Após longa batalha travada na justiça francesa, o Google revelou semana passada que assinou acordos de pagamento por direitos autorais e uso de conteúdo com seis veículos de imprensa do país, dentre eles os jornais Le Monde e Le Figaro.
Os valores acordados com os seis jornais franceses não foram divulgados, mas são baseados em critérios como volume diário de publicações, tráfego mensal na internet e o uso desses conteúdos na plataforma do Google.
Projeto de lei
No Brasil, o presidente da CPMI das Fake News, senador Angelo Coronel (PSD-BA), apresentou em agosto um projeto de lei propondo que Google, Facebook e outras empresas digitais paguem direitos autorais a veículos de imprensa e jornalistas. Para ele, “gigantes da tecnologia têm se utilizado de notícias produzidas por veículos de comunicação, sem que estes sejam remunerados para isso”.
Temendo leis e uma onda de decisões judiciais em favor de veículos de imprensa de vários países, o Google vem resistindo à ideia de pagar empresas de comunicação por seu conteúdo.
Nos tribunais e comunicados oficiais, a empresa vem alegando diferentes argumentos nesse sentido, a começar pela afirmação de que sua receita com publicidade em conteúdos jornalísticos é baixa. Outro ponto levantado é do que buscas relacionadas a notícias representam pequena fatia do total de buscas realizadas no Google.
Segundo a empresa, a maior parte de seu faturamento vem "pesquisas com intenções de compra". Exemplo: quando você quer comprar um tênis de corrida, digita essas palavras na busca e depois clica em um anúncio.