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Por que as pessoas não confiam nas notícias? Editores da Reuters, Yahoo News e The Washington Post analisam no evento Web Summit 2021

03/11/2021 ( Caderno: Matérias )

Editores da Reuters, Yahoo News e The Washington Post
analisaram o porquê de tamanha desconfiança na
mídia e como mudar esse cenário

 

Editores de empresas de notícias analisam o porquê de tamanha desconfiança das pessoas na mídia (crédito: reprodução)

Um estudo da Reuters Institute descobriu que dos 46 países pesquisados, mais da metade deles têm menos de 50% de confiança nas notícias e que os Estados Unidos têm o menor nível de confiança nas notícias, 29%, que a Finlândia tem o maior, com 65%. Mas por que há tanta desconfianças nas notícias, ultimamente? É a essa pergunta que Alessandra Galloni, editora-chefe da Reuters, Daniel Klaidman, editor-chefe do Yahoo News, e Kat Downs Mulder, Managing Editor do The Washington Post, tentaram responder no segundo dia do Web Summit 2021.

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Para Alessandra, há duas razões pelas quais isso acontece: polarização e desintermediação. “O mundo está ficando mais polarizado, a política está ficando mais polarizada, a sociedade está ficando mais polarizada, algumas mídias estão ficando mais polarizadas também, e acredito que isso corroeu a confiança. Ao mesmo tempo, as mídias sociais e outras plataformas permitiram a desintermediação [da informação]”, afirmou. Segundo ela, essa cacofonia de notícias, vindas de diversas fontes, também está acabando com a confiança das pessoas.

O editor-chefe do Yahoo News concordou com Alessandra, mas enfatizou outros pontos, como o fato de que não só a mídia, como todas as instituições que são consideradas líderes estão perdendo a confiança das pessoas. “Acredito que isso seja parte do problema com a mídia no últimos anos, porque somos geralmente considerados os líderes e tem grandes forças por aí que são contra pessoas e instituições que são consideradas líderes. Isso oferece uma oportunidade para a mídia fazer coisas interessantes a seguir para merecer essa confiança. Isso não vai acontecer rapidamente e não vai acontecer só pelas coisas que nós da mídia fazemos, é um propósito muito maior e acredito que temos que pensar nisso”, reforçou Klaidman. 

Além da desintermediação que a editora-chefe da Reuters comentou, Kat Downs Mulder, do The Washington Post, entende que há muitas coisas acontecendo entre a audiência e a mídia, que antes não existiam. “Décadas atrás, tínhamos que dividir o mesmo contexto, seja ao ler o mesmo jornal de manhã, porque era parte da nossa comunidade, ou ao ver o mesmo jornal à noite. E esse contexto compartilhado foi acabando com o tempo, conforme fomos tendo a cacofonia que a Alessandra comentou, mais coisas competindo pela nossa atenção e habilidade de construir a nossa própria vertical de informação, selecionar os criadores de conteúdo que contatamos diretamente para notícias, selecionar a instituições que confiamos. Acredito que a ideia dessas coisas entrando entre nós e a audiência é muito importante”, pontuou. 

Erika Allen, Senior Director of Global News Operations da Vice Media, que estava moderando o painel, então questionou os entrevistados sobre como quebrar essas barreiras de desconfiança das pessoas. Segundo a editora-chefe da Reuters, Alessandra, o caminho é seguir o jornalismo estritamente baseado em fatos e reconhecer os erros cometidos. “Com essa polarização que falamos, sermos cuidadosos para ouvir o outro lado e refletir o outro lado é muito importante. Acredito que a maneira de quebrarmos essas barreiras está na coleta e produção de notícias, que fazemos todos os dias e que inclui sermos rigorosos, mas também inclui reconhecermos quando cometemos erros”, disse. A questão de ouvir sempre os dois lados da notícia é reforçada pelo editor do Yahoo News. Para Klaidman, a mídia tem que arrumar maneiras de encorajar as pessoas a abraçarem os fatos, e uma forma de fazer isso é justamente escutando as pessoas e contando suas histórias.

Outra forma de fazer as pessoas ganharem confiança na mídia é reforçar os fatos com fontes e documentos confiáveis. “Esses sinais são essenciais para fazer com que as pessoas entendam que informação tem valor, não que são comodidades”, completou Kat. A editora ainda reforçou que esses sinais têm que ser fortes para as pessoas percebam. “Estudamos as respostas das pessoas aos nossos artigos de opinião versus às notícias, e percebemos que tínhamos que destacar várias vezes na página que aquele texto era um artigo de opinião. Por isso, os finais têm que ser muito fortes”, indicou.

Por fim, Erika perguntou aos entrevistados o que eles diriam as pessoas que desejam trabalhar com jornalismo neste momento. Para Kat, do The Washington Post, focar nos fatos é extremamente importante. “Acredito que se mantermos os fatos no coração do nosso trabalho, e mostrarmos como fazemos e enfatizarmos porque nosso trabalho importa, com o tempo, vamos conseguir construir essa credibilidade e confiança”, disse.  Já, para o editor do Yahoo News, a dica é limitar a quantidade de tempo nas mídias sociais. “Se o Twitter está moldando a sua visão de quais são as mais importantes histórias do mundo, então você não está servindo sua audiência”, finalizou.


Fonte: Fonte Meio & Mensagem / Texto Amanda Schnaider / Foto Reprodução


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