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Quase 30% dos adolescentes de São Paulo afirmam ter sofrido bullying, indica estudo da USP

03/02/2020 ( Caderno: Educação )


Levantamento feito por pesquisadores da USP com 2.702 alunos
do ensino fundamental mostra ainda que 23% relataram
ter sido vtima de outras formas de violncia no ano
anterior; consumo de lcool, relao
com os pais e com os amigos foram
os fatores mais associados ao fenmeno

Em um levantamento feito com estudantes de 119 escolas pblicas e particulares do municpio de So Paulo, 29% dos entrevistados, de ambos os sexos, disseram ter sido vtima de bullying no ano anterior. O ndice dos que afirmaram ter sofrido outros tipos de violncia que no se enquadram na definio de bullying foi de 23%. A pesquisa, conduzida por um grupo da Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo (FM-USP), ouviu 2.702 alunos do 9 ano do ensino fundamental, com idades prximas a 14 anos.

“O que diferencia o bullying de outros tipos de violncia o carter repetitivo e persistente. Alm disso, ocorre entre pares e se sustenta em um diferencial de poder. O elo mais fraco, seja em funo de sua posio social, de suas caractersticas fsicas ou de algum trao de personalidade, tomado como vtima”, explicou Maria Fernanda Tourinho Peres, professora do Departamento de Medicina Preventiva da FM-USP e uma das coordenadoras do estudo apoiado pela FAPESP.

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Os dados indicam que o bullying psicolgico ou verbal (“ofensas, sarros e risos”) foi mais frequente (17,5%) do que aquele que envolve agresso fsica (3,7%). Do total de adolescentes, 6% disseram ter sofrido bullying de conotao sexual.

O “roubo com violncia” foi a mais prevalente (15,3%) entre todas as outras formas de violncia mencionadas, enquanto a “violncia sexual” (1,7%) foi a menos frequente.

Alm disso, 15% dos jovens admitiram ter praticado bullying com colegas (19% se considerados apenas os meninos), enquanto 19% disseram ter cometido atos de violncia (23% se considerados apenas os meninos e 21% entre estudantes de escolas particulares). Agresso fsica (cortes, chutes, machucados etc.) foi a forma mais frequente (12,7%) de violncia praticada. Apenas 1% relatou ter cometido violncia sexual. O ndice dos jovens que declararam ter sido tanto vtima quanto praticante de bullying ficou em torno de 10% e, no caso de outros tipos de violncia, foi de 7%.

“Fizemos um diagnstico da prevalncia do envolvimento de adolescentes com situaes de violncia e bullying a fim de estudar fatores de risco e fatores de proteo associados. A ideia obter subsdios para o desenvolvimento de programas de preveno centrados principalmente nas escolas”, explicou Peres Agncia FAPESP.

O trabalho foi conduzido no mbito do Projeto So Paulo para o desenvolvimento social de crianas e adolescentes (SP-PROSO), tambm coordenado por Manuel Eisner, do Violence Research Centre da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Alm da FAPESP, financiaram o projeto a Academia Britnica e o Fundo Newton. Levantamentos semelhantes j haviam sido feitos em cidades como Montevidu, no Uruguai, e Zurique, na Sua.

Fatores de risco e proteo

A anlise dos resultados de So Paulo indica que o consumo de lcool pelos adolescentes, o perfil da relao parental e do grupo de amigos so os fatores mais relacionados ocorrncia de bullying e violncia no grupo estudado.

De acordo com os pesquisadores, as chamadas “prticas parentais negativas”, como disciplina por meio de violncia e brigas recorrentes entre os pais, representam fatores de risco para o envolvimento dos adolescentes com bullying e violncia – tanto como vtimas como tambm praticantes.

Maior prevalncia de bullying e violncia (como vtima e praticante) foi observada entre adolescentes que fazem parte de grupos cujos membros cometem atos transgressores (que vo desde colar na prova e cabular aula at pichao, venda de drogas, roubo e furto de veculos), consomem mdia violenta e de contedo adulto, realizam atividades de lazer noturnas e transgressoras.

Por outro lado, o envolvimento positivo dos pais na vida dos jovens foi associado a nveis mais baixos de bullying e violncia, assim como o apoio social dos amigos e um ambiente escolar ordenado e no violento.

Quando se avalia o total de entrevistados, o ndice dos que afirmam ter consumido, no ano anterior, alguma droga depressora do sistema nervoso central, como lcool, de 59%. J entre aqueles que cometeram ou sofreram bullying o ndice chega a 70,5%. Para surpresa dos pesquisadores, na amostragem geral, o consumo maior foi relatado entre as meninas (65% contra 54% entre os meninos). Dentre as que sofreram bullying, 73,6% relataram ter feito uso de lcool no ano anterior.

“Embora alguns estudos apontem nessa direo, a maioria diz que so os meninos que mais consomem lcool. De fato, algo singular est acontecendo e ainda no temos como explicar”, disse Peres.

Os resultados da pesquisa j foram apresentados em dois workshops aos diretores das escolas participantes, gestores do ensino municipal e estadual e outros profissionais de ensino e sade. Um terceiro evento ser realizado ainda no primeiro semestre de 2020 com o intuito de conhecer prticas de sucesso j implementadas e avaliadas em outros pases, que possam ser adaptadas para a realidade das escolas de So Paulo.

“O objetivo agora tentar implementar programas que j se mostraram eficazes em outros contextos, com foco no clima e no ambiente escolar. Intervenes direcionadas s relaes e prticas parentais tambm so promissoras. Temos um diagnstico aprofundado. Agora, podemos adaptar prticas que j funcionaram l fora nossa realidade”, disse Peres Agncia FAPESP.

Em 2018, o Brasil tornou-se signatrio da Parceria Global pelo Fim da Violncia contra Crianas e Adolescentes e se comprometeu a desenvolver um plano para a resoluo do problema no pas.

Recentemente, a cidade de So Paulo se tornou a primeira do mundo a assinar a parceria. Com isso, espera-se um apoio ainda maior para implantar medidas que possam reduzir a ocorrncia de bullying e violncia entre os adolescentes.

O SP-PROSO seguiu a metodologia Inspire, conjunto de recomendaes elaboradas por um grupo de organismos internacionais como a Parceria Global pelo Fim da Violncia contra Crianas e Adolescentes, a Organizao Mundial de Sade (OMS), o Fundo das Naes Unidas para a Infncia (Unicef) e o Banco Mundial, entre outros.


Fonte: Agência Fapesp / Foto Reprodução jfkeiser / Pixabay


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