"Okamotto
é o Fiat Elba do presidente Lula", afirmou nesta segunda-feira (13) o senador
Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), citando frase do ex-deputado Roberto
Jefferson em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo e fazendo
referência ao carro que teria sido presenteado ao então presidente Fernando
Collor pelo seu tesoureiro de campanha, Paulo César Farias.
Ao
mencionar reportagens publicadas por jornais e revistas no último fim de semana,
o senador voltou a pedir, nesta segunda-feira (13) que a CPI dos Bingos convoque
para depor e quebre os sigilos bancário, fiscal e telefônico de Paulo Okamotto,
presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
De acordo com a revista Veja, Paulo Okamotto teria saldado dívidas de R$
26 mil da filha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Lurian Cordeiro, e de
R$ 29 mil, do próprio presidente. O presidente do Sebrae teria feito ainda uma
doação de R$ 24,8 mil para a campanha do deputado Vicentinho (PT-SP) à
Prefeitura de São Bernardo do Campo (SP) em 2004.
Em
aparte, o senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM) disse que, além de Okamotto, é
preciso investigar as atividades do Instituto Cidadania, que é ligado ao PT.
Flávio Arns (PT-PR) concordou com a necessidade de esclarecer todas as
denúncias, mas questionou se caberia à CPI dos Bingos fazê-lo. Amir Lando
(PMDB-RO) e Mão Santa (PMDB-PI) também defenderam a investigação de todas as
denúncias.
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