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Armênia: O primeiro país cristão. Por Marcia Pavarini
Postado em 07/01/2008



Localizada numa região montanhosa na Eurásia (encontro do leste
europeu com a Ásia Menor), a Armênia foi a primeira nação a adotar o
Cristianismo como religião oficial de Estado, quando comunidades cristãs
começaram a se estabelecer na região desde o ano 40 d.C.



As belezas dessa histórica Nação, inebriam o visitante por sua
magnífica arquitetura, monumentos da era do bronze, montanhas, picos,
canions, cultura e culinária. As igrejas são o maior patrimônio cultural do
país.


As centenas de igrejas espalhadas por todo o país, constituem um
dos maiores acervos arquitetônicos religiosos do mundo. Igrejas ou ruínas de
igrejas construídas a partir dos primeiros séculos da era cristã
demonstram como a religião está enraizada na cultura do povo.

O Cristianismo foi levado pelos apóstolos São Judas Tadeu e São
Bartolomeu, que lá pregaram e foram martirizados.


O
Monte Ararat eleva-se majestoso sob a neve eterna
Ao sul do país, na fronteira com a Turquia, fica o
bíblico monte Ararat, em forma de um cone vulcânico coberto de neves eternas,
identificado no Gênesis como sendo o local onde a Arca de Noé teria tocado terra
firme após o dilúvio.

Apesar de o povo, em sua maioria, professar a fé cristã, mantém
tradições pagãs, como a oferenda de animais em datas festivas, ou em
agradecimento a uma graça recebida.


Ovelhas
ou galinhas, são oferecidas em ritual pagão. Quem faz a oferenda deve esfregar
sal bento na boca do animal, proferindo orações. Em seguida, a
veia do pescoço é cortada e o sangue deve ser escoado sobre uma canaleta
especial. Depois de a pele ser retirada, o animal morto deve ser partido em 7
pedaços e distribuído para 7 famílias.

Amberd
Fortress – Século 7. Fica a 2.300 m.

Monastério
Geghard (século 4). A mais antiga Igreja construída dentro de uma caverna
rochosa e a mais espetacular edificação da Armênia. Uma igreja sobrepõe-se à
outra.

Monastério
de Noravank século 13.

Monumento
com letras do alfabeto Armênio.
Uma das dificuldades do cristianismo na Armênia é que não havia um
alfabeto para a simbologia do idioma verbal. A partir do ano 405 o sábio, Mesrob
Machdots, decidiu criar um alfabeto próprio, o que possibilitou a tradução da
Bíblia para o armênio.

Yerevan
Yerevan, a emergente capital e maior cidade da Armênia, é um
importante centro industrial, cultural e científico da região do Cáucaso.
A Armênia tornou-se independente com o fim da antiga União Soviética. Mas o povo
armênio, devido à sua história e múltiplas perseguições, encontra-se espalhado
por todo o Oriente Médio e pelo mundo, inclusive no Brasil.

Florista
colore o cenário na subida do monastério.

Tulipas
floridas cobrem os campos como um tapete amarelo.

Cogumelos
gigantes constituem iguaria refinada. É encontrado nas montanhas, a caminho da
região de Goris e Tatev.

Frutas
secas e doces regionais como o SUDJUGH, um charutinho recheado de nozes e
coberto com xarope de uva, fazem a alegria dos visitantes.


Em Areni, famosa região dos vinhos, viticultores comercializam seus vinhos em
garrafas de refrigerantes, sob um sol causticante.

Artesanato
regional de influência russa.

Eu entre Gayane Simonyan (a proprietária da Guest House) e Christine. Excelentes
anfitriãs.

Mapa
da Armênia
A Armênia é um país barato para o turista. É possível viajar
gastando 40 dólares por dia e ficar em uma Guest House por 10 dólares a
diária.
Guest house de Gayane: 5 Sayat Nova Street - ap. 22 – 375001
Yerevan, fone: 3741 527588

Memorial
do Genocídio
Há 92 anos, a Turquia resolveu exterminar todos os armênios
residentes no país, sem deixar vivo a um só deles, para que desocupassem a área
de domínio turco.
Doze mil criminosos foram libertados da prisão para que
se encarregassem do massacre dos armênios, em princípios de 1915, degolando e
esquartejando adultos e crianças por todas as aldeias.
Foi com esse
mandado de extermínio ao povo armênio que, durante o império
otomano, o ministro do Interior da Turquia deu início ao maior e mais
atroz genocídio ocorrido fora de guerra, com a execução de quase 1.5 milhões de
inocentes.
A Comissão de Direitos Humanos da ONU classificou como
genocídio os atos de crueldade contra o povo armênio, uma decisão que já foi
ratificada por 15 nações.
A diáspora dos armênios serviu para exaltar o
patriotismo do povo, que se sente unido por um passado trágico. Em razão
dessa identidade, conseguiram resistir, sobreviver e reconstruir-se como uma
Nação.
A morte dessas pessoas é lembrada pelos armênios em todo o mundo
em 24 de Abril.