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Treino aeróbico noturno traz mais benefícios cardíacos a hipertensos, indica estudo

06/10/2021 ( Caderno: saude )

Estudo publicado na revista Blood Pressure Monitoring comprova que os benefcios da atividade fsica para hipertensos podem ser potencializados se os exerccios forem praticados entre as 18h e as 21h.

A anlise teve como foco a taxa de recuperao cardaca (TRC), que a grosso modo pode ser explicada como a medida de reduo da frequncia cardaca aps a interrupo do exerccio. O treino noturno melhorou tanto a fase rpida (medida 60 segundos aps o pice do esforo fsico) quanto a fase lenta (medida 300 segundos depois) da TRC.

A investigao foi conduzida pelo ps-doutorando Leandro Campos de Brito, sob a orientao da professora Cludia Lcia de Moraes Forjaz, da Escola de Educao Fsica e Esporte da Universidade de So Paulo (EEFE-USP). O pesquisador comparou respostas de pacientes hipertensos a treinos aerbicos estruturados realizados pela manh e noite durante dez semanas.

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Segundo Brito, aproximadamente 25% das pessoas no so responsivas aos exerccios do ponto de vista do controle da presso e, para elas, so necessrias estratgias diferentes das convencionais. Como, por exemplo, a realizao de exerccios em momentos que possam maximizar os benefcios.

A ideia inicial de Brito, em seu doutorado, foi avaliar o efeito crnico do exerccio no tocante a benefcios cardiovasculares em geral. Isso inclua tambm as respostas da TRC, como a medida de reduo da frequncia cardaca aps a interrupo do exerccio. Trata-se de uma varivel capaz de fornecer um marcador dos mecanismos autonmicos de regulao do funcionamento do corao.

“H dois ramos no sistema autonmico cardaco: o simptico e o parassimptico. A grosso modo, o parassimptico faz o corao desacelerar e o simptico faz o rgo acelerar e bater mais forte. Espera-se que, aps um perodo de treinamento com exerccios fsicos, o poder do parassimptico aumente [corao mais relaxado] e o do simptico diminua. A TRC nos permite inferir como esse comportamento ocorre, por meio da mensurao realizada nos primeiros 60 segundos [resposta tipicamente parassimptica] e 300 segundos aps o fim de um teste mximo de esforo cardiopulmonar, sendo que essa ltima resposta sugere tanto a atuao do nervo parassimptico, recuperando o compasso do corao, quanto a desacelerao do simptico, cuja atividade foi acumulada durante o exerccio”, explica.

Segundo o grupo de cientistas, o fato de ambas as fases (rpida e lenta) da TRC terem aumentado com o treino noturno indica que praticar exerccios a essa hora do dia melhora ambos os ramos do sistema autonmico cardaco (parassimptico e simptico). Alm disso, os resultados mostram que o efeito benfico no limitado ao momento em que os voluntrios se exercitaram.

“Avaliamos as pessoas pela manh e noite e as que treinaram no perodo noturno mostraram melhores resultados nas duas avaliaes.”

Mtodo

O experimento envolveu 49 homens hipertensos de meia-idade, medicados por no mnimo quatro meses com o mesmo tipo de frmaco e a mesma posologia. Eles foram alocados aleatoriamente em trs grupos: o de treinamento matinal (7h s 9h), o de treinamento noturno (18h s 21h) e o grupo-controle (sem treino aerbico).

O treino foi realizado trs vezes por semana durante dez semanas. Os grupos que realizaram o treino pedalaram na bicicleta ergomtrica (30 minutos nas duas primeiras semanas e 45 minutos nas demais, com intensidade moderada) e o grupo-controle fez alongamento (30 minutos). Nas avaliaes iniciais e finais do estudo, a taxa de recuperao cardaca dos voluntrios foi mensurada 60 e 300 segundos aps o final do exerccio.

“Para o grupo-controle, optamos por uma atividade que no traria impacto adicional de benefcio na varivel estudada. Por isso, esse tipo especfico de alongamento [esttico e ativo]. O objetivo era fazer com que o grupo-controle fosse EEFE-USP o mesmo nmero de vezes que o grupo que treinou, tivesse a presso aferida o mesmo nmero de vezes, encontrasse os pesquisadores nos mesmos dias, se sentisse cuidado na mesma magnitude”, explica Brito, primeiro autor do artigo.

O experimento foi realizado no Laboratrio de Hemodinmica da Atividade Motora da EEFE-USP, coordenado por Forjaz.

O estudo teve o apoio da FAPESP por meio de bolsa de doutoradoconcedida a Brito, que tambm foi bolsista de mestrado e atualmente recebe bolsa de ps-doutorado.

Possveis razes

Os pesquisadores esto tentando entender os mecanismos que fazem essa melhora ser mais expressiva noite. No primeiro trabalho, descobriram que a sensibilidade barorreflexa (mecanismo autonmico que controla a presso arterial, batimento a batimento) foi aumentada com o treino.

“Esse mecanismo avalia, a cada vez que seu corao bate, se a presso subiu ou desceu demais e corrige. Um mecanismo desse mais sensvel reflete uma sade melhor. O treino da noite e o da manh melhoraram a sensibilidade desse mecanismo, mas o da noite melhorou mais. Entretanto uma medida espontnea, feita com a pessoa em repouso. Atualmente, no ps-doutorado, fazemos uma estimulao mxima dessa sensibilidade utilizando medicamentos, o que, de alguma maneira, acaba refletindo um pouco mais o estresse do dia a dia, porque ningum fica parado o tempo todo, o indivduo tem desafios fsicos, cognitivos e emocionais nos quais esse controle autonmico tambm exigido”, diz Brito.

Ele explica que as funes cardiovasculares de um indivduo variam durante as 24 horas do dia. “O esperado que pela manh, ao acordarmos, nosso valor de presso arterial aumente, atingindo um primeiro pico em torno das 10h. Ento, esse valor estabiliza e haver uma reduo no meio da tarde, perto das 15h. Um segundo pico acontece entre 18h e 20h. Depois disso, h uma reduo progressiva, sendo que tanto a presso arterial quanto a frequncia cardaca registraro os menores valores mais ou menos no meio da madrugada. Estamos propondo que esse exerccio no perodo da noite estaria encontrando uma janela de oportunidade para uma melhora mais expressiva.”

Segundo Brito, noite o indivduo apresenta maior sensibilidade barorreflexa e menor atividade simptica. “Alm disso, por conta do ciclo de 24 horas, noite ele comea a ter uma reduo de batimento cardaco e tambm apresenta menor resistncia nos vasos sanguneos. um momento em que o estresse sobre o sistema cardiovascular est menor e parece que isso permite que o exerccio tenha mais benefcios. Trata-se de uma hiptese para explicar esse resultado que encontramos.”

Junto a colegas, ele j publicara outros artigos sobre o tema, como o divulgado ano passado na revista Clinical and Experimental Hypertension.

Estilo de vida

O profissional de educao fsica ressalta, no entanto, que tambm foram registrados benefcios no grupo que treinou pela manh, s que em menor intensidade. “ importante dizer que, quando o assunto fazer exerccio, qualquer hora melhor do que hora nenhuma. Ou seja: necessrio se exercitar. O que tentamos neste trabalho foi maximizar as respostas.”

Segundo Brito, hipertensos resistentes, que tomam quatro ou mais frmacos anti-hipertensivos por dia, necessitam de estratgias melhores de abordagem do problema do que as convencionais. “Para eles, creio que nossos resultados so bastante interessantes.”

O cientista esclarece que todo mundo vai ficando com a presso mais alta conforme envelhece, mas nem todos sero hipertensos. “Nos adultos, um a cada quatro hipertenso; em idosos, duas a cada trs pessoas so hipertensas.”

Brito lembra que o mnimo recomendado para um adulto so 150 minutos de atividade fsica moderada por semana. “Se voc fizer somente esses 150 minutos, j ter 7% menos de chance de se tornar um hipertenso na maturidade. E quando falo de atividade fsica, estou englobando todos os tipos de atividade fsica, incluindo limpar a casa. Caso voc j seja hipertenso, se fizer esse mnimo recomendado, ter at 50% menos chances de ter complicaes advindas da hipertenso.”

O pesquisador reafirma que a atividade fsica, em geral, confere um fator protetor intenso ao controle da presso arterial. “Se o hipertenso fizer um exerccio estruturado aerbico, so esperados resultados semelhantes, por exemplo, queles referentes ao uso de um medicamento hipertensivo. No toa, nas diretrizes da Sociedade Brasileira de Hipertenso [SBH], a primeira interveno sugerida uma mudana no estilo de vida, e no o uso de medicamentos, quando o quadro clnico do paciente permite”, refora Brito, que tambm diretor do departamento de educao fsica da SBH. “Nenhum hipertenso deveria ficar sem fazer exerccio aerbico.”


Fonte: Agência Fapesp / Foto Divulgação


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