto das Nações Unidas, em Nova York. Dessa forma, quem garantiu a execução do projeto do CTA foi Rosendo Mourão, que trabalhava no escritório do Niemeyer no Rio de Janeiro”, conta.

De acordo com o arquiteto, o projeto do CTA foi um laboratório para Niemeyer construir – anos depois - Brasília, que segue o mesmo conceito de cidade misturada ao verde, ou seja, os edifícios são projetados para estar em harmonia com a natureza. “O interessante é que ele pensou tudo isso na década de 40, quando o conceito de sustentabilidade ainda não existia”.

Tecelagem

Já o Complexo da Tecelagem Parahyba, da família Gomes, também tem destaque no conjunto de obras da fase modernista na cidade. Projeto de Rino Levi, a Casa Olivo Gomes foi construída em 1951 e recebe hoje visitantes de diversos países, atraídos pelo projeto tão bem integrado à natureza.

Representante da terceira fase do modernismo brasileiro, a casa possui grandes vãos para a circulação interna. Seu mobiliário foi projetado exclusivamente como divisória interna pelo arquiteto e moveleiro Zanine Caldas (que tinha uma empresa e morou em São José dos Campos). Destacam-se ainda no prédio os painéis de azulejos de Roberto Burle Marx e a escada em caracol.

Com paisagismo de Burle Marx, o atual parque é referência nacional.  “Graças à intervenção dos governos estadual e municipal, essa grande área está preservada, tornou-se patrimônio arquitetônico. Destaque para a residência Olivo Gomes, patrimônio estadual e federal e o galpão (chamado de ‘Galpão Gaivota’). É um acervo magnífico”, destaca o arquiteto.

Indústrias e Plano diretor

Em 1958, com apoio do então prefeito Elmano Ferreira Veloso, São José dos Campos tem o primeiro plano diretor, fruto de um convênio com a FAU-USP e tem início o planejamento moderno, em função da vinda de várias indústrias e do próprio CTA.

Além desses projetos da fase modernista, São José começa a receber indústrias que demandaram projetos específicos como a General Motors, Johnson & Johnson, Kodak, Alpargatas, Ericsson e Matarazzo

Uma curiosidade: o projeto da Kodak, multinacional americana que se instalou em São José na década de 70, foi obra da norte-americana Georgia Louise Harris Brown, considerada a segunda mulher negra a formar-se arquiteta nos Estados Unidos. Ela havia se mudado para o Brasil em 1954 em busca de melhores condições de trabalho, já que dizia não ter possibilidade de prosperar profissionalmente nos Estados Unidos.

Na década de 60, Jorge Wilheim, que havia feito o plano urbanístico de Curitiba, também propôs um novo planejamento para São José dos Campos. Entre as propostas, estava a criação de uma fundação cultural, um instituto de urbanismo e o embrião do que seria o atual Anel Viário.
 

Serviço
Parque da Cidade Roberto Burle Marx
Casa Olivo Gomes
Galpões da Tecelagem Parahyba
(local onde está instalada a Fundação Cultural Cassiano Ricardo)
Aberto todos os dias, das 6h às 18h
Av. Olivo Gomes, 240, Santana

DCTA
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1.941 - Parque Martin Cererê
 


Fonte: Prefeitura de São José dos Campos / Foto Divulgação Claudio Vieira/PMSJC


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