16/09/2024 ( Caderno:
Empresarial )
Segundo dados do Sebrae-SP, o mercado
pet cresce 17% ao ano no Estado
Negócios PET seguem crescendo na região
(Foto: Getty Images)
O número de pequenos negócios no mercado pet passou de 1.769 em 2018 para 3.658 na região do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte, crescimento de mais de 100%. No Estado de São Paulo os números foram de 29.062 em 2018 para 64.109 em 2023, com crescimento médio de 17% ao ano no período. Em 2024, o número já chegou a 65.090 estabelecimentos, o que mostra a continuidade da ampliação da quantidade de empreendimentos no setor, segundo levantamento do Sebrae-SP a partir de dados da Receita Federal.
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A pesquisa, realizada por e-mail com 670 consumidores de produtos do mercado pet no Estado de São Paulo, no período de 20 a 29 de maio de 2024, mostrou também que 55% dos consumidores pretendem gastar o mesmo este ano na comparação com 2023 e 35% pretendem gastar mais; e 6% acham que irão gastar menos.
Considerando o porte, 55,4% são Microempreendedores Individuais (MEIs), 40,5% são microempresas e 4,1% são empresas de pequeno porte. O comércio de animais vivos e produtos para animais de estimação se mantém como a maior parcela das empresas, apesar do recuo de 57,7% para 47,2% dos pequenos negócios nesse mercado no período de 2018 a 2023.
Por sua vez, os serviços de higiene e embelezamento de animais domésticos aumentaram sua participação de 23,4% em 2018 para 30,8% em 2023; as atividades veterinárias passaram de 10,8% para 15,2% e os serviços de alojamento de animais domésticos foram de 2,4% para 4,4% dos pequenos negócios no mercado pet.
A empreendedora Fernanda Ribeiro, de Caçapava (Foto: Arquivo pessoal)
A boa notícia para os pequenos negócios do setor é que os donos de pets compram relativamente mais serviços em pequenos negócios do que em grandes empresas: veterinário (80%), banho e tosa (62%), hotel (16%) e creche e escola (12%). O consumidor também compra mais de pequenos negócios no comércio, porém, em menor intensidade ante serviços. São itens como medicamentos e suplementos, alimentação e acessórios.
Paralelamente, a localização próxima é o fator que mais influencia na compra dos consumidores em pequenos negócios, citada por 40% dos entrevistados. Outro ponto que faz diferença na escolha é o atendimento ao cliente, citado por 30% dos consumidores de pequenos negócios. Os preços competitivos são o atributo que pesa para 34% na compra em pequenas empresas do mercado pet. A opção por grandes lojas ocorre em 40% dos casos quando a questão é preço competitivo.
“O empreendedor do setor pet, que cresce ano a ano em um bom ritmo, deve estar sempre atento ao comportamento do seu cliente, porque é isso que vai possibilitar que ele ofereça produtos e serviços em sintonia com as necessidades e desejos do público”, afirma a coordenadora de pesquisa da Unidade Gestão Estratégica do Sebrae-SP Carolina Fabris.
Segundo Rafael de Souza, consultor do Sebrae-SP, é importante ter muita atenção aos primeiros passos para a abertura do negócio já que, apesar do grande potencial a ser explorado, é preciso estar atento às tendências, como o pet wellness ou pet care, que inclui cuidados veterinários a uma visão completa de saúde mental, física e emocional. “Essa visão ampla do mercado amplia a oferta de produtos e serviços, que engloba a medicina veterinária preventiva, enriquecimento ambiental, serviços de saúde e estética animal, refeições naturais, petiscos mais saudáveis e muito mais”, conclui.
Case de Sucesso
A microempreendedora de Caçapava, Fernanda Ribeiro Ferreira Jurasseche, 32 anos, atua no segmento da área pet voltado para estética animal (banho e tosa) e começou a conhecer o ramo pet quando se tornou recepcionista de uma clínica veterinária com banho e tosa no ano de 2012. “Fiquei sete anos na empresa e, em 2021, no auge da pandemia, estava iniciando o meu negócio, o Pataiada. Queria investir em um banho e tosa que atendesse mais as necessidades do mercado, como: humanização, bem-estar animal, socialização pet e enriquecimento ambiental, pois senti que faltava isso em minha cidade. Peguei a ‘dor do meu cliente’ e me preparei para essa nova jornada. Desde então, o Sebrae sempre foi meu norte em tudo que precisava dentro do meu negócio. As aulas, os encontros com empreendedores e toda a equipe de suporte ao empreendedor me fizeram ter mais confiança no caminho que estou trilhando”, conta.