

Imagine-se num
lugar mágico, coroado por montanhas, cortado por um rio largo e sinuoso cheio de
pontes adornadas com arcadas e estátuas medievais, numa cidade com charmosas
ruelas ladeadas por palácios barrocos, solares palacianos, onde um simples
edifício tem ares de monumento histórico em estilos rococó, clássico ou
renascentista.


Imagine, ainda,
vielas que levam a praças com catedrais góticas de cúpulas em ouro, de
onde se avista um castelo cercado por muralhas, dominando a paisagem no alto da
colina.


Tudo isso em
tom dourado de cartão postal, tão perfeito como uma paisagem de um filme ou um
museu ao ar livre.


Esse lugar, que
parece imaginário, é real e chama-se PRAGA, capital da República Tcheca,
conhecida como a “cidade das cem cúpulas".


Em todo o país
existem mais de dois mil castelos e palácios, além de doze lugares listados pela
UNESCO, como Patrimônio Cultural da Humanidade.


A República
Tcheca entrou para a lista como um dos mais procurados roteiros turísticos da
Europa Central a partir de 1989, após a Revolução de Veludo(Velvet), que
derrubou o regime comunista, culminando com a divisão pacífica da antiga
Federação Tchecoslováquia no ano de 1993, em duas nações independentes: a
República Tcheca (que corresponde à porção ocidental do antigo país) e a
Eslováquia.

As paisagens
tchecas são, praticamente, uma vitrine de distintos estilos arquitetônicos em
que expõem as cidades históricas, as valiosas relíquias de arquitetura
sacra e rural e coleções incríveis em museus e galerias, que parecem congelados
no tempo.

Situada na
Boêmia central, a cidade de Praga localiza-se sobre colinas, em ambas as margens
do rio Vltava e é considerado um dos mais belos e antigos centros urbanos da
Europa.
As mais espetaculares edificações
de Praga

CIDADE
VELHA com extenso patrimônio arquitetônico e rica vida cultural(berço
do escritor Franz Kafka), marcada por diferentes estilos ao longo da
história.


TWIN
TOWER (torres gêmeas): Uma estonteante catedral com torres góticas, que
preenchem de graça e beleza a praça da cidade velha.

CASTELO
DE PRAGA: Dominando o horizonte no topo da colina, o Castelo é visível
de qualquer parte da cidade. A igreja do castelo é de estilo gótico
renascentista de 1345.


CHARLES
BRIDGE: A espetacurlar ponte Charles Bridge (costruída pelo Rei Carlos
VI em 1353)sobre o rio Vltava, com seus grandes arcos, é ladeada por 30 estátuas
do século 18, arrematada por torres em ambas as extremidades.


Muita gente
acha que a República Tcheca é um destino do tamanho dos limites de Praga.
Sem dúvida, sua bela capital merece tal deferência, mas há muito mais do
que Praga para se ver em um dos países mais bonitos do Leste europeu.


Entre as várias
cidades que conquistaram lugar na Lista de Patrimônios da Humanidade da UNESCO,
além do centro histórico de Praga estão; as cidades de Kutna Hora, no bairro de
Sedlec. (com sua capela feita com 40 mil ossos humanos); Cesky
Krumlov, Telc, Litomysl e Kromeriz, a igreja de peregrinos St. John Nepomuk e
Sazavou; a área Lednice-Valtice e a vila de Holasovice e a cidade de Pilzen, ou
Pilsen, berço da cerveja mais consumida em todo mundo.
KUTNA HORA - CAPELA
CONSTRUÍDA COM 40 MIL OSSOS HUMANOS


Usando muita
imaginação e economizando material de acabamento, um monge chamado Henry, no
século XVI, decorou uma igreja inteira utilizando 40 mil (eu disse quarenta mil) ossos humanos.


E, foi com
crânios, tíbias, clavículas, escápulas, fêmures, úmeros, pélvis, tarsos,
metatarsos, falanges e colunas vertebrais humanas que o sábio monge decorou
altares, fez candelabros, brasões, acortinados, castiçais, lustres e outras
peças de arte sacra na Capela de Todos os Santos em Kutna Hora.


A Capela de
Todos os Santos de Kutna Hora que fica a apenas 65 km a oeste da capital Praga,
é única no estilo e a mais famosa por abrigar o maior ossuário da
Europa.

A idéia surgiu
mais ou menos assim: esse monge Henry decidiu fazer uma peregrinação à Terra
Sagrada (Palestina). Ele foi, então, a Golgotha e de lá trouxe uma URNA
contendo terra, que, segundo ele, seria “terra sagrada”, pois veio da “Terra
Santa”.

Bom, ele
espalhou a terra contida na urna sobre o cemitério da tal capela em Sedlec,
subúrbio da cidade de Kutna Hora.

A partir daí
todos passaram a crer que o cemitério era abençoado, por ser uma parte da Terra
Santa. Em razão disso, pessoas de toda a Europa começaram a levar os ossos e
corpos de seus parentes para serem enterrados lá, pois acreditavam que desta
forma estariam garantindo um lugar no paraíso para seus antepassados.

O cemitério
ficou realmente famoso e acumulou uma quantidade absurda de ossos e corpos,
principalmente durante os anos da peste negra. Em 1318 o cemitério já contava
com mais de 30.000 corpos!

Assim, é fácil
calcular como ele conseguiu tantos ossos pra decorar a capela de Kutna
Hora.

Um detalhe
interessante: no topo da torre da capela, em vez de uma cruz, como tem em todas
as igrejas católicas, foi colocado um “jolly roger” (aquela caveira com
dois ossos cruzados).
Outra atração imperdível para os amantes de uma
loura gelada é a Cidade de Pilzen, a 88 km de Praga!

CIDADE DE PILZEN – BERÇO DA CERVEJA
PILSEN ORIGINAL
A cidade de
Pilsen é considerada o templo sagrado no mundo das louras geladas. Esta pequena
cidade medieval, 88 quilômetros a sudoeste de Praga, é o berço da cerveja
Pilsen, cuja fabricação é desenvolvida na mais tradicional cervejaria do país,
considerada “Casa da melhor cerveja do mundo”, a chamada Pilsner Ürquell
(em português, Pilsen Original).

A qualidade da
cerveja deve-se principalmente à excelente água mineral (o país tem mais de 900
fontes naturais). A cerveja é a bebida mais consumida no Brasil, depois da
água e do café, sendo a PILSEN a responsável por 98% do consumo
brasileiro.

Conheça a história da lourinha
Tcheca mais consumida no mundo


No ano de 1295,
o rei Wenceslao II fundou a cidade de Pilsen e concedeu à população o direito de
fabricar e vender sua própria cerveja. Os cidadãos preparavam a bebida sem os
conhecimentos necessários, comprometendo a sua qualidade.

O fato que
mudou a história da cerveja na cidade de Pilsen aconteceu no ano de 1836, quando
36 barris de uma cerveja de má qualidade tiveram que ser vertidos no chão em
frente a Câmara Municipal.

A partir de
então, os cidadãos que dispunham do direito de cozer a cerveja, decidiram juntar
as forças e o capital para construir uma fábrica comum de cerveja, onde
pretendiam produzir uma cerveja que assegurasse para sempre a boa reputação da
cidade e a prosperidade de seus cidadãos.

Foi em Pílsen
que, exatamente no dia 05 de outubro de 1842, o jovem cervejeiro Josef Groll fez
uma primeira cozedura de uma nova cerveja fermentada por baixo. Assim,
criou uma cerveja cuja cor refletia todos os tons de dourado, de espuma
consistente e branca como a neve e de sabor mais forte. Uma cerveja que,
naqueles tempos, ninguém conhecia. O êxito da receita logo conquistou o mundo.
Como os tchecos dizem: “todos tentaram copiar, mas ninguém produz cerveja
melhor”.


A visita à
cervejaria Pilsen Urquel leva o visitante ao túnel do tempo pelos históricos
corredores subterrâneos de Pilsen (Plzeň), uma rede de caves de três pisos
criada na Idade Média. Os túneis subterrâneos foram se extendendo de acordo com
o crescimento da cervejaria. Durante 100 anos, o subsolo tornou-se num labirinto
subterrâneo com uma extensão total de 9 km. Ali a cerveja fermentava em cubas de
fermentação de carvalho e maturava em barris de carvalho. Hoje, a fermentação é
realizada em tanques cilindricos cônicos.

Os túneis ligam
as inúmeras caves, usadas desde o século 13 pelos moradores de Pilsen, para
guardar e conservar seus mantimentos e a indispensável cerveja. Nos 800 metros
abertos à visitação estão expostos barris, utensílios domésticos, maquinários
usados para bombear a água de lençóis subterrâneos e objetos da época. As caves
serviram ainda de abrigo durante os bombardeios da Segunda Guerra
Mundial.

Especialistas
de todo o mundo visitam a fábrica da Pilsner Urquell em busca do segredo desta
cerveja de alta fermentação e de maturação em baixa temperatura, exportada para
cerca de 60 países. O resultado, atestam os degustadores, está na água, no clima
e na qualidade das caves, onde ela descansa em barris especiais a uma
temperatura média de 5ºC.
Visitas individuais e guiadas, com direito à
degustação de uma cerveja ainda ‘crua’, mas já bastante saborosa, podem ser
feitas diariamente entre 12h30 e 14h30. Já os grupos têm até as 22h para
conhecer a fábrica, mas é preciso marcar hora com antecedência (tel: +420 377
062 888). Os guias falam tcheco, alemão, inglês, russo, francês, italiano e
polonês. Já na entrada, um filme de 10 minutos conta a história da cervejaria e
o seu crescimento ao longo dos anos e a passagem pelas duas grandes guerras
mundiais. Mas, lembre-se, é sempre bom levar uma blusa mais quentinha pra o
resto do passeio. Nas caves, a temperatura varia entre 0ºC e 4ºC.

Uma visita ao
Brewery Museum também é aconselhada. O museu recebe cerca de 50 mil pessoas por
ano e guarda mais de 15 mil itens que contam a história da cerveja. É
considerado o museu mais completo do mundo, no assunto.
Em Praga
respira-se história, cultura e arte, lugar onde se tem de uma só vez, uma aula
de História Medieval, Moderna e Contemporânea.
Mais informações
Site: www.beerworld.cz
E-mail: visits@pilsner.sabmiller.com
Como
chegar: Para Praga, a Lufthansa também oferece vôos diários, com
conexão em Frankfurt. Para mais informações e reservas, basta ligar (11)
3048-5800 e no Rio (21) 3687-5000 ou site: www.lufthansa.com.br.
Dica de Hotel em
Praga: Hotel Josef, que fica muito bem localizado a poucos quarteirões
da cidade Histórica e dos pontos de interesse. Para mais informações e reservas
+ 420 221700 930, ou site www.hoteljosef.com e e-mail: front.office@hoteljosef.com.
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