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    Salto Angel: Um Salto para a Felicidade. Por Marcia Pavarini
    Postado em 28/11/2007

    Texto e fotos por Márcia Pavarini

    Na vasta região do Parque Nacional de Canaima, a sudeste da Venezuela, erguem-se pelas savanas os chamados “TEPUY”, que são as fenomenais formações rochosas em forma de “mesas”, com paredões escarpados que atingem até 2400 metros de altitude.

    É nesse cenário deslumbrante que as águas da catarata do Salto Angel, geradas pela queda do rio Churún, despencam de uma altura de quase um quilometro,(980m) no paredão vertical de um dos Tepuy, o chamado AUYANTEPUY, o Salto mais alto da Terra.

    O salto era conhecido pelos indígenas da zona, como Kerepakupai-meru ("queda de água até o lugar mais profundo"), em idioma pemón, Seu nome é alusivo ao aviador estado-unidense James Crawford Angel que em setembro de 1937 consegue aterrissar abruptamente sobre o Auyantepuy, incrustando seu pequeno avião no solo. As notícias do acidente, sem vítimas, motivaram que o grande salto fosse batizado como Salto Ángel.


    A região de Canaima, formada por rios de águas negras, centenas de cachoeiras, selvas impenetráveis, rica fauna, savanas delineadas e um lago do mesmo nome é caracterizada por possuir as mais antigas rochas da América do Sul, com mais de 1.5 bilhões de anos.

    Sucessivos processos de erosão, esculpiram a base de suas arcaicas terras e periferias, deixando isoladas as altas “mesas”, às quais os indígenas da tribo PEMÓN chamam de TEPUY que, em seu idioma, significa: montanha.

    O topo de cada “Tepuy” é coberto por vastas matas, onde as águas da chuva são capturadas, formando rios para depois, despencarem em forma de saltos.

    O AUYANTEPUY é o mais famoso TEPUY por abrigar o Salto  mais alto entre todos os outros.

    É longo o percurso para se chegar até o Salto Angel: ao todo, são oito horas de barco e três horas de dura caminhada montanha acima, mas a beleza da paisagem e a emoção de subir a correnteza do rio numa canoa rústica fazem de cada minuto de desconforto um momento de satisfação. 

    O dia ainda não havia clareado quando o 4X4 nos deixou à margem do rio CARRAO, no Porto de Ucaima  de onde saem as canoas motorizadas, chamadas de “curiaras” feitas pelos indígenas PUMÓNS de um só tronco da árvore “láureo”, algumas com mais de 600 anos.


    Seguimos subindo a forte correnteza do ondulado rio CARRAO,vencendo corredeiras e desviando de rochas, como se fosse um rafting ao contrário. 

    Depois de uma longa jornada, rio acima, chegamos ao ponto de onde se inicia a outra etapa da expedição: a difícil caminhada pela trilha que leva o visitante até o destino final: SALTO ANGEL.

    A trilha, além de íngreme oferece inúmeros obstáculos. O solo é forrado por raízes que se entrelaçam no ar dificultando cada passo. Troncos, pedras e arroios cruzam o caminho aumentando a dificuldade. Isso faz aumentar a ansiedade e a excitação que dissimulam a exaustão.

    Em determinado ponto da trilha, ainda dentro da mata, ouve-se um burburinho abafado, incitando a imaginação do visitante. Pouco  depois, o Salto Angel surge, majestoso em sua plenitude, como uma chuva de prata caindo diretamente do céu, visão que traz uma incrível sensação de felicidade. Na queda livre, ao longo da rocha vertical de 980m, a água vai se tornando apenas um vapor para chegar ao solo em fina forma de garoa.

    Depois de extasiar-me por longo tempo contemplando aquela exuberante maravilha da natureza, segui pela trilha por mais meia hora para atingir a piscina natural formada pelas refrescantes águas do Salto, onde se recupera o fôlego e se refaz do cansaço. Aí... já é hora de iniciar a jornada da volta.

    Para quem não se contenta em olhar o Salto Angel da Terra, pode admirá-lo do ar. Embarcando nessa idéia, entrei num CESSNA-206.

    Depois de sobrevoar o lago Canaima, o pequeno monomotor rumou para o leste. Abaixo, o caminho sinuoso do Carrao serpenteia a floresta a perder de vista.

    Vistos do ar, os Tepuys erguem-se majestosos em forma de mesas entre as savanas exibindo a densa vegetação. Do topo de cada Tepuy as cataratas despencam como que saindo de suas entranhas. Formações espetaculares elevam-se sobre o tablado da “mesa” como pináculos maciços parecendo totens de monolitos.


    Mas o Parque Nacional de Canaima oferece  outras surpresas além do Salto Angel e da magnífica paisagem dos “Tepuy” . Suas inúmeras cachoeiras, quedas, cataratas e rios em tons de coca-cola fazem da região uma das mais belas do planeta. Em 1994 foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Trata-se de uma área de 30.000 km², sendo considerado o maior parque do mundo. No Parque vivem 5.000 habitantes, 75% pertence à comunidade indígena PUMÓN.


    CACHEIRA DO SAPO
    A cortina de água deixa uma trilha entre a rocha onde se passa por baixo da cachoeira.

    VISTA AÉREA DAS CACHOEIRAS


    UCAIMA


    WADAIMA


    CALANDRIA


    O guia José, auxilia a venezuelana Osbeira a se
    livrar da correnteza da Cachoeira do Sapo


    Aves exóticas passeiam livremente pelo Hotel.


    Sombra e água fresca no Hotel WAKÜ que fica a 5 minutos
    do aeroporto às margens do Rio Carrão, com uma
    belíssima vista para 4 cachoeiras. (Contato: Canaima Tours)


    Em Canaima, Santa Elena de Uairén e Ciudad Bolívar há operadores turísticos que promovem excursões por terra, água e ar (em avião ou helicóptero) para divisar o Auyantepuy e seus numerosos saltos de á


    Fonte: Marcia Pavarine


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