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    Cemitério de Navios - Destino Final: Bangladesh
    Postado em 03/07/2013

    Por Marcia Pavarini
    Texto e fotos


    Existem muitas praias no mundo para se fazer turismo tradicional, porém uma delas, com certeza, não é a praia de Sitakunda, onde o cenário é de filme de guerra, ou melhor, um verdadeiro campo de batalha. O local, conhecido como “Ship Breaking Yardsâ€, ou “Cemitério de Naviosâ€, é palco dos desmanches de cargueiros, propositalmente trazidos para encalhar nas praias de areia barrenta, com o registro de: “Destino Finalâ€.


    Os únicos combatentes da cena são os trabalhadores, e o inimigo maior é o risco de vida que o trabalho oferece.


    Ao longo da costa, um exército de milhares de trabalhadores maltrapilhos, munidos de marretas, maçaricos, machados, serras manuais, escadas e muito esforço físico, trabalham sem segurança para retalhar, à mão, pedaço por pedaço dos navios.


    Sitakunda fica a 300 km de Dhaka, capital de Bangladesh. Essa pequena e remota cidade costeira de Bangladesh sequer aparece direito nos mapas, mas responde sozinha pelo desmanche de quase a metade de todos os navios mercantes, cargueiros, petroleiros e de guerra que saem de circulação em todo o mundo.


    Nos últimos anos, esse lugar tem chamado a atenção das siderúrgicas, dos comerciantes de materiais sucateados e colecionadores de raridades marítimas.

    Ao longo de toda a estrada que vai de Chitagong até Rangamati, (quase 100 km) lojas e brechós comercializam esses componentes sucateados.



    Um navio velho e sem uso torna-se um grande estorvo, e seu destino final é virar sucata no cemitério de navios. Num desmanche, tudo é aproveitado, e o produto dele alimenta um gigantesco mercado de venda de peças, como engrenagens, turbinas, bombas, motores, cabos, guinchos, purificadores, âncoras, escadas, botes, pontes, sem falar em peças raras que atraem colecionadores de todo o mundo.



    O desmanche de navios é uma atividade industrial controversa. O Greenpeace, assim como outras organizações, alega que essa atividade pode prejudicar não só o meio ambiente como a saúde pública. As regras de segurança do trabalho são ignoradas pelo governo, sendo que os trabalhadores recebem um salário de fome.



    A visita ao Shipyards é proibida. Só consegui entrar para fotografar depois de muita conversa com o encarregado.

    Velhos, enferrujados e gastos, os navios se transformam em outros produtos — é como se fosse uma doação de “órgãos†para renascerem com outras formas.


    A vista aérea dá noção da extensão da área do cemitério e do desmanche na costa e da infinidade de navios encalhados.



    Fonte: Márica Pavarini


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    Márcia Pavarini
    Ao longo de vários anos Márcia Pavarini percorreu o mundo viajando por todos os continentes e até aos Pólos. Foi anotando suas aventuras em diários que, hoje, perfazem aproximadamente 5.000 páginas. Ela esteve, até agora, em 240 países, de acordo com o critério de contagem da Travelers Century Club TCC. Na Coluna “Diário das 1001 Viagens” Márcia Pavarini divide com os internautas, do Portal, as experiências vivenciadas durante suas andanças.





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