Panorâmica São José dos Campos FaceBook do POrtal São José Twitter do Portal São José
Home | Cadastre sua Empresa | Créditos                               Sábado, 5 de Julho de 2025
Acesso à página principal
Logotipo Portal São José


Criação e
Desenvolvimento



Fale com a gente! 12 99713.7333
Av. Dr. Mário
Galvão, 78
Centro - SJC/SP
12209-004
BUSCA DE EMPRESAS NO PORTAL >>
Acesse também: Jacareí
O conteúdo publicado não expressa necessariamente a opinião do Portal e é de total responsabilidade do autor.



Pesquisadores do Butantan combinam técnicas de biotecnologia para formular vacina contra COVID-19

04/05/2020 ( Caderno: Seção Saúde )


Laboratrio de desenvolvimento de vacinas quer acoplar
antgeno do SARS-CoV-2 a membrana de bactria
para criar defesa contra o vrus

Pesquisadores do Instituto Butantan vo combinar tcnicas inovadoras de biotecnologia para formular uma nova vacina contra COVID-19. O objetivo induzir no organismo, de modo mais efetivo, diferentes tipos de resposta imune contra o novo coronavrus (SARS-CoV-2).

A nova estratgia inspirada em um mecanismo usado por certas bactrias para “despistar” nosso sistema imune: elas liberam pequenas esferas feitas com o material de suas membranas como iscas para desviar a defesa do organismo. Essas vesculas, denominadasmembranas pelos pesquisadores, tm a propriedade de ativar intensamente o sistema imunolgico e, por isso, atraem clulas e molculas da defesa do organismo.

Os pesquisadores vo aproveitar esse artifcio das vesculas de membrana e acoplar a elas protenas de superfcie do novo coronavrus. Criadas em laboratrio, essas vesculas atrairiam a defesa imune contra as protenas de superfcie do SARS-CoV-2, induzindo uma memria a ser mobilizada nocaso de uma eventual infeco. A formulao estimularia no s a produo de anticorpos, mas tambm de outras clulas ligadas ao sistema imune, como macrfagos e glbulos brancos.

Publicidade

“Para essa abordagem, juntamos duas estratgias diferentes que j vnhamos utilizando no desenvolvimento de vacinas contra outras doenas. A nova tcnica permite que as formulaes contenham uma grande quantidade de um ou mais antgenos do vrus em uma plataforma fortemente adjuvante, induzindo uma resposta imune mais pronunciada”, diz Luciana Cezar Cerqueira Leite, pesquisadora do Laboratrio de Desenvolvimento de Vacinas do Instituto Butantan.

O estudo, apoiado pela FAPESP, integra uma plataforma de pesquisa que envolve o desenvolvimento de vacinas para coqueluche, pneumonia, tuberculose e esquistossomose, com base em tcnicas desenvolvidas para a BCG recombinante (usada para prevenir formas graves de tuberculose em crianas). Recentemente, foi criada uma nova linha no projeto voltada ao desenvolvimento de uma vacina para a COVID-19.

“No mundo todo, e aqui no Brasil tambm, esto sendo testadas diferentes tcnicas. Muitas delas tm como base o que j estava sendo desenvolvido para outros vrus, como o que causou osurto de SARSem 2001. Esperamos que funcionem, mas o fato que ningum sabese vo realmente proteger. Neste momento de pandemia, no demais tentar estratgias diferentes. A nossa abordagem vai demorar mais para sair, mas, se aquelas que esto sendo testadas no funcionarem, j temos os planos B, C ou D”, diz a pesquisadora.

Muitas vacinas consistem em solues com o patgeno morto ou atenuado. So as chamadas vacinas celulares que, ao serem injetadas no indivduo, tm por objetivo desenvolver a resposta imune contra o microrganismo, como anticorpos especficos e outras clulas de defesa de modo seguro, sem sofrer as consequncias da doena. Dessa forma o indivduo fica imunizado, tendo uma “memria de combate” do prprio sistema imune contra um determinado patgeno.

“As vacinas celulares so formas simples, e com frequncia eficazes, de se obter um imunizante, porm, essas abordagens nem sempre funcionam, principalmente para patgenos com grande variabilidade antignica ou organismos mais complexos, com mecanismos de evaso do sistema imune mais sofisticados”, diz a pesquisadora.

Estratgias combinadas

O grupo do Butantan prope a combinao de duas estratgias para o desenvolvimento de uma vacina acelular. De um lado, tem-se as protenas recombinantes de antgenos de superfcie do novo coronavrus, que tm o papel de deflagrar a produo de anticorpos especficos contra o SARS-CoV-2. De outro lado, utiliza-se vesculas de membrana externa (Outer membrane vesicles conhecidos como OMVs) como matriz suporte dos antgenos, para que a partcula mimetize o vrus.

“As vesculas de membrana externa podem modular a resposta imunolgica, em geral, aumentando e melhorando a proteo. Muitas vacinas tm o hidrxido de alumnio como principal adjuvante. No nosso caso, usaremos as OMVs para uma apresentao do antgeno com forte poder adjuvante embutido, que garante uma resposta melhor”, diz.

Para isso, a vacina em desenvolvimento no Butantan usar uma plataforma inovadora de apresentao de antgenos chamada Multiple antigen presenting system (MAPS), desenvolvida por um colaborador da Universidade de Harvard (Estados Unidos) e usada em uma formulao experimental contra o pneumococo.

Basicamente, o complexo molecular montado por um sistema de acoplamento semelhante ao usado para deteco na reao de ELISA (ensaio de imunoabsoro enzimtica), muito usada em diagnsticos. Esse tipo de teste de laboratrio usado para detectar anticorpos contra um determinado patgeno e assim diagnosticar doenas. No processo desenvolvido em Harvard, um ou vrios antgenos so ligados a polissacardeos das cpsulas das bactrias, como se fossem peas de encaixar.

“ uma plataforma que permite a ligao no-covalente de protenas de forma muito eficiente, permitindo saturar a superfcie da OMV com as protenas do vrus, tornando-as bastante imunognicas”, disse Cerqueira Leite Agncia FAPESP.

A ideia de usar as OMVs partiu da observao de uma estratgia que determinadas bactrias gram-negativas adotam para escapar do sistema de defesa do hospedeiro. “Quando infectam organismos, as bactrias produzem essas vesculas a partir de sua prpria membrana externa. O intuito atrapalhar a resposta do sistema imunolgico. Anticorpos e outras clulas relacionadas ao sistema imune ficam tentando matar as vesculas em vez de atacar as bactrias, que ficam livres para se multiplicar no organismo”, diz.

Na nova formulao, a presena dessas vesculas extracelulares tem a funo de estimular a resposta imunolgica. “Elas so muito imunognicas. Estudos recentes mostram que tm grande capacidade de ativar clulas dendrticas e macrfagos”, diz.


Fonte: Agência Fapesp / Imagem Reprodução Gerd Altmann/Pixabay


  + Seção Saúde



CONTATOS DO PORTAL SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Anúncios/Cadastros/Contato/Cartas: agencia@saojosedoscampos.com.br
Editorial/Pautas: imprensa@saojosedoscampos.com.br
Criação/Arte: agencia@mrpropaganda.com.br

Av. Dr. Mário Galvão, 78 - Centro - São José dos Campos - SP
Whatsapp: (12) 99713-7333 ou 99712-8419



+ Espaço do Consumidor
Imagem Sky resolve problema operacional após reclamação do Espaço do Consumidor
+ História
Imagem Fotos eclipse. Por Hind Nader Elkhouri
+ Museu do Comércio
Imagem Casa São José
+ Poesia da Arte
Imagem France Giverny 132. Por Sonia Furquim

 
Resolução mínima de 800x600 © Copyright 2005 - Todos os direitos reservados
Fale com a gente!