( Caderno:
Diário das 1001 Viagens )
Por Marcia Pavarini - Texto e
Foto
“La India Dormida” é a montanha mais famosa do Vale de Antón, no
Panamá. Sua lenda foi imortalizada na poesia de Rogelio Sinán.
Uma
estrada de asfalto atravessa a imponente elevação. Para os amantes de
“tracking”, o cerro oferece 15 km de trilhas numa luxuriante
paisagem.
“A LENDA DA ÍNDIA DORMIDA”.
LUBA era la filha menor do Cacique Urraca, chefe de uma
tribo de Guaymies, das faustosas montanhas que beijavam o sol. Todos a chamavam
de FLOR DEL AIRE e a conheciam como uma indiazinha sensível, mas
rebelde: herença de sua raça forte, que lutou contra os conquistadores espanhóis
durante anos. O que menos imaginava LUBA, era que se
enamoraria perdidamente por um dos oficiais espanhóis que dominara seu
povo.
Foi assim, que LUBA desprezou YARAVI, um bravo guerreiro de
sua tribo, que a amava com toda sua alma sem ser correspondido.
Este,
vítima do ciúme e da ira, ao ver que era impossível merecer seu amor, dá fim à
sua vida, lançando-se ao vazio desde o alto da montanha, diante de seu amor:
LUBA.
Por não querer trair o seu povo, LUBA renuncia ao amor do
estrangeiro, e chorando desesperada, sofrendo por sua desventura, deita-se no
topo do cerro sobre a savana e morre.
Desde então seu corpo
deitado delineia o contorno da montanha, dando-lhe o nome de “La Índia
Dormida”.
Fonte: Márcia Pavarini
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