Shows de diferentes estilos e praça de alimentação com
pratos típicos vão aquecer o turista da estância
Entre os artistas estão Guarabira e Zé Geraldo
O inverno chegou e junto dele as comidas típicas da estação, a temporada de passeios para apreciar a natureza da serra e o aconchego que o clima convida. Reunir tudo isso com boa música é o que a Estância Climática de Cunha vai fazer em seu tradicional Festival de Inverno – Acordes na Serra, durante o mês de julho. Em sua 25ª edição, o evento será realizado de 29 de junho a 29 de julho, na Praça da Matriz da cidade.
Com um palco especialmente montado para o evento, a cidade vai esquentar com as apresentações musicais de diferentes estilos nos fins de semana, de sexta a domingo, e no feriado de 9 de julho. Para isso, a Secretaria de Turismo e Cultura de Cunha preparou uma programação variada com shows de jazz, blues, folk, samba, pop rock, rock rural e MPB para o público estimado em 70 mil pessoas, durante toda a temporada.
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Valorizando os músicos da região, haverá diversas apresentações de artistas locais. Outro destaque é o show Encontro de Gerações do Rock Rural, que no penúltimo dia do festival vai reunir Guarabira, Zé Geraldo, Tavito e Tuia. Na mesma data, também ocorre a prova pedestre 1932 – I Corrida Noturna 28 de Julho – Tributo a Paulo Virgínio. E, em alguns fins de semana, haverá a exposição Varal Fotográfico.
Para dar mais sabor à festa, a praça de alimentação instalada próxima ao palco começa a funcionar horas antes dos shows. Lá os turistas poderão saborear receitas preparadas com produtos típicos de Cunha, como truta, pinhão, cordeiro, shitake e outros. Além disso, cardápios especialmente elaborados para o inverno estarão disponíveis nos restaurantes locais, que são dirigidos por chefs renomados e reconhecidos pela excelência e qualidade.
Sobre a cidade
Montanhas, vales, paisagem exuberante, sossego, gastronomia, artesanato. Isso e muito mais é o que o turista encontra na Estância Climática de Cunha, cidade que traz em suas ruas marcas da história do Brasil, com diversas construções antigas. Algumas delas tombadas pelo Patrimônio Histórico, incluindo a Igreja da Matriz, que foi construída em 1731 e está passando por restauração.
Essas evidências históricas remetem à época em que Cunha era rota dos tropeiros que percorriam a Estrada Real, levando o ouro de Minas Gerais até o porto de Paraty e de lá para o Rio de Janeiro e Portugal.
Outra herança tornou a cidade o maior polo da cerâmica de alta temperatura da América Latina. Isso porque, na década de 1970, ceramistas se instalaram na cidade, para desenvolver seus trabalhos utilizando fornos a lenha, que utilizam a técnica de queima chamada noborigama, e ao longo desses 40 anos formaram novas gerações de ceramistas e atraíram muitos artistas que empregam outras técnicas e estilos. Por conta dessa atuação, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou o Projeto de Lei 7772/17, que confere a Cunha o título de Capital Nacional da Cerâmica.
A estância oferece também diversas opções de turismo rural, que inclui fazendas de cultivo de cogumelo shitake e de truta, apiários, queijarias, pesqueiros e alambiques. A cerveja artesanal é outro produto que ganha espaço na cidade e é possível visitar as cervejarias e degustar a bebida.
Nos últimos anos, Cunha vem se destacando também com o plantio de lavanda, que atrai muitos turistas. Além da plantação propriamente dita é extraído o óleo da lavanda, com o qual se produz sabonetes, aromatizantes e outros itens derivados da matéria-prima.
Há ainda as belezas naturais que o lugar oferece, como as cachoeiras do Pimenta, do Desterro e do Barracão. Além da Pedra da Macela, que em seu pico, a 1.840 metros de altitude, é possível apreciar a paisagem deslumbrante que inclui Paraty, a baía da Ilha Grande e parte de Angra dos Reis e todas as montanhas e serras que ficam no entorno de Cunha.
Entre os destaques estáo Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Cunha, onde o visitante também pode se banhar em suas cachoeiras e percorrer suas trilhas guiadas por monitores. São três ao todo, cada uma com um grau de dificuldade.
Quem visitar a cidade pode escolher entre as mais de 60 pousadas para se hospedar, que oferecem diversificadas opções e níveis de acomodação e preço. Algumas delas estão entre a melhores da América do Sul, segundo avaliações de sites de viagem.
Como chegar
Cunha está a 230 km da capital paulista. O visitante deve seguir pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116) até a Saída 65, em Guaratinguetá. A partir dali, seguir pela Rodovia Paulo Virgínio (SP-171) até Cunha.
Quem for de ônibus, também deve ir até Guaratinguetá. Na rodoviária há ônibus intermunicipal até Cunha. Os horários das partidas devem ser checados no local.
25º Festival de Inverno – Acordes na Serra